Às 14h do dia 25/02/2024, apanhei, na estação de Viseu, o autocarro nº21 com destino a Lisboa (Sete Rios) (com hora de chegada prevista às 17h30). O meu lugar era o 27. Na A1, um pneu do autocarro rebentou. Parámos e, passado um pouco, voltámos a andar com o pneu rebentado. Mais à frente, o autocarro começou a arder, junto ao quilómetro 39. Foi horrível, estava toda a gente em pânico, a querer sair. Tinha bens na mala que não consegui tirar. Ao princípio contei uns 350€ de prejuízo, agora começo a aperceber-me de que foi bem mais, muito mais mesmo. Isto fora as horas que estivemos na autoestrada, ao frio, até um autocarro nos apanhar. Isto junto à experiência traumática que nos acompanhará para a vida. Perdi roupa, material de trabalho, diversos itens, medicamentos, muito mais do que consegui escrever no livro de reclamações, naquele momento de stress, e que dou conta agora porque tenho de comprar tudo de novo e vejo o que me falta em casa. Perdi uma mala cheia de coisas e podia ter perdido a minha vida. Tudo isto devido à negligência da empresa. Aguardo agora que me contactem e questiono-me, se se importam realmente com as vidas que transportam nos autocarros. Quanto vale uma vida? Cerca de 47 pessoas podiam ter morrido ali mesmo.