No dia 17 de Novembro, às 11 horas, requisitei um serviço de transporte Uber da Praia de Porto de Mós para o Vitasol Park, em Lagos, tendo tudo decorrido normalmente. A meio dessa tarde recebo um recibo da Uber em que em vez dos 4.98 euros contratados me aparecia um débito de 34.98 sem qualquer explicação. Contactado o serviço de apoio, em inglês, foi-me indicado que teria sujado o carro e o condutor teria tido despesas com a limpeza e tempo de inactividade. Uma vez que não sujei nada, pedi algum tipo de prova do incidente. Enviaram-me 3 fotografias de um (?) tapete de automóvel com areia. Ora, pelas fotos, não é possível sequer associar ao tapete à viatura em questão. E ainda menos que tenha sido eu a causar a sujidade. Fotos de tapetes com qualquer tipo de sujidade arranjam-se na internet ao pontapé. Pus exactamente essa questão, dizendo que, se de facto, o cliente é responsável por danos ou sujidade na viatura, os mesmos deviam ser verificados no fim do serviço, por ambas as partes, e não passadas horas e baseadas apenas na informação de um dos lados. Pesquisando na internet é fácil dar com esquemas destes, nomeadamente com um onda de viaturas vomitadas nos EUA. O azar aqui é que embora me tenham apanhado na Praia de Porto de Mós, eu fui a uma esplanda e não estive na areia. Também questionei que ainda que tivesse sido eu a causar a sujidade, então deviam ter uma factura para provar os custos em que o motorista teria incorrido e não atribuir um valor qualquer que nem sequer corresponde à mensagem da aplicação da Uber, onde, para o tipo de dano sugerido, aparece um valor de USD20, que não é bem o mesmo que EUR30. Nunca tive resposta às minhas questões. O apoio responde com frases feitas que, tendo feito a reclamação primeiro em inglês e depois em português, são as mesmas, independentemente do que se diga.Resumindo: a Uber não me pode cobrar o valor por uma suposta despesa (nem sequer documentada) sem provar que o causador fui eu. Três fotografias de tapetes de viatura sujos não provam nada. Debitarem-me o cartão baseado nisso é abusivo e, ainda que indirectamente,, a Uber faz parte da fraude. Se o cliente é responsável por danos/sujidade, os mesmos devem ser verificados ao entrar e ao sair, como ocorre quando se aluga um carro ou arrenda uma casa. Assim, é mais um comportamento abusivo das grandes tecnológicas que nem sequer fornecem um serviço de apoio onde haja um humano com dois neurónios em vez de inteligência artificial ou estupidez humana que apenas remetem respostas tipificadas.