Bebé no carro: alertas para não ficar esquecido
Todos os anos, morrem nos Estados Unidos 37 bebés esquecidos no carro ao sol. Por cá, também são noticiados relatos trágicos, devido a extremo cansaço e mudanças de rotina dos pais. As autoridades recomendam medidas preventivas, sobretudo no verão. Que soluções existem?

Desde 2019, em Itália, todas as cadeiras para transportar crianças até quatro anos devem vir equipadas com um sistema de alarme.
Em Portugal, esta obrigatoriedade não existe, mas a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária recomenda uma atenção redobrada e o uso de dispositivos, especialmente no verão.
Alguns carros recentes vêm já equipados, de fábrica, com o chamado “Rear Occupant Alert” (ROA), composto por sensores que detetam movimentos ou monitorizam as portas de trás e enviam alertas.
Nos automóveis sem estes sensores, é possível instalar dispositivos com a mesma finalidade. Veja em que consistem e outras medidas que servem de lembrete.
Sensores para instalar na cadeira do bebé
Existem sensores e dispositivos que emitem um alerta que se podem instalar em qualquer cadeira de bebé para o carro ou no cinto de segurança.
Sensores de pressão ou almofadas com sensores de presença que se instalam na cadeira do bebé detetam se o banco está ocupado. Este tipo de equipamento liga-se via Bluetooth ou rede móvel a uma aplicação no smartphone. Se o condutor se afastar do carro sem retirar a criança da cadeira, recebe um alerta no telemóvel, via notificação ou som. Estas soluções são práticas, pois são compatíveis com qualquer modelo de cadeira.
Os dispositivos que se colocam no cinto de segurança são uma alternativa mais simples e barata. À venda por cerca de 30 euros, este sistema universal emite um alerta quando se desliga a ignição do carro.
Outras soluções para lembrar que o bebé está no carro
É frequente os bebés adormecerem embalados pelo movimento da viatura. Basta uma distração ou uma alteração de rotina, numa situação de extremo cansaço e stresse, para que o condutor se afaste do carro e se esqueça que a criança ficou no interior.
Esta é, aliás, a causa mais vezes identificada nas famílias que perderam um filho que ficou no carro ao sol. Esta situação é rara, mas, quando acontece, pode ser fatal. Em situações de calor extremo, em muito pouco tempo, o bebé pode não resistir e morrer de desidratação ou insolação.
A par dos sensores com alarmes, recomenda-se a instalação de um espelho retrovisor próprio para monitorizar o bebé enquanto se conduz. Embora menos eficaz do que os sistemas anteriores, acaba por ser um lembrete visual constante de que a criança está no banco de trás do carro.
Para uma solução mais eficaz, recomenda-se a combinação de um dos sensores ou alarme com um lembrete físico, como, por exemplo, pousar uma chupeta ou um boneco do bebé no banco da frente ou deixar algo, como a mala, o telemóvel, as chaves de casa ou do escritório, atrás, junto do bebé.
O que pode levar a deixar o bebé no carro?
Está, muitas vezes, associado a mudanças de rotina e a extremo cansaço dos pais, típico nos primeiros meses de vida do bebé. Quando um dos progenitores leva, excecionalmente, a criança à creche, porque o outro naquele dia não tem essa disponibilidade, pode acontecer que, o condutor reproduza, em "piloto automático", as suas rotinas.
Mais vale prevenir e instalar dispositivos na cadeirinha de bebé e adotar as medidas preventivas.
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