Exmos. Senhores,
Venho por este meio apresentar reclamação formal contra a Rádio Popular e contra a seguradora associada ao seguro da televisão adquirida, devido a falhas graves no processo de cancelamento do seguro.
Linha temporal dos factos:
07/11/2025 – Comprei uma televisão na Rádio Popular e, por insistência da loja, foi-me vendido um seguro, com a informação de que o mesmo poderia ser cancelado dentro de 30 dias.
06/12/2025 – Contactei a seguradora para cancelar o seguro. A seguradora informou-me que, por estar dentro dos 30 dias, o cancelamento tinha obrigatoriamente de ser feito presencialmente na loja até ao dia seguinte, 07/12.
07/12/2025 – Dirigi-me à loja da Rádio Popular dentro do prazo indicado.
A funcionária recusou efetuar o cancelamento, alegando que “o prazo de 30 dias já tinha passado”, o que é falso.
Estive na loja nesse dia, o que posso comprovar através do registo de entrega de um aspirador em garantia, feito exatamente nesse momento.
A funcionária não realizou o procedimento obrigatório nem comunicou à seguradora que estive na loja dentro do prazo com a intenção de cancelar o seguro, o que teria resolvido a situação de forma imediata. Ao falar posteriormente com a seguradora, fui informada de que, caso a loja não conseguisse processar o cancelamento no sistema, deveria ter comunicado diretamente o meu pedido, servindo como prova formal de que compareci na loja dentro do prazo legal com esse propósito. Questionei-lhe sobre a possível cobrança indevida, uma vez que o pagamento estava pendente. Ao que me respondeu que devia cancelar o débito direito, questionei qual seria o procedimento caso não tivesse débito direito e caso o dinheiro me saísse da conta. Garantiu-me que a seguradora tinha tolerância e que me seria devolvido.
Nos dias seguintes, tentei resolver a situação. A Rádio Popular empurrou a responsabilidade para a seguradora e vice-versa.
Dia 08/12/2025 não consegui falar com a seguradora por ser feriado.
No dia 09/12/2025 liguei para a seguradora a explicar toda a situação. Informaram-me que o procedimento foi mal realizado desde o início e que, infelizmente, não podiam resolver o problema porque a responsabilidade era da Rádio Popular. Disseram-me ainda que me foram dadas informações erradas, uma vez que não basta cancelar o débito direto para cancelar um seguro. Acrescentaram também que, se a funcionária tivesse aberto a minha ficha, teria verificado que não era possível aparecer aquele pagamento em débito direto, porque o valor estava a ser cobrado como uma compra normal — algo que nem entendo como é possível.
Como não existe qualquer prova de que estive na loja no dia 07/12 a pedir o cancelamento, e como a chamada foi feita apenas no dia 09/12, a seguradora explicou que já não podia dar seguimento ao pedido. Realçaram que a funcionária da Rádio Popular deveria ter cumprido o procedimento correto para que ficasse registado que estive efetivamente na loja dentro do prazo, o que teria evitado toda esta situação.
09/12/2024 – Dirigi-me à loja ao final da tarde onde voltei a explicar a situação e o funcionário da loja chegou a registar uma reclamação interna para a seguradora, mas associou-a de forma incorreta à apólice de outra pessoa, comprovando a falta de rigor e prejudicando-me diretamente.
O valor do seguro acabou por ser cobrado pela seguradora devido à falha da loja em cancelar o seguro quando me apresentei dentro do prazo.
Ainda nesse dia voltei a contactar a seguradora, consegui cancelar a minha apólice, no entanto não me garantiam que o dinheiro me seria devolvido.
12/12/2025 Recebi um email da seguradora a pedirem para os contactar, pois já tinham uma resposta. Contactei-os por volta das 11h e disseram-me que a responsabilidade era da loja (e eu afirmo que é) e que por isso não podiam pagar, tinha de me entender com a loja.
Fui novamente à loja por volta das 15h30 e voltei a explicar toda a situação. Abriram a nota registada pelo funcionário no dia 09/12 e informaram-me de que o pagamento já tinha sido devolvido. De facto, tinha uma resposta da seguradora a indicar que iriam proceder à gestão do caso. Insisti para ligar para a seguradora ainda dentro da loja. Foi então que se aperceberam de que aquela apólice nem sequer era minha. Em nenhum momento me pediram desculpa pelo erro, nem procuraram falar com a colega que me atendeu na primeira vez para resolver o problema de forma definitiva.
Para piorar, decidiram redigir uma nova reclamação para o seguro, mas distorcendo os factos. Em nenhum momento admitiram que estive na loja dentro do prazo com a intenção de cancelar a apólice. Escreveram apenas que no dia 07/12 eu “tentei cancelar o seguro cancelando o débito direto” e que, como o pagamento não aparecia, não consegui fazê-lo dentro do prazo. Informei de imediato que não autorizava que colocassem essa informação, pois era falsa, e porque eu própria já tinha falado com a seguradora, que me garantiu que não é dessa forma que se cancela um seguro.
Além disso, as regras são claras: para cancelar a apólice, eu teria de o fazer presencialmente no balcão, dentro dos 30 dias. Ainda assim, o funcionário continuou a distorcer os factos e disse: “eu posso bem com eles”. A questão é que alegar algo falso apenas atrasa o processo e transmite informações incorretas à seguradora, prejudicando-me ainda mais.
A Rádio Popular continua a distorcer os factos, a negar que estive na loja no dia 7 com o propósito de cancelar o seguro e tenta imputar a responsabilidade à seguradora, que agiu com base na falta de comunicação da loja.
O que solicito:
A devolução integral do valor cobrado indevidamente pela seguradora, no mesmo método de pagamento.
A responsabilização da Rádio Popular pela informação errada e pelo procedimento incorreto.
Documentos que posso fornecer se solicitado:
Comprovativo de compra da televisão
Registro da entrega do aspirador em garantia em 07/12
Registo de chamadas para a seguradora
Registo da reclamação interna errada da loja
Comprovativos do valor cobrado
Agradeço o vosso apoio para resolver esta situação injusta e que me está a causar prejuízo devido a erros que não me são imputáveis.
Com os melhores cumprimentos,
Bruna Almeida