Máquinas de café: como testamos

Gastar muito dinheiro numa máquina de café não garante um bom café. Alguns aparelhos a menos de 100 euros produzem um expresso melhor que outros que custam cinco vezes mais. Na busca pelas melhores máquinas de café, milhares de expressos foram tirados. Descobriram-se alguns modelos brilhantes, rápidos, fáceis de usar e - o mais importante - capazes de fazer um expresso excelente. Mas outros modelos produzem café morno e pouco inspirador ou são desnecessariamente complicados de usar. 

Os diferentes tipos de máquinas de café apresentam prós e contras. Os aparelhos de cápsulas, por exemplo, são muito simples de usar, um aspeto que se reflete na avaliação global. Mas os modelos automáticos são, geralmente, mais versáteis. Preparam outras bebidas de café, para além do típico expresso. Por essa razão, a DECO PROteste tem um comparador que apresenta a possibilidade de selecionar o tipo de máquina que pretende, de forma a encontrar facilmente a melhor no segmento preferido.

Modelos de muito boa qualidade

As máquinas que alcançam, ou ultrapassam, 75% na avaliação global apresentam bons resultados na maioria, ou mesmo em todas, as provas. Geralmente, produzem rapidamente expressos saborosos e à temperatura ideal, bem como cappuccinos cremosos, se essa for uma das possibilidades do modelo. São fáceis de regular, simples de limpar e descalcificar, pouco ruidosas e eficientes do ponto de vista energético.

Por que não há Escolha Verde nas máquinas de café?

Se nalgumas categorias de produtos, há modelos recomendados como Escolha Verde, noutras tal ainda não é possível. No caso das máquinas de café, a avaliação já contempla aspetos ambientais importantes, como o consumo energético e os resíduos originados anualmente pelas embalagens e cápsulas. Contudo, o maior impacto ambiental no simples ato de beber um café situa-se bem atrás da sua cadeia de valor: na produção do próprio café.

Se pretende reduzir o impacto ambiental do seu café, escolha uma produção justa e sustentável. No caso de usar máquina de cápsulas, certifique-se de que escolhe aquelas que produzem menos resíduos e deposite as cápsulas vazias nos contentores que algumas marcas já possuem, quer sejam marcas próprias, quer de grandes superfícies comerciais.

Como é avaliado cada modelo?

Todas as máquinas de café são testadas e avaliadas exatamente da mesma forma, para que se possa comparar qualquer modelo e saber como se comporta face aos concorrentes.

A Qualidade Global é traduzida em percentagem. Considera apenas os resultados dos testes da DECO PROteste e é independente do preço. A pontuação baseia-se nos resultados de dezenas de provas e de verificações, desde parâmetros decisivos - como o sabor do café e a rapidez da preparação -, até à facilidade de uso, ruído, eficiência energética, resíduos gerados e fiabilidade da marca.

Quanto mais importante a prova, maior o seu impacto na avaliação global:

• 40% Qualidade do café expresso
• 25% Facilidade de utilização
• 10% Aspetos ambientais
• 10% Ruído durante o uso
• 10% Qualidade do cappuccino
• 5% Criação de perfis pessoais

Qualidade do café expresso

A qualidade do café é o teste com maior peso e divide-se em quatro aspetos. 

O café é submetido à análise dos peritos. O painel de degustação avalia o café expresso, sem açúcar, de cada máquina. A sua experiência permite-lhes diferenciar os cafés dos diferentes modelos, recorrendo ao mesmo tipo de café. Aspeto, sabor, aroma e creme são fatores decisivos na avaliação final de cada modelo.

 

A temperatura de cada expresso é verificada. Insere-se um termómetro digital no centro de cada chávena. Idealmente, a temperatura média não deverá ser inferior a 60ºC, nem superior a 88°C. Este é o intervalo de temperatura ideal para café expresso.

A máquina é rápida a preparar um café? Um bom aparelho leva até 30 segundos para fazer um expresso de 30 ml e parar de pingar. Alguns modelos podem levar mais de 30 segundos para fazer o café expresso e outro tanto até pararem de pingar por completo. A contagem do tempo começa quando a máquina inicia o aquecimento até ao momento em deixa de pingar, após tirar o café.

Nos modelos que preparam dois cafés em simultâneo, regista-se a temperatura e a quantidade de café em cada chávena. O objetivo é verificar se o resultado é uniforme e consistente entre ambos os cafés.

Facilidade de utilização

Algumas máquinas são fáceis de usar, enquanto outras são desnecessariamente complicadas. Avalia-se a facilidade de utilizar cada uma, para garantir que não faz uma escolha da qual se poderá arrepender.

Verifica-se a clareza das instruções, quão fácil é preparar e configurar a máquina e o ruído durante a utilização. Além disto, também se analisa a facilidade de limpar e descalcificar a máquina.

Aspetos ambientais

Fazer café implica consumo de energia e produção de resíduos. Para saber se a máquina de café é energeticamente eficiente, mede-se a quantidade de energia usada para aquecer e fazer o café. Verifica-se, igualmente, quanta energia consome no modo standby.

Fazer um café origina resíduos, com particular expressão ao fim de um ano de utilização dos modelos de cápsulas. Identifica-se e pesa-se cada tipo de material, ou seja, a embalagem do café e a respetiva cápsula, quando existe. Procuram-se também indicações de que as embalagens são feitas de material reciclado. 

As marcas mais fiáveis reúnem todas as condições para não se avariarem com frequência e se manterem mais tempo em uso, o que acaba por ser um importante aspeto ambiental a considerar.

Ruído durante a utilização

Qualidade do cappuccino

Personalização

Ajustar as configurações para produzir bebidas que atendam às preferências de cada utilizador é uma mais-valia. Por esse motivo, verifica-se se existem opções de personalização e se são fáceis de utilizar. Analisamos o ajuste da moagem dos grãos de café, da temperatura, da intensidade e do volume da bebida. As máquinas com boa pontuação neste critério possuem uma variedade de opções personalizáveis.