Exmos. Senhores,
Venho, por este meio, apresentar uma reclamação formal relativamente à minha conta bancária na Caixa Geral de Depósitos, que se encontra bloqueada desde o dia 24 de julho de 2025, impedindo-me de realizar qualquer tipo de operação – desde levantamentos, transferências, utilização de MB Way, entre outros.
No próprio dia 24, ao aperceber-me do bloqueio, entrei em contacto telefónico com a vossa linha de apoio, uma vez que o balcão se encontrava encerrado. Informaram-me que a conta tinha sido bloqueada, sem no entanto me fornecerem qualquer justificação ou solução imediata.
No dia seguinte, dirigi-me ao balcão da CGD em Braga, onde fui atendida de forma prestável. O colaborador contactou a Caixa Direta, pois o bloqueio partiu dos vossos serviços centrais, sem qualquer informação registada sobre os motivos. Foi-lhe indicado que enviasse um email para o suporte e que eu aguardasse contacto. Assim fiz.
No entanto, não recebi qualquer chamada nem resolução nos dias seguintes. Na terça-feira, regressei ao balcão e uma outra colaboradora repetiu o mesmo processo – mais uma vez, sem qualquer resultado prático.
Na segunda-feira seguinte, desloquei-me ao balcão de Montalegre, onde fui atendida por outra colaboradora, que voltou a contactar os serviços centrais. Mais uma vez, limitou-se a dizer-me que teria de aguardar, e acrescentou que, por se tratar de um bloqueio, não poderia sequer encerrar a conta ou abrir uma nova.
Face à inércia, contactei diretamente a Caixa Direta, tendo sido atendida pela colaboradora Patrícia Fernandes, que demonstrou total falta de disponibilidade para ajudar, limitando-se a repetir que teria de me dirigir a um balcão — algo que, como referi, já tenho feito repetidamente ao longo de mais de uma semana, sem qualquer resultado.
Neste momento, encontro-me numa situação absolutamente inaceitável:
Com a conta bloqueada há mais de 10 dias, sem qualquer explicação ou resolução;
Com faturas e encargos em atraso, que ultrapassaram os prazos de pagamento — o que poderá gerar custos adicionais, penalizações ou cortes de serviços;
Completamente sem acesso ao meu próprio dinheiro, tendo inclusive de recorrer a empréstimos de amigos para despesas básicas — o que considero uma humilhação e um atentado à minha dignidade enquanto cliente.
Assim, venho exigir:
1. Esclarecimento urgente sobre o motivo do bloqueio da conta;
2. Levantamento imediato da restrição, ou, em alternativa, a possibilidade de encerrar a conta e abrir uma nova;
3. Indicação clara de quem assumirá os custos e encargos financeiros causados por esta situação, decorrentes do incumprimento involuntário de pagamentos;
4. Um pedido de desculpas formal pelo impacto causado, e medidas para evitar que este tipo de situação se repita com outros clientes.
Agradeço resposta com a maior brevidade possível, sob pena de recorrer às entidades competentes de defesa do consumidor e ao Banco de Portugal.
Com os melhores cumprimentos,
Sandra Rodrigues