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Peixe: como poupar sem abdicar da qualidade

Peixe congelado é sempre mais barato do que fresco? E o de aquicultura, comparado com o selvagem? A DECO PROteste analisou os preços para poupar na peixaria. Siga, ainda, as dicas de como escolher o melhor peixe.

Especialista:
28 outubro 2024
banca de peixe

iStock

O peixe é um alimento essencial da dieta mediterrânica e uma presença assídua nos pratos dos portugueses. É rico em proteínas de qualidade, e a sua gordura é uma fonte importante de ácidos gordos do tipo ómega-3, tais como o EPA e o DHA. Ácidos esses que podem ser importantes para a saúde cardiovascular e o desenvolvimento cerebral.

No entanto, por conta da inflação, comer peixe está cada vez mais caro. De semana para semana, desde 2022, o preçário do peixe tem registado várias subidas, segundo a recolha da DECO PROteste. Se, em janeiro de 2022, com 50 euros, era possível comprar 5,6 quilos de várias espécies de peixe, em agosto de 2024, o mesmo valor já só permitia levar para casa 5,2 quilos.

É difícil fazer uma alimentação variada e equilibrada e, ao mesmo tempo, não romper as costuras do orçamento familiar. O truque está, portanto, em saber poupar.

O estudo da DECO PROteste

A solução não é deixar de comer peixe, mas, sim, saber escolher tendo em conta as necessidades da carteira. Assim, em maio de 2024, a DECO PROteste foi ao terreno para comparar os preços de 11 espécies de pescado – carapau, cavala, dourada, robalo, pescada, perca, pregado, peixe-espada branco, peixe-espada preto, salmão e choco – vendidas em locais tradicionais (mercados e peixarias) e em supermercados.

Ver resultados do estudo

A comparação considerou as categorias fresco ou congelado, e de aquicultura ou selvagem, bem como o formato de comercialização (inteiro, em posta, em filetes, em medalhões ou em lombos). No total, foram analisados mil preços de pescado em Portugal.

Neste estudo, foi privilegiado o pescado fresco, comercializado todo o ano, nos dois canais de distribuição – comércio tradicional e supermercados.

O bacalhau e a sardinha, apesar de serem muito consumidos, não fizeram parte do cabaz. O rei dos pratos natalícios não entrou nas contas, pois é consumido sobretudo seco. E a protagonista dos Santos Populares é consumida e comercializada, principalmente, nos meses de verão. 

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4 dicas para escolher o melhor peixe

Siga as dicas para escolher o melhor pescado.

  • Verifique as características do peixe. Procure espécimes com olhos claros e brilhantes, que, geralmente, estão salientes. Veja se as guelras estão vermelhas ou rosadas, e se a carne está firme e elástica. O peixe fresco deve ser brilhante, com escamas que adiram firmemente. Os peixes de água salgada devem ter cheiro suave a mar, enquanto os de água doce devem ter um aroma neutro;
  • Se possível, prefira peixes com certificações. Sempre que puder, compre produtos com selos de sustentabilidade (MSC e ASC) ou com comprovativo de compra em lota (CCL). Estes selos ajudam a garantir escolhas mais sustentáveis, tanto no pescado capturado, como de aquicultura;
  • Opte por pescado de origens sustentáveis. Prefira peixe capturado com técnicas mais sustentáveis (pesca de linha ou de rede de emalhar). Também há técnicas de aquicultura mais sustentáveis do que outras;
  • Compare os preços. Existem várias formas de vender pescado. Fresco ou congelado, no supermercado ou no mercado, em posta ou inteiro, os preços são diferentes. Compare-os.

Sabe qual é a melhor época para comer cada espécie de pescado? Consulte o calendário da DECO PROteste e descubra.

 

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