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Alimentos a granel podem ficar mais baratos do que embalados

Comprar produtos alimentares a granel pode ficar mais barato para o consumidor. No entanto, é preciso assegurar que as regras de segurança alimentar não são descuradas.

Especialista:
29 maio 2024
alimentos a granel

iStock

Ainda se lembra de quando a comida era toda vendida a granel, ou já é do tempo em que o leite vem do pacote? Até aos anos 1980, mais ou menos, os consumidores compravam apenas a quantidade de que precisavam de cada alimento, nem que tivessem de ir à mercearia mais do que uma vez por dia. Gastavam menos dinheiro e evitavam que a comida se estragasse em casa.

A chegada dos supermercados, cada vez maiores, com as prateleiras cheias de alimentos embalados, levou ao gradual desaparecimento das mercearias. A venda a granel passou a estar quase reservada aos mercados municipais.

Recentemente, ressurgiram lojas de rua com venda de alimentos ao peso, e a tendência chegou também aos súper e hipermercados. Os sacos de serapilheira e os cestos de verga deram lugar a expositores em acrílico transparente, mais modernos, mas o conceito é antigo: comprar apenas o que faz falta.

Comparação de um cabaz de alimentos a granel e embalados

A DECO PROteste levou a cabo uma comparação de preços para confirmar, com números, se a compra a granel tem vantagens sobre os alimentos embalados. A organização recolheu, de norte a sul do País, 300 preços para um cabaz de produtos, tanto na versão embalada, como a granel, de quatro tipos de alimentos, de agricultura convencional e de agricultura biológica:

  • leguminosas – feijão-branco, feijão-encarnado, grão-de-bico e lentilhas verdes;
  • frutos secos – amêndoa torrada sem pele, avelã torrada, caju torrado e metades de noz;
  • ervas aromáticas e especiarias – cidreira para infusão, pimenta-preta em grão, caril e manjericão em folhas seco;
  • cereais – bulgur, cuscuz, millet e flocos de aveia.

Cuidados ao comprar alimentos a granel

Apesar de poder ajudá-lo a poupar dinheiro, a compra a granel requer cuidados, para bem da sua saúde. Veja se os produtos têm bom aspeto e não apresentam sinais de bolor.

Prefira lojas com recipientes fechados, manuais ou automáticos, pois a abertura constante expõe os produtos ao ar, deteriorando-os. Rita Rodrigues, responsável pelas relações institucionais da DECO PROteste, defende que a venda de alimentos a granel deve preferencialmente ser feita desta forma, ou sob a supervisão de um funcionário. Estas práticas contribuem para a higiene e previnem a alteração das propriedades dos produtos devido à exposição ao ar.

Procure lojas em que os produtos sejam repostos com frequência, para ter a certeza de que não estão expostos durante muito tempo.

Compre em pequenas quantidades, para não armazenar em demasia, e registe a data da compra. A DECO PROteste considera igualmente que há informações que não podem deixar de ser postas à disposição dos consumidores. Tal como nos alimentos embalados, é essencial que sejam indicados dados como a data de validade, os alergénios, a origem e as condições de conservação dos produtos.

Opte por levar os seus próprios recipientes para encher com os produtos, o que reduz a produção de resíduos associada às suas compras. Caso o faça, confirme que estão bem secos e sem odores.

 

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