A situação do abastecimento de água em Bouça Cova, Alverca da Beira e freguesias vizinhas é cada vez mais preocupante.
Apesar de não terem sido realizadas análises independentes neste trimestre — sobretudo por uma entidade externa e acreditada —, a água continua a ser cobrada como potável. No entanto, não há garantias de qualidade:
A água apresenta turvação persistente e um cheiro forte a desinfetante;
Existem relatos de descarga de resíduos pecuários e agrícolas na albufeira, aumentando o risco de contaminação;
O Edital n.º 6755/2025 foi publicado, mas não foi acompanhado de análises complementares que comprovem a segurança do abastecimento;
Os relatórios oficiais de 2024 e do início de 2025 apontaram incumprimentos graves em parâmetros como ferro, coliformes e alumínio — problemas que exigiriam monitorização reforçada.
Mesmo assim, a Câmara Municipal de Pinhel continua a faturar o consumo como se a água fosse própria para consumo humano, ignorando a falta de transparência e o direito dos munícipes a informação clara.
O que exigimos:
Análises urgentes por entidade externa e acreditada, com divulgação pública dos resultados;
Suspensão da cobrança da água até que seja garantida a sua potabilidade, devendo ser faturado apenas o saneamento;
Plano de monitorização regular, com publicação trimestral dos dados;
Transparência imediata na comunicação com a população.
A água é um bem essencial e a saúde pública não pode ser colocada em risco. Solicitamos a intervenção urgente das entidades competentes — Câmara Municipal de Pinhel, ERSAR e Ministério da Saúde.