Recebi um cheque de reembolso do IRS no ano passado a meados de Julho, cujo valor era de 56€. Devido à minha casa estar em obras, acabei por perder rumo do cheque e não o depositei atempadamente. Eventualmente o cheque voltou às minhas mãos, ainda em 2015, e aí procurei informar-me online, por via de fóruns e comunicados oficiais, acerca do que fazer nesta situação. A ideia, portanto, seria ir ao meu departamento de finanças local e solicitar um cheque atualizado para, aí sim, o poder depositar. No entanto, por entre as minhas pesquisas em casa, vi várias pessoas a referir que se dirigiram aos seus bancos com cheques de reembolso do IRS fora de validade, algumas delas clientes da CGD, e estes haviam sido aceites. Sendo que o estacionamento mais próximo do departamento de finanças de Ílhavo é, indiscutivelmente, em frente à CGD, pensei em fazer uma paragem lá e questionar acerca desta possibilidade, evitando assim ter que ir mais longe. Face ao que tinha lido online, pensei que depositar o meu cheque, ainda que fora de validade, fosse uma possibilidade, e nada melhor do que me informar de forma definitiva no meu banco. Foi com esse objetivo que entrei no posto da CGD de Ílhavo.Comecei por questionar se seria possível depositar aquele cheque, porque apesar de estar fora de validade, havia ficado com a ideia de que poderia ser possível depositar na mesma. O colaborador exitou por breves segundos, mas continuou dizendo que podiamos tentar. Questionei se não haveria problema, ele respondeu-me literalmente se entrar, entrou, ao que eu assenti dizendo que desde que não houvesse problema, estava tudo bem. O colaborador finalizou o depósito em silêncio e afirmou, por fim, que havia entrado, e estaria tudo em ordem. Assinei o comprovativo de depósito e saí, passando ainda pela recepcionista com quem havia comentado sobre a situação quando cheguei. Ela ficou admirada e referiu que, na volta, o cheque ainda me aparecia em casa rejeitado. Eu disse que, supostamente, estaria tudo dentro dos conformes. Ela assentiu.Semanas depois recebo o cheque em casa, com um carimbo que deixava explicito que este havia sido revogado. Tudo bem, pensei eu, vou trocá-lo às finanças. Infelizmente a CGD não se ficou por aí e achou por bem retirar coisa de 36€ da minha conta para custos administrativos que envolveram o tratamento do meu cheque expirado. Entretanto fui às finanças com o meu cheque e solicitei um recente, que me foi entregue sem problemas passado algumas semanas. Fiz o depósito desse atempadamente e tive acesso aos meus 56€. Aí estava resolvido.Foi desta forma que expus a situação a um elemento da gerência da CGD de Ílhavo: eu ter-me-ia dirigido à CGD de Ílhavo há alguns meses para questionar acerca da possibilidade de depositar aquele cheque expirado e fui esclarecido que se o cheque entrasse, entrava, não fui demovido de o depositar, pelo contrário. Não fui informado acerca das possíveis consequências que poderiam surgir por depositar aquele cheque, e eu fui lá primariamente para me informar, sublinho. Semanas depois, o cheque chegou a casa revogado e, pior que isso, a CGD havia tirado 36€ da minha conta à custa disto. Apenas queria este dinheiro de volta, visto que não me sinto responsável por naquele dia ter depositado o cheque porque havia sido desinformado pelo colaborador. Este nada fez para defender os meus interesses, os interesses de um cliente com duas contas na CGD, uma delas com 7 anos. Felizmente tenho boas pernas, portanto, muito facilmente teria subido a escadaria e entrado nas finanças para solicitar a troca do cheque por um que pudesse depositar. Não o fiz porque me foi transmitido que não era necessário.O individuo encolheu os ombros, lamentou, mostrou compreensão e tentou fazer com que eu deixasse passar o assunto, argumentando que não havia nada que ele pudesse fazer. Depois de um jogo verbal do gato e do rato, questionei sobre a melhor forma de obter uma resolução para este assunto e ele sugeriu que eu fizesse uma reclamação por escrito. Podia fazer a reclamação em casa ou lá mesmo. Eu resolvi fazer a reclamação por escrito na CGD de Ílhavo. O tom do sub-gerente foi alterando, e chegou a proferir frases como para a próxima não deve deixar passar o tempo, assim não acontece isto, como que numa tentativa de me repreender. Visto que tenho 23 anos, talvez ele tenha achado uma alternativa razoável adotar um discurso condescendente, com palavras soltas. Mas adiante.Fiz a reclamação por escrito a expôr esta situação, como aqui o faço mas mais detalhada, com datas exatas de tudo. Nunca obtive resposta, já lá vai mais de meio ano.