Exmos. Senhores,
Em resposta à comunicação do Sr. Renan Morais (RH Pladur Remodelações), venho prestar os seguintes esclarecimentos:
O Sr. Renan tem razão quanto à situação inicial da habitação — na altura em que o contrato foi celebrado, eu encontrava-me grávida e fora do país, e a casa não dispunha de ligação à rede elétrica nem de abastecimento de água, apenas água de poço. O Sr. Renan disponibilizou-se para iniciar a obra utilizando um gerador, proposta que aceitei.
Contudo, a ligação elétrica ficou ativa desde o final de julho. Quanto à água, enfrentámos vários problemas com os serviços das Águas do Alentejo, mas foi sempre indicada a possibilidade de utilização da água do poço. Quando o Sr. Renan informou que não poderia retirar a água manualmente, propusemos fazê-lo nós próprios, mas essa opção foi recusada.
Posteriormente, as Águas do Alentejo disponibilizaram um contador provisório, garantindo assim o acesso ao abastecimento de água. Ainda assim, mesmo após estarem disponíveis água e luz, os trabalhos não foram retomados.
Importa referir que nunca foi mencionado que a ausência da equipa se devia à existência de outra obra em simultâneo. Os motivos apresentados para as constantes faltas foram sempre avarias de carro, doença, acidentes ou outros imprevistos, o que inviabilizou qualquer planeamento fiável.
Após várias ausências e promessas de retoma dos trabalhos que nunca se concretizaram, foi-me comunicado que as obras retomariam no dia 13 de outubro. Estive no local nesse dia e ninguém compareceu.
Nessa data, enviei um email a solicitar datas concretas de início e conclusão da obra, tentando também contacto por chamada e mensagem.
No dia 24 de outubro, o Sr. Renan respondeu, indicando que poderia retomar os trabalhos a 10 de novembro. No próprio dia, respondi ao email, pedindo que me explicasse como pretendia retomar a obra durante a época das chuvas, considerando que a parte exterior da casa ainda não foi iniciada, mas não obtive resposta.
Como não consegui obter retorno direto, no dia 3 de novembro solicitei apoio à Zaask, através do processo de mediação.
Mesmo assim, aguardei até 10 de novembro, acreditando, uma vez mais, na boa vontade e profissionalismo do Sr. Renan.
Nesse dia, desloquei-me novamente ao Cano, esperei no local e tentei contactá-lo várias vezes por telefone e mensagem, sem qualquer resposta.
Diante desta ausência de comunicação e da incerteza quanto à segurança da minha casa, apresentei queixa na GNR, como medida de precaução.
Quero deixar claro que a minha intenção não é prejudicar a empresa, mas não posso continuar indefinidamente nesta situação — a viver em casa de familiares com o meu bebé, a pagar uma habitação sem condições de habitabilidade, tendo pago mais de metade do valor das obras e adquirido todo o material necessário, que permanece no local, sujeito a danos.
Continuo disponível para encontrar uma solução justa e responsável, seja com a conclusão das obras nos termos contratados, seja com o reembolso proporcional ao trabalho não executado.
Com os melhores cumprimentos,
Sara M.