No dia 11 de Fevereiro dirigi-me à Unidade de Saúde Familiar da Ramada para solicitar baixa médica por me encontrar gravemente doente e fui informada pela funcionária que o facto de não ter médico de família atribuído, teria que me dirigir ao Centro de Saúde de Odivelas, extensão UCSP Odivelas (antigo CATUS). Quando cheguei ao local, fiquei chocada com as condições do espaço. Um buraco pequeno, mal arejado, com poucas cadeiras, com cerca de 50 pessoas amontoadas, apertadas e a respirarem umas em cima das outras. Um local perfeito, para sair ainda mais doente, digno de terceiro mundo. Pelo facto do buraco estar completamente lotado, tive que ficar uma hora e meia na rua, de pé, ao frio, a aguardar que chamassem a minha senha. Tive a sorte, no meio daquele caos, quando a funcionária da receção chamou a minha senha, ter percebido a gravidade do meu estado de saúde e ter sido atendida pelo médico. Neste dia fiquei a perceber que para além de não ter direito, até ao momento, a um medico de família, ainda sou tratada como uma cidadã de segunda, sendo atirada para um local bem mais longe da minha zona de residência (a minha Freguesia é a Ramada) e sem quaisquer condições de segurança e de dignidade para uma pessoa doente. Apresentei reclamação no site da Direção Geral de Saúde e expus também esta situação por e-mail à Câmara Municipal de Odivelas.