Desafio Solidário do FitMap dá 5 mil euros à Academia do Johnson em troca de atividade física
Em maio e junho, toda a atividade física que fizer e registar na plataforma FitMap vai apoiar a missão social da Associação Academia Johnson Semedo. Saiba como participar no Desafio Solidário Academia do Johnson e como contribuir para esta causa.

Promover a prática de atividade física regular e apoiar a missão da Associação Academia Johnson Semedo é o objetivo do Desafio Solidário Academia do Johnson. A DECO PROTESTE e a plataforma FitMap querem pôr os portugueses a mexer para angariar 5 mil euros. O valor será doado a esta associação, que apoia crianças e jovens dos bairros na zona da Amadora, Cova da Moura, Buraca e Boavista, através do desporto, com equipas de futsal e artes marciais.
O desafio é simples: trocar minutos de atividade física por um donativo monetário para a Academia do Johnson. Se, em conjunto, os utilizadores da plataforma FitMap conseguirem atingir um total de 10 mil horas de atividade física em maio e em junho, a DECO PROTESTE irá doar 5 mil euros à associação.
Participar no Desafio Solidário Academia do Johnson
"A meta é conseguirmos em conjunto 10 mil horas de atividade física para doarmos 5 mil euros"
Susana Santos, coordenadora da área da Saúde, na DECO PROTESTE, explica quais os objetivos do Desafio Solidário Academia do Johnson e porque é que a organização de defesa dos consumidores se uniu a esta causa.
Qual é o objetivo deste desafio solidário?
A DECO PROTESTE lançou a plataforma FitMap para incentivar os consumidores a adotarem um estilo de vida saudável. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são precisos, no mínimo, 300 minutos de atividade física por semana para obter ganhos para a saúde, ou seja, cerca de 20 horas por mês. Foi partindo deste pressuposto que o desafio foi concebido.
A ideia é, por um lado, levar todos os utilizadores da plataforma a conseguirem fazer 20 horas de atividade física por mês e, por outro, apoiar a missão da Academia do Johnson com a conquista desse objetivo. A meta é conseguirmos em conjunto 10 mil horas de atividade física para doarmos 5 mil euros.
Porque escolheram associar-se à Academia do Johnson nesta iniciativa?
A Academia do Johnson tem uma missão que apoiamos e à qual, obviamente, não poderíamos deixar de nos associar. A associação promove a inclusão e a reinserção social de crianças e jovens em situação de risco e em situação de vulnerabilidade social através do desenvolvimento desportivo, com equipas de futsal e a prática de artes marciais.
A relação entre a prática desportiva e a qualidade de vida é amplamente reconhecida por todos nós. Por isso, as atividades que a associação desenvolve só podem ter um elevado impacto social junto dos jovens dos bairros na zona da Amadora, Cova da Moura, Buraca e Boavista. No entanto, são precisos recursos financeiros. Não podíamos deixar de contribuir para esta missão.
Como é que os utilizadores do FitMap podem participar?
Basta registarem toda a atividade física que façam, durante maio e junho, na plataforma. Cada utilizador pode contribuir com 20 horas por mês. Quando maio terminar, o contador começa a contar as atividades de junho.
De que forma é que os utilizadores do FitMap estarão a ajudar a Academia Johnson ao juntarem-se a esta iniciativa?
Se, em conjunto, todos os utilizadores do FitMap conseguirem atingir as 10 mil horas de atividade física registadas na plataforma nos dois meses em que o desafio estará a decorrer, a DECO PROTESTE irá fazer um donativo de 5 mil euros à associação.
“O objetivo sempre foi transformar a vida destas crianças de dentro para fora”
Leniete Santana, coordenadora de projetos da Academia do Johnson, diz, em entrevista, que o desporto é uma ferramenta essencial para transmitir valores que as crianças e os jovens dos bairros da zona da Amadora, Cova da Moura, Buraca e Boavista vão levar para toda a vida.
Qual é a missão da Academia do Johnson?
A Academia do Johnson é o resultado da experiência de vida do Johnson Semedo enquanto criança, que cresceu no bairro da Cova da Moura, mas também como ex-recluso. Ele percebeu que havia necessidade de prevenir a delinquência juvenil para que outras crianças não passassem por tudo o que ele passou. Este projeto nasce em 2014 no bairro do Johnson. Ele decidiu intervir dentro daquele contexto para quebrar o ciclo e transformar a vida daquelas crianças. O objetivo sempre foi transformar a vida destas crianças de dentro para fora.
Inicialmente, começou a fazê-lo através do desporto, com o futsal, que foi um dos veículos de transformação da vida do próprio Johnson Semedo. A missão foi-se alargando e hoje, nove anos depois, temos várias atividades, como um coro, futebol, dança, etc. A ideia é que estas crianças pratiquem um desporto não só pela competição, mas como ferramenta de transformação e de educação.
Atualmente, temos sete equipas de futsal federado, com crianças e jovens dos 7 aos 19 anos. Trabalhamos com eles desde a formação até à vida adulta. Ao dia de hoje, apoiamos 207 crianças e jovens.
De que forma o desporto contribui para evitar situações de risco em crianças e jovens?
O principal valor que transmite é o cumprimento de regras, que é essencial. Além disso, ensina-os a respeitar o próximo e a si próprios, e a saber ser e estar em grupo e em comunidade. O que acontece dentro das quatro linhas, dentro do campo de futsal, é replicado fora, na vida.
Paralelamente a tudo isto, trabalhamos as outras competências, com apoio ao estudo, com acompanhamento psicológico e com acompanhamento familiar e escolar. Temos uma relação muito estreita, tanto com as famílias como com a escola.
Como é que as famílias são envolvidas nestas atividades?
Para treinar na Academia do Johnson e para participar nas competições federadas, a criança tem de estar bem na escola, mas também em casa e na vida. Acompanhamos todas estas vertentes. Se fez alguma coisa errada na escola, a Academia vai saber disso.
Muitos dos pais que acompanhamos ou não têm tempo ou são inexperientes e precisam de ferramentas para poderem entender os sinais que os filhos dão. Nós ajudamos nesta vertente. Isto, obviamente, não é um projeto de um ano letivo. O que fazemos é um plano de vida, e esse plano passa pela escola, pela família, pela Academia e pela própria criança. Quando fazemos a inscrição, a criança senta-se connosco e assina um “contrato” para se comprometer com a academia e com a escola.
Têm casos de crianças que mais tarde se tornaram mentores?
Sim, vários. A vice-presidente da Academia do Johnson, por exemplo, é uma mentora que entrou na associação aos dez anos. Hoje tem 19 anos. Temos também dois mentores que dinamizam todo o apoio ao estudo e a coordenação com as escolas e os pais que também estão na academia desde a sua fundação e que chegaram com nove e dez anos. Estes jovens adultos são hoje os mentores dos mais novos. Trabalhamos mesmo para que esta transformação aconteça de dentro para fora e para que toda a comunidade perceba que isso só é possível quando fazemos essa transformação dentro de nós próprios e da nossa comunidade.
De que forma este Desafio Solidário vai apoiar a vossa missão?
Este donativo vai ser aplicado na equipa de infantis de futsal, na época de 2023/2024. O custo de manter cada equipa de futsal – e nós temos sete equipas – é de 7500 euros por época. Será uma enorme ajuda para garantir que a equipa de infantis entra em campo na próxima época. Estamos a falar de equipamentos, de aluguer de pavilhões, transporte, lanches, inscrições nas competições, etc. Na Academia do Johnson, as crianças não pagam nada para participar nas atividades, nem sequer o equipamento, porque estamos a falar de pessoas com poucos recursos financeiros, que, de outra forma, não podiam estar numa equipa de futsal ou futebol.
Ao longo dos nove anos de existência, a Academia do Johnson tem sempre conseguido manter estas atividades a funcionar para estas crianças, graças aos donativos, que são a linha entre colocar ou não as nossas equipas em campo.
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