No dia 19 de outubro de 2025, por volta das 19:00, ao chegar à minha habitação secundária em Tavira constatei que não havia energia elétrica. Após verificar que a anomalia não resultava de qualquer curto-circuito, entrei em contacto com a área de cliente da EDP Comercial.
Fui então informado de que a ausência de energia se devia a uma suspensão do serviço efetuada remotamente no dia 22 de setembro de 2025 por alegada falta de pagamento de uma fatura referente ao mês de março de 2025, relativa a acertos. Importa referir que tenho, desde sempre, o pagamento das faturas associado à modalidade de débito direto com valor mensal fixo. Essa fatura em causa nunca me foi enviada — nem por email, nem por correio —, motivo pelo qual desconhecia a sua existência. Questionei o operador sobre como era possível existir uma fatura de março por liquidar, quando todas as anteriores e posteriores (abril, maio, junho, julho e agosto) se encontravam pagas, sem nunca ter recebido qualquer aviso prévio de incumprimento, e como digo, nem a fatura. Não me foi apresentada uma explicação convincente.
Ainda assim, efetuei o pagamento do valor em dívida via MB Way no dia 17 de outubro de 2025, às 19:06, conforme comprovativo que possuo. Fui então informado de que o processo de reposição de energia seria iniciado de imediato e que a normalização do fornecimento ocorreria no prazo máximo de 4 a 12 horas.
Contudo, no sábado de manhã ainda não tinha energia. Após várias tentativas de contacto com a EDP Comercial nessa manhã, fui informado de que durante o fim de semana não são realizadas reposições de energia, exceto em situações de carácter urgente, como hospitais. Consequentemente, eu e a minha família, incluindo crianças, passámos todo o fim de semana sem energia elétrica. Tal situação provocou a deterioração total dos alimentos armazenados no frigorífico e congelador, bem como de alguns dos produtos de alimentação adquiridos à chegada, obrigando-nos a deitá-los fora e a alterar completamente os nossos planos familiares.