Seis mil piscinas de água perdida
Em 2022, mais de 15 milhões de metros cúbicos de água potável perderam-se nas redes de distribuição do Algarve. Pior do que conhecer os números de 2022 é saber que a situação é crónica e que pouco ou nada tem sido feito para revertê-la.

Os números impressionam, de tão chocantes. Em 2022, mais de 15 milhões de metros cúbicos de água potável perderam-se nas redes de distribuição do Algarve. Nada mais, nada menos, o volume necessário para encher seis mil piscinas olímpicas. Leu bem: seis mil...
Se o exercício de grandeza, ainda assim, é difícil de estabelecer, socorramo-nos de uma comparação suficientemente visual para demonstrar a dimensão do problema: a água perdida corresponde a 44% da capacidade da Albufeira da Bravura, no Barlavento algarvio. Pior do que conhecer os números de 2022 é saber que a situação é crónica e que pouco ou nada tem sido feito para revertê-la.
Por descuido, inércia, medo do escrutínio da população pelo incómodo das obras, ou apenas por falta de capacidade financeira – apesar dos 35 milhões de euros previstos no Plano de Recuperação e Resiliência para trabalhar algumas medidas –, entidades gestoras e autarcas têm-se escusado a investir na requalificação destas infraestruturas.
A água assim desperdiçada em 2022 daria para suprir 49% das necessidades das famílias numa região onde já foram impostos cortes no abastecimento na última época balnear.
Apesar disto, ao invés de exigir mais eficiência e transparência aos operadores ou de propor tarifas para consumos "anómalos", como rega de jardins ou enchimento de piscinas, a solução do Governo, reforçada por uma recomendação da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), em fevereiro de 2024, passa pelos consumidores: aumentar as tarifas a partir de um consumo de cinco metros cúbicos mensais de água. Uma medida que, além de ser de curto prazo e de não ter efeitos estruturais, penaliza famílias numerosas – sobretudo as residentes em concelhos sem tarifários com descontos – e quem faz um uso prudente dos recursos.
Mais: numa região de elevada procura turística, com a exceção do município de Loulé, as entidades gestoras não forneceram ao regulador dados sobre o indicador da sazonalidade do consumo, relevante para analisar o real impacto da maior procura nos meses de verão. Entidades gestoras, municípios, agricultura, indústria, turismo e cidadãos, todos têm deveres na luta contra o desperdício. Uma política justa não se faz à custa do elo mais fraco da cadeia.
Sabia que...?
A água desperdiçada em 2022 daria para suprir 49% das necessidades das famílias numa região onde já foram impostos cortes no abastecimento na última época balnear.
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE COLCHÕES DE MOLAS
Quanto custa um colchão de molas?
Os preços de um colchão de casal (160 x 200 cm) de molas Bonnell iniciam-se nos 200 euros.
Comprar um colchão com essas características custa, em média, 350 euros. Colchões de casal de molas ensacadas e materiais mais avançados custam, em média, 700 euros.
Os preços dos diferentes tipos de colchões de molas variam muito, conforme o modelo e a loja. Antes de comprar, consulte o comparador e faça a melhor escolha.
Quanto tempo dura um bom colchão de molas?
Os especialistas dizem que os melhores colchões devem ter uma durabilidade de até 30 mil movimentos de vaivém. Um colchão de boa qualidade pode durar entre oito a dez anos.
Nesse período, toda a estrutura do colchão mantém o suporte adequado do firmeza. Para se certificar da qualidade, analise os materiais utilizados, a densidade da espuma e a estrutura interna do colchão.
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