Iniciei um tratamento ortodôntico com alinhadores SureSmile na clínica em questão em dezembro de 2024. Paguei cerca de 74% do valor total do tratamento, tendo recebido apenas 10% da execução prevista antes de o mesmo ser interrompido unilateralmente.
Durante o uso dos alinhadores, percebi dor e escurecimento no dente 21, que relatei diretamente à médica responsável, que demorou quase 2 semanas para verificar o acontecido e confirmar que era uma necrose. Preocupado, procurei um especialista externo para segunda opinião, que confirmou necrose pulpar no dente 21, exigindo tratamento de canal e posterior intervenção estética. Só assim a clínica se dispôs a fazer o canal e clareamento sem custos, assumindo a responsabilidade, mesmo que tácita.
Tentei um acordo extrajudicial exigindo o valor pago mais uma compensação pelo dano sofrido, afim de cobrir todos os custos futuros do tratamento como sessões de clareamento e colocação de faceta bem como o dano estético permanente.
Entretanto, a clínica nega um acordo, mantendo-se na posse do valor pago, sem prestar o serviço contratado nem qualquer forma de compensação. A retenção desses valores, segundo a Lei de Defesa do Consumidor, pode configurar enriquecimento sem causa, já que houve falha na prestação e o plano foi abandonado.
Até hoje, não fiz qualquer queixa pública ou formal, demonstrando boa fé e intenção de resolver a situação de forma discreta. No entanto, sinto-me lesado tanto financeira quanto emocionalmente. O dano afetou a minha autoestima e meu emocional, pois quando procurei o tratamento, almejava um resultado totalmente oposto do que tenho agora.
O registo da clínica no site da ERS encontra-se expirado, o que agrava a situação. Como não querem resolver de forma amigável, resta-me seguir com todos os procedimentos legais para resolver a situação para reaver o valor pago, mais a compensação pelos danos estético, moral e material.