Exms. Srs.,
Estou a apresentar queixa contra a Officina Moto, representante oficial Moto Guzzi em Portugal, devido ao tratamento absurdo e totalmente inaceitável do processo de reparação da minha mota, uma Moto Guzzi V7 Stone Centenario 850 (AG-69-CE).
No dia 3 de setembro de 2025, a mota foi entregue na Officina Moto, com marcação prévia e com autorização expressa da própria oficina, para diagnóstico de um erro eletrónico detetado por outra oficina autorizada.
Desde então passaram mais de 70 dias sem:
diagnóstico final;
relatório técnico;
prazos;
orçamento;
resolução;
comunicação coerente.
Pelo contrário, recebi várias versões contraditórias do suposto problema: primeiro seria a centralina, depois um erro enviado para Itália, depois necessidade de desmontagens sem explicação, e agora dizem que “pode ser o sensor pick-up”, mas que ainda não há disponibilidade para testar. Isto depois de mais de dois meses com a mota parada.
Nunca foi entregue o relatório PADS, nunca explicaram técnicamente o que foi efectivamente testado, e nunca me deram qualquer prazo para a reparação.
Para agravar, o problema começou depois de a própria Officina Moto me ter vendido óleo de motor incorreto, situação reconhecida, mas nunca formalmente assumida.
A comunicação foi sempre insuficiente, incoerente e desrespeitosa. Chegaram até a pedir à oficina que entregou a mota que a retirasse das instalações — sem qualquer contacto comigo — apesar de terem sido eles a autorizar a entrada.
Reclamo:
diagnóstico técnico escrito e completo;
explicação para a sucessão de diagnósticos contraditórios;
orçamento detalhado, quando aplicável;
compromisso com um prazo realista de conclusão;
clarificação da responsabilidade da oficina no problema inicial e no atraso prolongado;
resolução urgente da avaria.
Depois de quase dois meses e meio sem qualquer avanço, considero esta situação totalmente inadmissível para um representante oficial da marca.
Quero ainda acrescentar que no dia de ontem, 19/11/2025, recebi uma resposta (feita no livro de reclamações, do concessionário que é falsa), nomeadamente:
Foi indicado que a mota “deu entrada a 19/09”, quando na realidade deu entrada a 03/09, com marcação prévia e autorização expressa da própria oficina.
Alegam que a mota “tem feito reparações em oficina não autorizada”, o que é totalmente falso. A mota não realizou qualquer reparação em lado nenhum; foi apenas transportada para a Officina Moto para leitura de um erro eletrónico, conforme combinado.
Afirmam ainda que “mantiveram a proprietária informada de todas as diligências”, quando ao longo de mais de 70 dias não recebi relatório técnico, diagnóstico final, orçamento, prazos ou explicações claras.
Estas declarações são falsas, e tenho provas que o demonstram, incluindo emails e mensagens trocadas, em datas anteriores, com um colaborador do concessionário, onde é evidente:
a data real de entrada da mota;
a autorização para o diagnóstico em 03/09;
a inexistência de qualquer reparação noutro local;
a ausência de informação técnica concreta durante mais de dois meses.
A resposta falsa apresentada pelo concessionário no Livro de Reclamações agrava a situação, demonstra falta de transparência e constitui uma tentativa de alterar factos verificáveis.
Com os melhores cumprimentos,
Tânia Glória