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Burla - phishing

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

C. M.

Para: Wizink

25/11/2023

Exmos. senhores,No seguimento de várias chamadas com os colaboradores da Wizink, e, após ter-me sido apresentada uma solução que nada me beneficia pela parte da Wizink, venho expor uma situação de fraude gravíssima, por culpa e ausência de segurança da instituição financeira.No passado dia 13 de setembro de 2023, recebi uma chamada telefónica do número 218700500 (prova de registo de chamada), pelas 17 horas, o seu interlocutor identificou-se como funcionário da WizinK e forneceu dados particulares como o meu nome completo, a data de nascimento, o número do Cartão de Cidadão e morada. O indivíduo disse-me que estaria a ser alvo de fraude com duas tentativas de movimentos bancários, uma no valor de 1500€ e outra no valor de 238€.Fui manifestando a minha descrença perante toda a situação, mas o interlocutor disse que iria enviar uma mensagem com um link para aceder a uns códigos que, alegadamente, anulavam as operações. Continuei a desconfiar da chamada, indicando ao interlocutor que me parecia estranha a chamada e o interlocutor continuou a afirmar que era credível, mas para fazer como achasse melhor.Como continuei a não acreditar na legitimidade da chamada telefónica, fui à internet fazer uma pesquisa do número que me tinha contactado, acabando por confirmar que se tratava de um dos números utilizado pela empresa.Deste modo, cerca de 10 minutos depois, às 17h10min, contactei a WizinK (prova de registo de chamada), através do mesmo número, tendo o interlocutor explicado que se tinham sido essas as instruções que tinha recebido que deveria segui-las.Face a esta resposta e por impossibilidade de estar a utilizar o telemóvel nas horas seguintes, realizei a operação e acedi pelo link que me direcionou para o site da WizinK, onde tinha a indicação dos movimentos bancários fraudulentos que teriam sido efetuados na minha conta e as opções para assinalar se autorizava ou não autorizava os referidos movimentos, tendo escolhido a opção “Não autorizo” e introduzi, de seguida, o código que tinha recebido por mensagem pela via em que a WizinK me contacta há anos por mensagem (prova de registo de mensagem).Cerca de 4 horas depois voltei a ligar para a WizinK, pelas 20h58min (prova de registo de chamada), tentando explicar novamente a situação, ao que o interlocutor indica repetidamente que eu tinha sido alvo de uma burla, não me deixando praticamente falar, mas informando que iriam cancelar o meu cartão e enviar-me outro e, também, abrir um processo para resolver a situação causada e que voltariam a contactar-me para dar o processo como terminado. Porém, no fim do mês passado, fui contactada no dia 28 de setembro de 2023, pelo mesmo número, chamada esta que não me foi possível atender, tendo recebido novamente outra chamada no dia 2 de outubro, recebendo a informação de que não tinha sido detetado qualquer erro por parte da empresa e que, por isso, eu teria de repor o valor de 1738€, correspondendo ao valor total de crédito disponível à data da burla de que fui alvo, montante este que não foi autorizado por mim a sair da minha conta. Senti-me bastante indignada dizendo que não tinha feito movimentos nesse valor, ao que o interlocutor referiu que o processo estava encerrado e que a única proposta seria fornecerem um plano a 60 meses, sem juros, no total de 28,97€ mensal, para pagar a dívida. Aceitei o plano, uma vez que não quero ter questões por resolver com o Banco de Portugal, ainda que seja a ofendida deste processo, não assumindo a culpa por nada do que se passou.Mais informo que um dos arguidos trabalhava na área comercial das comunicações, o qual, mediante contrapartida económica paga pelos outros arguidos, disponibilizou-lhes listas, contendo nomes completos de cidadãos e NIF e números de telemóvel associados utilizando os dados no convencimento das vítimas, demonstrando conhecer todos os dados pessoais.Tendo em conta que a WizinK se recusa a responsabilizar pela situação ocorrida, venho apresentar a minha contestação formal à vossa decisão, exigindo que, tal como disposto no número 1 do artigo 114 do Decreto-Lei n.o 91/2018 que prevê que “1 - Sem prejuízo do disposto no artigo 112.º, o prestador de serviços de pagamento do ordenante deve reembolsar imediatamente o ordenante do montante da operação de pagamento não autorizada após ter tido conhecimento da operação ou após esta lhe ter sido comunicada e, em todo o caso, o mais tardar até ao final do primeiro dia útil seguinte àquele conhecimento ou comunicação” a devolução do montante por uma transferência que, claramente, não foi autorizada.Aproveito para referir que, mesmo podendo ser uma situação de fraude à margem da WizinK, existiu uma enorme negligência da WizinK, ao permitir continuamente que utilizassem os mesmos canais depois de toda esta situação gravíssima. Canais estes que se mantêm inalterados e visivelmente inseguros.Torna-se importante referir que, foi apresentada uma queixa na Polícia Judiciária, no passado dia 3 de outubro de 2023, pelo que aguardamos a rápida solução do problema.Foi também apresentada queixa da Wizink, por culpa ou negligência, no Portal do Cliente Bancário.Já foi apresentada queixa crime à Polícia Judiciária, Portal da Queixa e Portal Bancário do Cliente.


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