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Problemas com o cartão de crédito

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

A. C.

Para: Banco Santander Totta

10/04/2019

Em 2017 contratei junto do Banco Santaner Totta um crédito à habitação, tendo também contratado nessa data um cartão de crédito com plafond disponível de €2.000. Para além do montante disponível, os restantes termos e condições desse cartão de crédito eram essencialmente uma taxa de juro de 9,75% e a modalidade de reembolso que poderia ser selecionada desde 5% até 100%. Tendo ficado a modalidade como 100% de reembolso (desconheço se por seleção minha ou se selecionado automaticamente).A utilização do cartão de crédito tem sido esporádica, tendo sido principalmente utilizado para comprar uma viagem em Dezembro de 2017 no valor de €1.779. Desde então, mensalmente é-me debitado uma prestação média de €95 / mês, tendo recentemente constatado que esta prestação era referente aos juros do crédito (9,75% sobre saldo em dívida) e uma comissão pela recuperação do valor em dívida (derivado de considerarem, no meu entendimento, que incumpri o Contrato, ie, apesar de pagar os juros, como não reembolsei 100% do crédito por não estar disponível na minha conta à ordem, então, incumpri o contrato). O valor desta comissão é de 4% sobre o montante em dívida.Significa assim que mensalmente o Santander cobrou-me em média €92 desde Dezembro de 2017, o que representa uma TAE de 58% face ao saldo em dívida (encargos médios dos últimos 15 meses (€92) / saldo médio em dívida nos últimos 15 meses (€1.895)). De referir que o saldo médio em dívida já incorpora este custo exurbitante que me tem vindo a ser cobrado mensalmente. O valor dos encargos totaliza €1.396 num crédito com plafond de €2.000.É verdade que me enviaram sempre o extrato digital, mas, também não deixa de ser verdade que o Santander está informado que a conta que detenho junto do Santander é apenas para pagamento do CH (não estando lá domiciliado o vencimento, pe), e, que ao longo deste tempo falei inúmeras vezes com o Santander e, nunca, me foi comunicada esta situação.Gostaria de referir ainda que no âmbito dos termos e condições do cartão de crédito, poderia em todo o momento alterar a modalidade de reembolso para 5% do saldo em dívida (ie, apenas 1% superior à comissão que me cobraram mensalmente) e que, em momento algum, foi-me comunicado que estaria em incumprimento do contrato ou que tinha incumprido o contrato (o que permitiria cobrar a comissão de recuperação do valor em dívida).No dia em que me apercebi desta situação, manifestei prontamente o meu desagrado ao gestor de conta (que entretanto também se reformou sem me ter sido enviado qualquer comunicação) e reembolsei prontamente o cartão de crédito. De referir que tanto no Crédito à Habitação como no cartão de crédito tenho pago sempre todas os encargos devido. Até hoje não recebi qualquer resposta por parte do Santander.Considero que o presente tratamento é claramente abusivo por parte do Santander, representado a meu ver, no mínimo um péssimo serviço prestado ao cliente (bastaria um aviso para alterar a modalidade do reembolso do crédito que este custo nunca teria ocorrido), e, potencialmente má-fé e abuso de poder. Nunca ao longo deste processo o Santander me comunicou que estaria em incumprimento pelo Contrato, e, apenas incumprindo o Contrato é que me faria sentido poder ser cobrada uma comissão de recuperação do capital em dívida (mesmo esta comissão, diria que tem o objetivo de recuperar custos incorridos para recuperação do capital, e, não, representarem pura e simplesmente um encargo adicional com o Cartão de Crédito). Entendo que um cartão de crédito tenha um custo e que esse custo seja significativo, contudo, encargos que representem uma taxa de quase 60% é nitidamente abusivo.Aguardaria a vossa resposta para averiguar que passos posso tomar para resolver esta situação, estando disponível para prestar todos os esclarecimentos necessários.Francisco


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