Exmos. Senhores,
Venho por este meio expressar o meu total desagrado e indignação perante a decisão da WiZink de encerrar unilateralmente o contrato do meu cartão WiZink Travel, sem qualquer justificação concreta, e de impor restrições desproporcionadas à utilização dos pontos acumulados ao longo dos anos.
Mais, indicam que me foi enviado um email que não recebi e apenas soube da denuncia do contrato por carta enviada durante o periodo de férias.
A surpresa foi ainda maior ao ser informada de que teria apenas um prazo extremamente curto e manifestamente insuficiente para planear, escolher e concretizar uma viagem com a devida ponderação e disponibilidade. Como é suposto gastar milhares de pontos, que são meus por direito, num período de apenas 15 dias?
Recordo que a acumulação de pontos foi feita ao longo de um período alargado, com base numa expectativa legítima de utilização futura, incentivada pela própria WiZink através da promoção contínua do programa. A limitação imposta de forma repentina fere princípios básicos de boa-fé contratual e de respeito pelos direitos do consumidor, revelando uma gestão desleal da relação com os clientes.
Mais preocupante ainda é a incoerência entre o número de pontos comunicados e o que consta nos extratos mensais, com justificações vagas sobre prescrição de pontos que continuam visíveis no sistema. Esta falta de transparência levanta sérias dúvidas sobre a fiabilidade da gestão interna da WiZink.
A forma como esta situação está a ser conduzida transmite a imagem de um esquema deliberado para limitar o acesso dos clientes aos benefícios que lhes são devidos, convertendo obrigações contratuais em poupanças para a empresa, à custa da confiança e da lealdade dos seus clientes. Esta prática, além de eticamente questionável, pode configurar uma violação dos direitos dos consumidores.
Face ao exposto, exijo a extensão do prazo de utilização dos pontos.