Problema identificado:

Conta Bancária

Reclamação

C. A.

Para: Caixa Central de Crédito Agrícola

05/11/2024

Exmos. Senhores, Exmos. Senhores O meu nome é Carla de Sousa Araújo , cliente do Crédito Agrícola SA, venho apresentar a seguinte exposição e reclamação: No dia 3 de outubro do corrente ano 2024 fui vítima de uma burla. Com efeito, no dia 2 de outubro 2024 coloquei umas sapatilhas à venda na plataforma Markeplace. No dia seguinte, 3 de outubro 2024, recebi uma mensagem pelo Mensseger, proveniente de um perfil denominado de "Ariana" em que a mesma demonstrava interesse em adquirir as sapatilhas. Após diálogo com a compradora chegamos a um acordo para a realização da venda das sapatilhas, tendo confiado na mesma, uma vez que ela iria proceder ao pagamento através de uma transportadora conhecida GLS. Fui informada pela mesma que ia ser contactada pela empresa GLS a fim de combinar a entrega das sapatilhas e o respetivo pagamento. A compradora fazia o pagamento à transportadora e esta posteriormente a mim, o que me pareceu perfeitamente normal e fiável. Após terminar a conversa com a compradora recebi um email de confirmação com o respetivo pagamento pela alegada transportadora GLS mas, para receber o dinheiro teria de preencher os campos com os meus dados para eles procederem à transferência. Fui contactada pelo Whatsapp (suposto contacto da transportadora GLS) onde o sujeito que estaria a fazer-se passar por colaborador disse que teria de verificar se a minha conta bancária era verdadeira e que por isso, iria fazer uma transação fictícia. O sujeito inclusive "identificou-se" com um cartão de cidadão falso, assim como identidade de colaborador da empresa igualmente falso. Após diálogo com a suposta empresa GLS e desconfiando do que se estava a passar, consultei a minha conta bancária tendo percebido nesta altura que tinha um saldo contabilístico diferente do saldo disponível, o que me fez desconfiar. Assim, liguei de imediato para o balcão de Cabeceiras de Basto do Crédito Agrícola onde sou cliente, tendo o funcionário que me atendeu consultado a minha conta e informado que tinha um valor cativo de cerca de 569,98 euros. O funcionário daquela agência aconselhou-me a ligar para a linha direta para cancelar o cartão e apresentar queixa nas autoridades, o que de imediato fiz. Assim, no dia 03 de outubro de 2024, liguei para o apoio da linha direta e pedi o cancelamento do cartão, uma vez que estava a ser vítima de burla. De seguida, desloquei-me ao posto da GNR da minha residência, e apresentei uma participação criminal contra os autores da burla. Após apresentar a queixa- crime, nesse mesmo dia, 3 de outubro 2024, dirigi-me ao balcão do Crédito Agrícola, agência de Cabeceiras de Basto para falar com um dos funcionários e deixei cópia da queixa-crime para procederem ao cancelamento da transação, uma vez que o dinheiro se encontrava cativo. Além disso, o funcionário pediu-me que me apresentasse no dia seguinte 4 de outubro 2024 no balcão para poderem fazer a exposição junto do departamento jurídico do banco, o que fiz. No dia seguinte 4 de outubro de 2024, dirigi-me ao balcão de Cabeceiras de Basto e solicitei, uma vez mais, que fosse ordenado o cancelamento de transação do dinheiro, uma vez que tinha sido burlada, tendo apresentado o auto da denúncia. Deste modo, fiquei a aguardar, consultando todos os dias o saldo da minha conta e verificando que o dinheiro continuava cativo. Fiquei plenamente convicta que a transação não ia ocorrer, tendo confiado na V. Instituição, uma vez que tinha dado instruções precisas para cancelar a transação. Qual o meu espanto quando no dia 9 de outubro 2024, quase uma semana depois do ocorrido e de ter alertado o banco para o dinheiro não sair da minha conta, verifico que o banco autorizou a transação (imagem em anexo). Posto isto, dirigi-me ao balcão para questionar qual foi a decisão do departamento jurídico do banco tendo sido informada do seguinte: "Como a cliente forneceu todos os dados e autorizou a transação as leis do VISA não iam revogar o dinheiro. A cliente terá de aguardar com as autoridades a possibilidade de revogação do mesmo". Deste modo, venho manifestar o meu profundo desagrado com a postura adotada por parte da Instituição Crédito Agrícola, uma vez que não foram tomadas as medidas cautelares e necessárias para procederem ao cancelamento da transação, não obstante terem sido alertados, em tempo oportuno, de que eu tinha sido vítima de uma burla. Pelo exposto, venho expor em anexo a V. Exas, as duas respostas que posteriormente a provedoria do cliente do banco Crédito Agrícola deu ao pedido de restituição da quantia de 569.98€, quantia essa que fiquei desapossada, uma vez que alertei o banco e dei instruções precisas e fundamentadas, para procederem ao cancelamento da transação, sob pena de denunciar a presente situação junto de outras instâncias, designadamente, DECO, Provedor de Justiça, Banco de Portugal e comunicação social. Fico, pois, a aguardar as vossas breves e prezadas notícias numa possível ajuda/solução para este lamentável desfecho. Com os melhores cumprimentos. Carla Araújo

Assistência solicitada 20 novembro 2024

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