Na sequência de um pedido de análise de crédito para habitação, na compra de casa permanente, foi feito o pedido de avaliação de imóvel ao Banco Santander. Após alguns dias, chegou o relatório da empresa de avaliação (em anexo), com um valor muito abaixo do esperado.Numa breve análise, foram identificados erros significativos em ambos os métodos utilizados no relatório. Foram imediatamente transmitidos ao gestor de cliente do balcão de Cascais, João Reis. Estes erros eram: - 419m2 de logradouro sem cotação no método comparativo - no método de custo estão considerados 51 anos na idade do imóvel quando, na realidade, a moradia é de 2001, ou seja, tem 18 anos.Qualquer um destes erros resultaria numa diferença significativa pois:- mais à frente o avaliador considera o valor do terreno a 127 €/m2 o que, considerando a área disponível de 419 m2, resultaria num diferencial de 53.213 €- quanto ao factor de depreciação utilizado no método de custo, considerando a idade real do imóvel e a categoria B, da mesma forma que o avaliador, será 17,9 e não 37,5.No entanto, e apesar dos erros evidentes e prejuízos daí decorrentes, o banco Santander nada reportou à empresa de avaliações, tratando somente do assunto internamente.Foi-me transmitido que foi analisado pelo departamento técnico mas que, apesar de reconhecer o erro da idade indicada no método de custo, nada alteraria, simplesmente porque não. Quanto ao método comparativo foi sugerido pelo Sr. João Reis que talvez o valor do terreno estivesse contemplado no valor da construção. Cabe-me aqui referir que o relatório de uma avaliação tem que ser claro e transparente, por isso existir no próprio relatório espaço para cada parcela distinta. De outra forma, um técnico avaliador poderia, por cúmulo, nada apresentar senão um valor final. Não é isso que é suposto e por daí os valores dos preços dos vários tipos de utilização estarem bem descriminados, razão pela qual esta distinguida a parcela do logradouro, tal como todas as outras.Curiosamente o banco Santander descarta qualquer responsabilidade sobre o relatório da avaliação mas, no caso de serem identificados e reportados erros, interrompe o circuito normal nada transmitindo à empresa das avaliações, a Benege, assumindo à partida que não alterará o valor final do empréstimo. Desconheço quais as razões que levam a que o banco Santander impeça que o relatório seja devidamente corrigido mas paguei por uma avaliação que tem erros, pelo que exijo a sua correcção. Para ter chegado a este ponto, foram previamente analisados os meus rendimentos e do meu marido, tendo sido concluído que tinhamos capacidade financeira para honrar este compromisso. Nesta fase, o que está em análise é o valor do imóvel. Independentemente do que será o futuro, foram-me cobrados 230 euros por um serviço que e expectável que seja bem feito e que, quando ocorram erros, sejam corrigidos. Finalmente a resposta de que não alteram o valor final do crédito, independentemente de qualquer correcção que venha a ser feita simplesmente porque não, neste momento, não é aceitável. Pelo atrás exposto vejo solicitar a correcção do relatório por técnico competente para o efeito.Desde já informo que, sendo evidente o mau funcionamento do Banco Santander enquanto entidade bancária e intermediária em processos de avaliação, seguirá esta mesma reclamação para as entidades competentes.