Boa tarde,No dia 13 de Fevereiro de 2023 deu entrada no nosso hospital uma gata da Sra. D. Ana Gomes (tutora), que foi vista em contexto de urgência. Apresentava sinais de prostração, aumento da frequência respiratória, hipersiália (excesso de salivação) e língua exteriorizada. Ao exame físico, a gata estava magra (a tutora referiu que a gata tinha perdido algum peso nos últimos tempos), temperatura corporal normal e não foi identificada nenhuma alteração. A boca foi examinada e não foi identificado nenhum corpo estranho. Tendo em conta a espécie, idade, exame físico e sintomatologia, o Médico Veterinário ponderou alguns diagnósticos diferenciais e sugeriu realizar alguns exames complementares de diagnóstico: radiografia torácica (que não apresentou alterações), análises sanguíneas (onde se descartou hipertiroidismo e intoxicação, apesar de um ligeiro aumento de uma enzima hepática – ALP).Tendo em conta o quadro clínico e o resultado dos exames complementares, o Médico Veterinário discutiu a abordagem ao caso clínico com dois Médicos Veterinários da equipa de serviço e consideraram outros diagnósticos diferenciais – lesão na cavidade oral ou luxação da articulação temporo-mandibular - uma vez que a gata apresentava dor e dificuldade em fechar a boca.Foi sugerido à tutora fazer radiografia de crânio, onde se identificaram alterações (a nível da cartilagem da laringe e ausência de dentes pré-molares) não visíveis no exame da cavidade oral.No sentido de avançar no plano de abordagem clínica, e tendo em conta o facto de a gata apresentar dor na cavidade oral, tornando difícil uma correta avaliação sem provocar dor e reação negativa por parte do animal, o Médico Veterinário sugeriu a sedação da gata para poderem fazer uma avaliação mais precisa da boca e da articulação temporo-mandibular. Para evitar duas sedações, foi sugerido o agendamento deste procedimento e eventual TAC, caso o exame da cavidade oral sob sedação não permitisse obter o diagnóstico. A tutora não aceitou realizar mais exames e levou a gata, por sua escolha, devidamente medicada com anti-inflamatório e controlo da dor, sem ter um diagnóstico definitivo.No dia 15 de Fevereiro a tutora entrou em contato com o nosso hospital a informar do seu descontentamento e que se tinha dirigido a outro Centro de Atendimento Médico-Veterinário, com a gata e os exames complementares que tinha realizado no nosso hospital. Com o resultado dos exames realizados no nosso hospital, o Médico Veterinário que viu a gata realizou a abordagem sugerida pela equipa do nosso Hospital – sedação para melhor avaliação da cavidade oral. Assim, após sedação, e conforme sugerido pela equipa do nosso hospital, conseguiram identificar um dente partido – o que justifica a sintomatologia apresentada.Sabendo que a tutora tinha ficado com algumas dúvidas em relação aos procedimentos e exames que tinham sido feitos à sua gata no nosso hospital, no dia 16 de Fevereiro um outro colega Médico Veterinário ligou-lhe (via telefone) para esclarecer toda a abordagem médica realizada no dia 13 de Fevereiro e justificar os exames realizados.Assim, consideramos que a abordagem médica realizada no nosso hospital foi a correta, tendo em conta os sinais clínicos, espécie e idade do animal, não havendo justificação, na nossa opinião, para qualquer devolução.Por fim, lamentamos que a nossa cliente não tenha ficado satisfeita com o serviço que lhe foi prestado uma vez que a nossa missão é prestar um serviço médico veterinário de qualidade.Com os meus melhores cumprimentos,MARIA GAIVaO SEPÚLVEDAMédica Veterinária+351 261 810 060maria.gaivao@anicura.ptAniCura Atlantico Hospital VeterinárioRua Quintino António Gomes, 122640-402 MafraPortugalwww.anicura.pt