Televisores LG OLED C4: bons resultados nos testes, apesar da pouca inovação

A DECO PROteste levou a laboratório quatro modelos de televisores LG OLED, da série C4. A Qualidade Global oscilou entre 75% e 81%, ou seja, muito bom. Com estes resultados, estes televisores passam a ocupar o topo da avaliação em quase todas as diagonais de imagem, com exceção da categoria das 42 polegadas. Aqui, a nova série revelou uma qualidade sonora um pouco inferior, com graves menos ricos e impactantes.

Comparar televisores testados

De resto, os televisores LG OLED, da série C4, têm uma imagem de qualidade irrepreensível, com níveis de contraste, detalhe e fluidez impressionantes, uma sonoridade rica e uma plataforma de smartTV completa e intuitiva, a correr o sistema WebOS.

Os preços ainda são um pouco elevados em comparação com o modelo anterior, o que era expectável devido ao curto tempo de vida destes televisores no mercado. O valor deverá tornar-se mais interessante daqui a alguns meses. Em resumo, as vantagens em relação aos modelos de 2023, da série C3, são muito discretas. O incremento no desempenho, assim como nas funcionalidades, pouco se nota. Nestes últimos anos, de resto, verifica-se alguma estagnação neste tipo de produtos.

Quanto ao modelo de 42 polegadas, é melhor optar pelo do ano passado. O desempenho do LG OLED de 2023 é muito semelhante ao de 2024, mas com uma qualidade de som superior. Já o modelo de 48 polegadas deste ano supera o do ano anterior. Diferencia-se, novamente, sobretudo pela sonoridade mais rica. Nas 55 e 65 polegadas, o desempenho pouco difere. 

Para quem procura maximizar a relação qualidade-preço, os painéis OLED ainda não são a melhor opção, pois são bastante mais caros do que alguns painéis LCD de bom desempenho. É possível adquirir um LCD de boa qualidade, de 55 polegadas, com preços a partir de cerca de 390 euros.

No comparador de televisores da DECO PROteste encontra opções bastante razoáveis. Conheça os melhores televisores do teste. Antes de comprar, saiba todos os detalhes a ter em conta no guia para escolher televisores. 

Especificações e possibilidades de ligações

Leves e muito finos, os LG OLED da série C4 ostentam um design minimalista, com molduras extremamente finas à volta do painel e uma espessura bastante reduzida. Até na traseira do equipamento houve uma atenção especial, ao ser utilizado um material mais macio do que o típico plástico.

Com resolução 4K e 100 hertz de frequência nativa, estes televisores são compatíveis com os protocolos Dolby Vision (otimização de cores e contraste), HDR10 (otimização de contraste) e HLG (otimização de contraste em imagens de transmissões ao vivo).  

Os LG OLED C4 incorporam o poderoso processador de imagem α9, agora na sua 7.ª geração, além da tecnologia OLED Evo, que promete, entre outros, níveis de brilho mais elevados. No teste da DECO PROteste pode confirmar que a série C4 consegue, de facto, obter um nível de brilho máximo em HDR um pouco superior ao modelo do ano passado (que já era muito bom neste critério). 

O ecrã é muito pouco refletivo. Juntamente com a sua elevada luminosidade, torna este televisor bastante capaz para ambientes de maior luminosidade. Já o ângulo de visão é agora um pouco mais limitado, mesmo mantendo um bom nível.   

Quanto às ligações, não faltam possibilidades. Desde logo, quatro entradas HDMI 2.1, que possibilitam resoluções até 4K a 144 Hz (120 Hz nos modelos do ano passado), três entradas USB e ligação a dois auscultadores Bluetooth em simultâneo, embora o processo de configuração seja algo complexo.

Os novos televisores contam também com o protocolo Wi-Fi 5 (o mais recente, Wi-Fi 6, ainda está limitado a poucos televisores) e banda dupla de frequências (2,4 e 5 GHz). Já para a transmissão de conteúdos a partir de dispositivos móveis, é possível recorrer aos protocolos AirPlay e Google Cast para equipamentos com iOS e Android, respetivamente.

O aparelho é uma opção muito interessante para os jogadores, sendo possível obter, das quatro entradas HDMI 2.1, resoluções até 4K a 144 hertz. A presença das tecnologias FreeSync e G-Sync facilita a sincronização com a consola de jogos, sobretudo de última geração. Como é usual nos televisores mais recentes, existe um modo de imagem específico para jogo, que reduz a chamada latência (tempo entre um comando dado durante o jogo e a sua efetiva execução), e para o qual o televisor comuta de forma automática quando a consola arranca.

Imagem com contraste e cores naturais

No mais importante dos critérios, que é a imagem, a série C4 destaca-se pela positiva, apesar de não se destacar da já excelente versão lançada no ano passado.

As imagens são muito fluidas e nítidas, com cores bastante naturais, além de revelarem contraste elevado e bem equilibrado. A reproduzir vídeos com resolução 4K, com o modo HDR ativado (otimização de contraste), a nitidez e o efeito HDR impressionou o painel de utilizadores a que a DECO PROteste recorreu para estes ensaios em laboratório.

Nos testes, foram usadas as definições de imagem de origem e após calibração. Os utilizadores chegaram à conclusão de que não há grande necessidade de fazer ajustes na imagem, visto que as definições de origem parecem, no geral, corretas. Apenas foi referida a presença de um ligeiro desvio de cores, para uma tonalidade mais quente (mais avermelhada, no caso). 

Som impactante e bem equilibrado

O som devolvido por estes televisores agradou bastante nos testes, apresentando-se nítido e com uma boa reprodução de graves. No geral, o painel de avaliadores referiu-se a uma sonoridade agradável e rica. 

Existe, no entanto, uma exceção. No modelo de 42 polegadas, a reprodução das tonalidades mais graves (os baixos profundos) é mais limitada. Mantém-se um som agradável e bem balanceado, mas menos encorpado e rico.  

Para aferir a qualidade do som, usaram-se os parâmetros de origem, ou seja, com o equalizador desligado.

LG OLED C4 com consumo moderado

O consumo dos modelos da linha C4 é moderado. Após a calibração da imagem, os técnicos registaram valores entre os 49,5 W (painéis de 42 polegadas) e os 69 W (65 polegadas). Usando as definições de origem, os consumos sobem um pouco nos modelos de 48, 55 e 65 polegadas, embora se mantenham moderados.

Nos testes a televisores, os aparelhos são calibrados para visualização numa sala relativamente escura, com alguma luz artificial indireta.

Utilização e apps disponíveis

Estes televisores são entregues com um comando sensível ao movimento, o mesmo que vem sendo usado nestes últimos anos pelo fabricante. Mesmo não sendo uma inovação, integra-se bastante bem nos menus do sistema operativo WebOS, permitindo uma utilização muito intuitiva. A plataforma de smartTV é rápida a iniciar e permite uma utilização fluida. 

O acesso às apps mais usadas, às entradas de vídeo e às definições faz-se na página inicial da plataforma de smartTV, sem necessidade de scroll. A compatibilidade com apps de streaming é ampla, como é o caso da Netflix, do YouTube e do Spotify, entre outras. Está também prevista a integração da plataforma de jogos por streaming da Nvidia (GeForce Now), com títulos recentes e de elevada qualidade gráfica. Neste caso, não há necessidade de usar um computador ou uma consola. Basta ter um comando compatível.

A loja de apps no novo modelo LG OLED é lenta a iniciar. Além disso, para instalar novas apps precisa de se registar.

A plataforma de smartTV conta, ainda, com um painel onde estão indicados os equipamentos conectados à rede doméstica (Internet of Things), como câmaras de videovigilância, iluminação inteligente ou máquinas de lavar com ligação à net, que podem ser monitorizados a partir do televisor.

Como não poderia deixar de ser, os assistentes de voz estão também disponíveis. Neste caso, o Amazon Alexa e o ThinQ, da LG. São instrumentos particularmente úteis para pesquisar conteúdos como, por exemplo, procurar um vídeo no YouTube sem digitar o título).

O fabricante compromete-se a manter o software atualizado durante oito anos.

Cabos escondidos de forma elegante

A solução implementada para esconder cabos também agradou bastante, existindo clips para fixar e encaminhar os cabos, podendo ainda os cabos ser encaminhados pelo pedestal. Quando o televisor é visto de frente, nenhum cabo fica visível.

Outro aspeto muito positivo é a acessibilidade às ligações quando o televisor está montado num suporte de parede. Em diversos casos, é um verdadeiro pesadelo. Aqui, mantém-se relativamente simples, com acesso lateral.