Refrigerantes com aditivos e edulcorantes

Bem apresentados na forma, mas, no conteúdo, plenos de antioxidantes, acidificantes, reguladores de acidez e edulcorantes. A DECO PROteste comprou 28 refrigerantes de sumo de morango, laranja, pêssego, manga, maracujá, limão, multifrutos e tropical. As conclusões do estudo não deixam margem para dúvidas: os refrigerantes não se compatibilizam com uma dieta saudável. Além de todos estarem repletos de aromas e aditivos alimentares – como corantes, estabilizadores e conservantes –, a quantidade de fruta, proveniente de concentrados ou de purés e polmes, é, no máximo, de 20 por cento. E se os teores de açúcares não são muito expressivos, isso deve-se, parcialmente, à inclusão de edulcorantes, como a sucralose e o acessulfame K, ambos aditivos pouco recomendáveis.

Comparar refrigerantes

O rótulo é a base informativa da análise, cruzada com o algoritmo do Nutri-Score, além do tamanho e do valor nutricional de cada porção, da lista de ingredientes, dos aditivos e do grau de transformação do produto (ou seja, do número de ingredientes ultraprocessados). Ponderados estes parâmetros, é delineada a qualidade global. 

Edulcorantes pouco recomendáveis substituem açúcar

Doze refrigerantes incluem sucralose e acessulfame K, edulcorantes que, de acordo com a calculadora de aditivos, pouco têm de recomendável. Alguns contêm corantes e estabilizadores, e todos adicionam aromas e são obtidos a partir de concentrados. Contudo, os restantes produtos testados são uma fonte calórica, graças aos açúcares. Por 100 mililitros, contêm só 27 quilocalorias. Porém, ao beber 330 mililitros, alcançam-se quase 90 quilocalorias.

Os teores de açúcares são, em média, de 6,4 gramas por 100 mililitros, o que não é exagerado. Mas há produtos a atingir 14 gramas. O que leva a que a quantidade de açúcares ingerida seja, por vezes, elevada: 46 gramas numa embalagem de 330 mililitros.

Um refrigerante não tem relevância nutritiva. Entre os 28 produtos estudados, apenas num par da marca Simply Fruit – um de laranja e outro de morango – se consegue entrever alguma importância alimentícia. Nos restantes, o interesse é quase nulo, em especial nos refrigerantes com mais aditivos e ingredientes ultraprocessados.