Exmos. Senhores,
Venho por este meio apresentar reclamação contra o WiZink Bank, S.A.U. – Sucursal em Portugal, enquanto consumidor, devido à sua recusa em reembolsar uma transação bancária não autorizada no valor de €8200,00, efetuada no dia 12/05/2025 através do meu cartão.
A operação foi imediatamente reportada por mim como fraude, tendo sido apresentada queixa formal na Polícia.
Apesar disso, e após inicialmente me creditarem provisoriamente o valor, o WiZink:
Encerrou o processo e atribuiu-me responsabilidade total;
Alegou que houve “autenticação forte” via aplicação móvel e biometria;
Não apresentou qualquer prova de que a operação foi autorizada conscientemente por mim;
Ignorou o disposto no Decreto-Lei n.º 91/2018, artigos 115.º e 116.º, que exige o reembolso imediato ao consumidor, exceto em caso de culpa ou negligência grosseira, o que não se verificou.
Importa ainda referir que, ao verificar em plataformas de reclamações e fóruns de consumidores, constatei que outros clientes tiveram problemas idênticos com operações não autorizadas. No entanto, o WiZink insiste em não admitir que o seu sistema não é totalmente seguro, transferindo o risco para os clientes e cobrando operações fraudulentas.
Encontro-me, portanto, a ser cobrado por uma operação que denunciei como fraudulenta, sem qualquer meio de defesa ou transparência no processo, o que configura, na minha opinião, uma violação grave dos meus direitos como consumidor e utilizador de serviços de pagamento.
Sinto-me injustiçado e desamparado, tendo agora de recorrer a vias judiciais para defender os meus direitos, o que me causa não só transtorno financeiro como também emocional.
Com os melhores cumprimentos,
Carlos Eduardo de Melo