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Negligência nas Urgências

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

D. S.

Para: Hospital Trofa Saúde - Gaia

26/03/2020

Venho por este meio relatar o que se tem sucedido com o vosso hospital e espero que este email seja tratado com toda a atenção. No passado da 17/03 desloquei-me com o meu pai às urgências do hospital Trofa Saúde de Gaia por volta da 00h30 (meia-noite e meia), sendo que foi a primeira e a última vez que me irei deslocar ao vosso hospital. É de referir que só não me desloquei a um hospital público devido a me terem aconselhado a não o fazer, pois devido à pandemia o tempo de espera seria enorme e o perigo de contágio seria grande.Cheguei às urgências a vomitar e com dores exorbitantes na zona abdominal, pelo que fui para a sala de urgência sozinha e não se encontrava lá ninguém, nenhum doente, eu fui a única pessoa nas urgências durante o tempo todo que estive lá. Quando me sentei, uma enfermeira e uma doutora tiraram-me sangue e deram-me medicação e soro para as dores. Após isso, fiquei quase 3 horas à espera na sala do resultado das análises ao sangue. Durante este tempo fui extremamente mal atendida por uma das enfermeiras que estava nas urgências: farta de se queixar e bufar por eu me queixar das dores, qualquer pergunta que fazia a enfermeira virava-me as costas. Passado algum tempo, eu ainda com dores e vómitos, a enfermeira disse que estava a queixar-me demais porque as dores já deviam ter passado. Eu mal conseguindo falar devido às dores, pergunto se me podiam dar mais medicação porque não estava a conseguir aguentar, sendo que me foi dito que me deram um bocadinho de toda a medicação (na verdade, um dos medicamentos que me deram para tomar, eu vomitei). Durante o tempo todo, a enfermeira foi rude e mostrou-se visivelmente aborrecida pela minha condição e repito, NÃO ESTAVA MAIS NINGUEM NAS URGÊNCIAS, eu era a única doente, se estivesse a sala cheia não sei como a enfermeira ia aguentar. Inclusive, por exemplo, houve uma vez que a enfermeira estava a testar se o soro estava a entrar no meu organismo e magoou-me, sei que foi sem querer, mas soltei instintivamente um “Ai”, ao que a enfermeira me reitera em tom agressivo e sem humanidade “Diana nem te magoei, a sério? Por amor de Deus” e virou costas! Perdi a conta das vezes que a senhora enfermeira me virava as costas, mesmo quando tentava falar com ela. Passadas mais de 3 horas à espera na sala, chegou uma doutora que me disse que ia dar alta, ao que eu respondo que não percebia porquê, pois continuava com imensas dores (que nunca tinha sentido) e pedi para, pelo menos, me receitarem uma medicação/tratamento para fazer em casa. Então, a médica propôs fazer um TAC abdominal (sendo que acabei por fazer dois, em vez de um, como me foi dito ao início),sem eu saber porquê. Após a indicação, fiquei mais 1 hora à espera para fazer o TAC e em momento algum, durante estas horas todas, me foi oferecido pelo menos água para eu beber, muito pelo contrário, a enfermeira foi extremamente antipática e rude para mim, como se já não bastasse as dores e as horas de espera!! Obviamente, não respondi a nenhum dos seus comportamentos agressivos, mesmo porque mal conseguia falar.Após a realização do TAC deram-me alta e tratamento para fazer em casa. Afirmo que continuava com muitas dores, não tantas como as que entrei, mas supostamente com a quantidade de medicação que disseram que me deram, não devia sair do hospital com dores! Saí por volta das 4h30, sendo que para um hospital privado, passei bastantes horas na sala de urgências. Para além de não terem deixado entrar o meu pai na sala, pois não estava NINGUEM lá, estive imensas horas à espera e fui maltratada, ainda por cima era a única doente!Voltei para casa e passado 2 dias, eu ainda doente, ligaram-me do hospital, não para saber do meu estado de saúde, mas tão somente para me dizer que tinha uma conta de 445,42€ para pagar, ao que eu questiono “como é possível?” e a senhora me responde que me iria enviar a fatura por correio para eu analisar (já passou uma semana e ainda não recebi nada). Perguntei se era possível pagar às prestações ao que me foi respondido que em principio não era possível, mas que não conseguiam dar uma resposta devido à situação de Pandemia que o pais se encontra, sendo que pedi para me informarem sobre o assunto. A Senhora ainda responde que se não pagar vou ter problemas judiciais e no tribunal, insistindo para eu pagar em 24h. Continuo sem me informarem sobre a questão do pagamento às prestações, pois, devido a toda a situação que se vem vivendo, estamos sem possibilidades económicas para fazer o pagamento total e continuo a aguardar também o envio da fatura em causa. É lamentável o que tem vindo a acontecer diariamente desde esse primeiro telefonema: têm LIGADO TODOS OS DIAS a pressionar para pagar e mandam mensagem TODOS OS DIAS, só não enviam a fatura e informação para pagar faseadamente! Fica desde já aqui esclarecido que não posso pagar algo sem uma fatura que suporte esse valor. Para além disso, pedirei para analisarem a fatura (depois de a receber), sendo que o valor que me pediram é extremamente excessivo para o péssimo atendimento que tive e que continuo a ter. As senhoras que me ligam são super antipáticas e agressivas a falar. Por exemplo, uma das chamadas que recebi, a senhora nem “boa tarde” me disse - mal atendi foi-me dito que tenho que pagar a conta. Têm-me pressionado TODOS OS DIAS com chamadas e mensagens. É ridículo pois fui muito maltratada nas urgências e agora sou obrigada a pagar um serviço que mal foi prestado? Após uma pesquisa do vosso hospital no google, consegui perceber que o meu caso não é isolado, quantidade de críticas e reclamações dirigidas ao vosso hospital é muito grande. Como é um hospital privado está avaliado com 3 estrelas no google e presta este tipo de serviços??Antes de mais, sugiro o mais rápido possível melhor formação no atendimento ao cliente.Por último, venho reivindicar a redução significativa da conta do hospital, a fatura, assim como o seu pagamento em prestaçõesObrigada pela atenção


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