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Reclamação contra EDP Comercial – renovação abusiva de plano, cobranças sem contrato e exigência de

Resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

J. J.

Para: EDP Comercial

03/07/2025

Exmos. Senhores da DECO PROTESTE, Venho apresentar reclamação contra a EDP Comercial, relativamente à renovação sucessiva e abusiva de um plano de serviços associado à referência de cobrança nº 766385368, utilizada pela empresa Intrum nas mensagens e exigências de pagamento. Esta referência não corresponde a um contrato assinado por mim, mas apenas ao código atribuído para efeitos de cobrança extrajudicial, o que demonstra a total ausência de formalização contratual. O plano em causa foi mantido e renovado automaticamente durante anos, mesmo após eu ter deixado de residir na morada (Avenida da República – Vila Nova de Gaia), cancelado o débito direto e deixado de pagar — ou seja, em claro incumprimento contratual. As renovações foram feitas sem o meu consentimento expresso, sem envio de contrato, termo de renovação, nem qualquer documento legal. Apenas recebi uma mensagem SMS, que na altura não percebi tratar-se de uma renovação, só tendo conhecimento do vínculo contratual quando fui cobrado. Apesar dos meus pedidos, a EDP nunca me enviou os documentos por e-mail — apenas indicavam que “estariam disponíveis na área de cliente”. Durante anos, fui pressionado por comunicações e ameaças da Intrum, e inclusive de um advogado contratado pela EDP, o que me levou a fazer pagamentos injustos sob coação, mesmo sem saber exatamente do que se tratava. Atualmente, a cobrança ativa é de 85,98€, mas já efetuei pagamentos anteriores ao longo dos anos, diretamente à Intrum e ao advogado. Apresentei queixa no Portal da Queixa, mas a EDP não respondeu formalmente — a reclamação foi encerrada automaticamente com o estado de “resolvida”, sem contacto por escrito. Toda a comunicação foi feita por via telefónica, sem envio de qualquer documentação. A manutenção e renovação de um plano em situação de incumprimento grave é juridicamente nula, conforme o art. 280.º do Código Civil, e toda a conduta da EDP e da Intrum viola princípios básicos de transparência, boa-fé e proteção do consumidor. Assim, venho solicitar à DECO PROTESTE: 1. O cancelamento imediato do plano e da dívida atual (85,98€); 2. O reembolso integral de todos os valores pagos indevidamente à Intrum e ao advogado ao longo dos anos; 3. A entrega por escrito dos seguintes documentos por parte da EDP: • Contrato original e termos de renovação; • Prova de consentimento informado; • Justificação formal para a cobrança e manutenção do serviço em incumprimento. Caso esta situação não se resolva amigavelmente, irei apresentar queixa à ERSE, à Autoridade da Concorrência, e tomarei medidas judiciais cabíveis. Além disso, solicito expressamente que a empresa Intrum cesse imediatamente qualquer tipo de contacto, cobrança ou perturbação, nomeadamente por SMS, e-mail, telefone ou carta, relacionado com esta situação. Tais contactos, efetuados de forma insistente e repetitiva, sem base contratual válida, constituem verdadeira pressão psicológica indevida e têm causado constrangimentos inaceitáveis. Requeiro que seja garantido o bloqueio total do meu contacto nos sistemas da Intrum e de qualquer outra entidade de cobrança associada, sob pena de prosseguir por violação do meu direito à tranquilidade e à proteção como consumidor. Com os melhores cumprimentos, Jhessen Vieira Nascimento anjos NIF: 291775497 Telemóvel: 937550379 Email: Jhessen.vna@gmail.com

Mensagens (2)

J. J.

Para: EDP Comercial

03/07/2025

Junto ainda cópia da fatura n.º FT2025 K3425/340011810796, emitida em abril de 2025, que comprova que a EDP continuou a renovar e cobrar o plano “EDP Smart” mesmo após a interrupção do fornecimento em abril de 2023, situação já assumida na própria fatura. A fatura refere claramente que não há fornecimento ativo desde 10/04/2023, e mesmo assim foram emitidas 14 faturas anteriores com o mesmo valor (7,90 €), referentes a um serviço adicional nunca validado formalmente. Mais grave ainda, parte dessas faturas foi cobrada judicialmente por um escritório de advogados — Gandarez, Moreira & Associados, em nome da EDP Comercial. Em setembro de 2024, fui contactado por esse escritório com ameaça de execução judicial relativa a uma suposta dívida de 40,51 €, referente ao mesmo plano. Reagi por e-mail exigindo explicações e provas da legitimidade da cobrança, alertando que não vivia mais na morada há anos e que nunca utilizei gás naquele local. Mesmo assim, face à insistência e pressão, fui obrigado a efetuar o pagamento sob discordância, o que está documentado nos emails enviados no dia 19/09/2024. Este episódio demonstra que a EDP, através de terceiros, reiterou uma cobrança baseada em serviços que não existiram, recorrendo inclusive à ameaça de ação judicial para forçar pagamentos que não estavam devidamente fundamentados. Por esse motivo, reforço o pedido de: – Cancelamento total da cobrança em curso; – Reembolso integral de todos os valores pagos, incluindo os pagamentos feitos ao advogado da EDP; – E a cessação de qualquer comunicação futura por parte de entidades externas como a Intrum ou escritórios de cobrança.

J. J.

Para: EDP Comercial

03/07/2025

Complemento à reclamação já apresentada – contacto da EDP via Portal da Queixa Venho reforçar e complementar a minha reclamação com informações obtidas durante uma chamada telefónica feita por um representante da EDP, no seguimento da exposição feita por mim no Portal da Queixa. Durante essa chamada, foi-me informado que: – O plano “EDP Smart” só foi formalmente cancelado após o meu pedido no portal; – E que não existia qualquer utilização de gás desde 2021. No entanto, a fatura oficial emitida pela EDP (n.º FT2025 K3425/340011810796) comprova claramente que o fornecimento esteve interrompido apenas desde abril de 2023. Esta contradição reforça a minha posição de que as cobranças feitas durante e após esse período são injustificadas, uma vez que não houve qualquer prestação de serviço. Mesmo que se admitisse a primeira renovação do plano em 2021 ou 2022, todas as renovações posteriores ocorreram durante incumprimento, sem qualquer regularização de pagamentos e sem o meu consentimento válido — sendo apenas comunicadas por SMS genéricas. À luz do art. 280.º do Código Civil, estas renovações são juridicamente nulas, já que não é legalmente admissível renovar contratos durante o incumprimento dos anteriores. Reitero assim: – O pedido de anulação total da dívida e cancelamento do plano; – O reembolso integral dos valores já pagos sob protesto, incluindo os pagos à Intrum e ao advogado que atuou em nome da EDP; – E a cessação imediata de qualquer nova tentativa de cobrança com base neste plano irregular.

Assistência solicitada 03 julho 2025

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