back

Queixa contra empresa DS Canalizações por grave negligência

Não resolvida Pública

DS CANALIZAÇÕES

Reclamar

Problema identificado:

Problemas na prestação do serviço

Reclamação

D. P.

Para: DS CANALIZAÇÕES

30/01/2025

Sou o proprietário de um apartamento em Arroios, Lisboa. Todo o meu envolvimento neste processo foi feito à distância, uma vez que resido no estrangeiro. O apartamento em questão encontra-se alugado, tendo entrado um novo inquilino no inicío de 2025. No dia 04/01/2025 (sábado), o técnico da EPAL que foi reativar o fornecimento de àgua ao apartmento, comunicou-me que o olho de boi estava danificado. Achei estranho, uma vez que a própria EPAL tinha fechado o fornecimento de àgua no dia anterior quando o anterior inquilino cancelou o seu contrato, sem ter reportado qualquer anomalia. Ao ligar para EPAL foi-me dito que eu próprio teria de contratar um canalizador para remediar o assunto e que, posteriormente, poderia fazer uma exposição/reclamação à EPAL. Procedi como sugerido, e tentei encontrar um canalizador imediatemente através do serviço “Util24” no dia 04/01/2025 para que o meu novo inquilino não ficasse privado de água. Fui de imediato posto em contato com uma senhora que pertence à empresa DS Canalizações. Expliquei a essa senhora o sucedido e que necessitava de um canalizador que pudesse arranjar o olho de boi e coordenasse com a EPAL o re-estabelecimento da água. Essa senhora enviou prontamente um canalizador para o local para verificar o que se passava e proceder ao arranjo. Horas depois, foi-me dito que o canalizador teria que voltar no dia seguinte para terminar o serviço, pois necessitava de adquirir alguns materiais que não tinha disponíveis. Não me foi dito exatamente em que consistia o arranjo e assumi que fosse uma coisa simples. No dia 05/01/2025 (domingo), comecei a receber mensagens de residentes no prédio a queixaram-se de que havia muito barulho porque alguém estava a furar uma parede nas escadas junto aos olhos de bois. Eu expliquei o sucedido e que não tinha conhecimento de que o arranjo envolvesse furar a parede. Assumi também que um profissional de canalização soubesse que por norma não se pode fazer barulho num prédio residencial a um domingo. Foi-me também reportado pelos mesmos residentes de que havia cheiro a gás no prédio. Nesse momento liguei imediatamente para a senhora da empresa DS Canalizacoes a tentar perceber o sucedido, a qual me disse que estava tudo sob controlo mas que, por acidente, o canalizador tinha atingido uma conduta de gás, que entretanto já tinha sido remediada. Disse-me que não havia motivos para preocupação. Um dos residentes, por precaução, chamou os bombeiros. Aparentemente quando os bombeiros chegaram, o canalizador continuava a trabalhar de cigarro na boca (!!!), num local fechado, onde minutos antes o próprio tinha perfurado uma conduta de gás. Por consequência, foi deflagrado um pequeno incêndio que felizmente foi de imediato extinto pelos bombeiros que já se encontravam no local. A polícia também foi chamada e identificou o canalizador (nunca me foi dado a saber o nome do canalizador, mas vim a saber que o mesmo é o esposo da senhora que me contactou da empresa DS Canalizações). O canalizador, também por iniciativa própria, retirou o selo do olho de boi sem ter informado a EPAL, motivo pelo qual, segundo me foi dito, também foi identificado pela polícia. Após o ocorrido, o abastecimento de gás e água foram cortados no edifício até que se realizasse uma inspeção. A senhora da empresa DS Canalizações, assegurou-me que a empresa tinha iniciado um processo contra o responsável e pediu imensas desculpas, pois tratava-se de um novo funcionário (o que aparentemente não corresponde à verdade, tratando-se do seu marido). Garantiu-me também que a empresa iria assumir quaisquer prejuízos e custos, incluindo despesas incorridas pelos residentes devido à falta de água e gás. Essa mesma garantia foi também dada à gestora do condomínio. A senhora prontificou-se a enviar outro funcionário nesse mesmo dia para resolver o problema. Vim a saber que essa pessoa seria o seu sobrinho que reside em Viseu, o qual também é canalizador e que nada tem a ver com a empresa que contratei (DS Canalizações). No dia seguinte, 06/01/2025, pus esse senhor em contacto com gestora do condomínio. Esse senhor procedeu ao arranjo do olho de boi, à marcação da inspeção de gás, e contactos necessários com a EPAL (os quais não tenho a certeza que tenham sido feitos, pois o olho de boi não tinha sido selado até eu contactar posteriormente a EPAL). Assim que a água foi re-estabelecida, esse senhor enviou-me uma fatura em seu nome, a qual paguei de imediato no valor total de €492 (ainda que a essa data o re-estabelecimento de gás ainda não tivesse sido efetuado). Posteriormente, esse mesmo senhor contactou-me a exigir o pagamento de outros serviços que o seu tio (o técnico que causou o problema), tinha feito no meu apartamento, nomeadamente a substituição de umas torneiras no contador da àgua. Eu não tinha conhecimento desse serviço, nem o solicitei. Friso uma vez mais que o meu envolvimento foi todo feito à distância. Disse a esse senhor que não lhe pagaria esse serviço, uma vez que não foi ele que o realizou, e pedi que a empresa DS Canalizações me enviasse uma fatura referente a esse serviço, pois teria que fazer acerto de contas com essa empresa, uma vez que por motivos óbvios não estava a cobrar rendas ao meu inquilino enquanto a àgua e o gás fossem repostos na totalidade. Esse senhor procedeu então a fazer ameaças, dizendo que iria cortar a àgua todos os dias até que o pagamento desse serviço (não solicitado) fosse feito. A ameaça foi de facto efetivada, pois no dia seguinte o meu inquilino ligou-me a dizer que não tinha àgua outra vez. Quando o gás foi re-estabelecido no prédio, a gestora do condomínio enviou um email para a empresa DS Canalizações a pedir o pagamento dos custos (água potável e alimentação) incorridos por alguns residentes que assim o exigiram, devido ao facto de o prédio ter estado sem água e gás durante alguns dias. Volto a frisar que a empresa DS Canalizações comprometeu-se a suportar todos os custos decorrentes do incidente que o seu técnico provocou, incuindo gastos incorridos pelos residentes. Contudo, a empresa DS Canalizações nunca respondeu a esse email e deixou de responder a mensagens e a chamadas telefónicas. A minha queixa é contra a empresa DS Canalizações e os técnicos involvidos, os quais revelaram uma incompetência tremenda, nomedamente ao: 1) Fumar em lugar fechado após terem perfurado uma conduta de gás, o que originou um incêndio. 2) Ter mentido quanto à situação logo após o incidente, transmitindo-me a mensagem de que estava sob controlo. 3) Não ter alertado as autoridades competentes imediatamente (tal foi feito por um dos residentes). 4) Ter retirado o selo do olho de boi sem informar a EPAL. 5) Ter feito barulho num prédio residencial a um domingo, sem me ter informado que o iria fazer. 6) Ter deixado um prédio inteiro sem água durante um dia e gás durante uma semana. 7) (Segundo técnico) ter feito insultos e ameaças, tendo efetivamente cortado a àgua propositadamente para exigir o pagamento de um serviço não solicitado e feito à minha revelia, e que o próprio não tinha realizado. 8) Não ter pago até à presente data os custos incorridos por alguns residentes em sequência do incidente causado por um dos seus técnicos. Toda esta negligência poderia ter originado danos materiais e pessoais gravíssimos, caso os residentes que se encontravam no prédio não tivessem alertado as autoridades de imediato. Não é concebível que esta empresa possa prestar serviços desta natureza. Agradeço a V/ atenção, encontrando-me disponível para prestar quaisquer esclarecimentos.

Assistência solicitada 17 fevereiro 2025

Precisa de ajuda?

Pode falar com um jurista. Para obter ajuda personalizada, contacte o serviço de informação

Contacte-nos

Os nossos juristas estão disponíveis nos dias úteis, das 9h às 18h.