No passado dia 21 de Agosto, o alarme de minha casa disparou. Estávamos de férias, e fomos contactados pela Securitas, que nos enviou de imediato, através da app mobile, fotografias dos disparos feitos pelas câmaras associadas ao sensor da porta. Nas imagens, vemos uma mulher de costas, a entrar pelo corredor. Imediatamente, entrámos em contacto com a polícia, que enviou agentes ao local. Quando chegaram, não havia ninguém, e a porta não apresentava sinais de arrombamento, mas tinha desaparecido ouro. A pessoa nas fotografias era impossível de identificar pela polícia, por estar de costas.Ao partilhar com a nossa família mais próxima o sucedido, uma familiar muito próxima nossa reconheceu-se nas imagens de imediato. Confirmou que era ela, mas que não teria estado em nossa casa naquele dia, mas sim um mês antes, num almoço de família, vestida exactamente daquela forma. Quando confrontada com o sucedido, a Securitas não ofereceu uma explicação plausível, recolheu o equipamento, escudou-se numa peritagem técnica que teria que fazer e nunca mais deu notícias, apesar de muita insistência minha. Sempre que ligo para lá, dizem-me que não é possível passar ao departamento técnico, que estará há mais de duas semanas, a peritar. Quando ameacei cancelar o serviço, passaram-me a uma pessoa que não atendeu. Uma semana depois, essa pessoa ligou-me, explicando que estava de férias e que ninguém poderia tratar deste tema na sua ausência, que teria que aguardar. Disse-me também que se tinha esquecido completamente de entrar em contacto comigo, e que me iria enviar um primeiro relatório, com informação bafienta a relatar o que todos sabemos sobre o dia do assalto, de imediato, mal desligasse o telefone. Até hoje, nada.Ou seja:- Se a pessoa que está nas fotos é a minha familiar, e a foto é do dia e momento da intrusão, a minha familiar é uma criminosa e terá que ser levada à justiça. A Securitas consegue atestar, com 100% de certeza, que aquela foto foi tirada no dia do assalto? Dizem-me que não.- Se a foto não é do dia do assalto, mas sim do dia 19 de Julho, última vez que a nossa familiar visitou a nossa casa, e não tendo disparado o alarme, única forma de ativar o sensor que tira fotografias, então significa que a Securitas terá tirado imagens, não solicitadas, com o alarme desligado, invadindo assim de forma grosseira e gravíssima a nossa privacidade? A Securitas, quando confrontada, diz que não sabe.- Se as fotografias da minha familiar não são as imagens do dia do assalto, então onde estão estas imagens, e quem aparece nelas? A Securitas não sabe, ou não quer dizer.Resumindo, pago perto de 40€/mês, há 7 anos, por um serviço absolutamente inútil - não funciona quando deve, funciona/fotografa pessoas na sua intimidade, quando não deve, e não impediu nem ajudou a resolver uma intrusão, único papel que deveria cumprir.O que procuro é ser ressarcido da totalidade do valor que paguei pelo serviço até hoje (3421,94€ das mensalidades, ao valor de hoje, 39,79€mês, mais 539,17€ da instalação, num total de 3961,11€), uma vez que tanto quanto sei, é um serviço que nunca me foi prestado - ou se foi, foi de forma ineficaz, deficiente, inútil. No final, pretendo esse valor de volta, cancelar o meu contrato com a Securitas, e um pedido de desculpas pela invasão da nossa privacidade.