Sou proprietário de um Toyota Auris de 2016 e desde cedo me apercebi de um ruído de circulação que o carro emitia a baixa velocidade mas nunca me importei muito com ele facto, até porque era mais audível nos meses de verão por circular com as janelas abertas e ouvir algo que vinha das rodas, sobretudo em cidade onde é mais comum circular com os vidros abertos.No dia 6 de setembro de 2019, percebendo que o barulho (como que se houvesse alguma coisa entre os calços dos travões e os discos em contacto permanente) continuava, fui ao concessionário Toyota da minha área de residência e pedi uma verificação ao problema.De referir que a viatura tinha 46 mil Km e 3 anos e 5 meses. No concessionário fui informado que se tratava da composição dos calços de travões traseiros, que por conterem uma formação com partículas de metal de proporção mais elevada que o habitual, estavam estas partículas em contacto permanente com os discos a marcar e a fazerem-se ouvir numa circulação normal sem que o sistema de travagem fosse acionado. Posto isto, e tratando-se de material de origem, perguntei qual a responsabilidade da marca nesta matéria? Fui informado que o caso ia ser reportado à Toyota Caetano Portugal para que a garantia de 7 anos por mim adquirida e paga como um extra no momento da compra da viatura, fosse acionada.Cheguei a enviar uma carta registada com aviso de receção à Toyota Caetano Portugal, que apesar de aceite nos CTT dizem-me ao telefone nunca ter chegado ao departamento de pós venda, dando a reclamação como extraviada. Fiz vários telefonemas para o pós venda, deixaram-me horas a ouvir música e chegou ao ridículo de esperarem pelo encerramento dos serviços para irem embora sem atender o cliente.Depois de muitas semanas, meses sem uma resposta definitiva, com telefonemas e troca de e-mails para um lado e para o outro, finalmente, hoje, 27 de dezembro de 2019, quase 4 meses depois de visitar a oficina, chegou a resposta: A Toyota Caetano vem informar ser inviável qualquer ação por parte da garantia Toyota, que para o componente em causa a garantia que tinha acompanhava a garantia base, ou seja, de 3 anos. e Não sendo um defeito de produto, é inviável a sua abrangência nos termos de garantia de fabricante.Portanto a Toyota Caetano Portugal, informa o cliente de 2 coisas, que a garantia de 7 anos que o cliente pagou é uma treta e que a de 3 anos é que vale. Mas mesmo na de 3 anos, o material de desgaste, como é o caso das pastilhas de travões, pneus, escovas, etc... que venham com defeito de fábrica, não estão abrangidos pela garantia do fabricante e inclusivamente, mais ridículo ainda, não encaram um problema numa peça de origem do carro, como um defeito do produto! Querem ver que o defeito é meu que escolhi adquirir uma viatura de uma marca que perdeu toda a credibilidade que tinha no mercado? Fui eu que instalei estes calços de travões? Não. Fui eu que mandei colocar partículas de metal na fábrica que produz as pastilhas de travões de série dos Toyota Auris? Não. Solução? É circular com os vidros fechados e pôr o volume do rádio bem alto para não ouvir nenhum ruído vindo dos calços dos travões, não é assim Toyota Caetano Portugal?Deixem que vos diga: Toyota em Portugal não comprem. Toyota Caetano foge às responsabilidades e não faz jus aos pergaminhos da marca.