Reclamações recentes

C. L.
20/12/2024

Racismo e falta de profissionalismo

Exmos. Senhores, Venho descrever uma situação de tremendo desagrado que tive, da minha experiência com a oficina Auto Bocage Lisbonense. Entrei na semana passada na oficina com o carro, aflita pois tinha uma luz do motor acesa e queria entender a seriedade do problema, na altura fizeram-me um despiste e a luz apagou e caso voltasse a acender indicaram-me para regressar, que foi o que fiz no dia seguinte. Deixei o carro numa data e hora combinadas, para ser efetuada a troca das velas de ignição pois o Sr. Jorge constatou que era esse o problema, e eu inclusive perguntei se seria um valor alto ou não, e ele indicou-me que "não sabia porque ainda não tinha feito as contas mas que não seria muito elevado" e eu concordei e fiquei a aguardar porque as peças chegavam no dia seguinte. Não me disse mais nada, contactei novamente então no dia seguinte para entender se já podia ir buscar a viatura, e nesse mesmo dia não consegui então tive de levantar na sexta-feira dia 20 de dezembro. Chego à oficina e o Sr. Jorge transmite-me que o valor que tenho a pagar é de 600€, e caio em mim, estupefacta, pois quando me referiu "não seria muito elevado" não estava a contar com uma despesa de 600€. Pergunto ao detalhe o que foi feito, e o mesmo me indica que se tratava de uma troca de sonda de oxigénio, as velas, mão de obra etc, e que só a sonda custou 258€, e que foi trocada, sem comunicação, sem orçamentar primeiro comigo, e sem autorização sequer prévia de que o podia fazer. Em experiências passadas, quando é o caso, o mecânico ou a pessoa responsável com a comunicação com o cliente comunica o valor, e aí prossegue se avança ou não. Acima de tudo, paguei o valor em dívida, e solicitei que me especificasse que peças foram colocadas e o mesmo não quis ser transparente em partilhar, nem me indicou de facto qual era o valor real da peça. Mesmo desagradada e contrariada, e pronta para sair do local dentro da minha viatura, com a janela aberta, ouço o Sr. Jorge a dirigir-se para um cliente cuja viatura se encontrava a bloquear a minha para sair, e dizer e eu cito: "tira lá daí o carro porque a chinoca quer sair", o qual ainda repetiu 2 vezes, sabendo por bem que sou de etnia chinesa, e achando que eu não estaria a ouvir. Por esse motivo saí da minha viatura confrontei o Sr. Jorge sobre o assunto por ter sido uma falta de respeito tremenda contra mim, ofensiva, preconceituosa e racista e que me faz automaticamente refletir sobre a posição que teve comigo desde início até fim, no que toca à reparação do meu carro. Acho inadmissível ainda existir estes ato verbal ofensivo, numa oficina no centro de Lisboa, e que tem boas recomendações online, quando o mesmo caso não se verifica. Esta situação se me acontece a mim, poderá acontecer a qualquer outro cliente, e por isso reclamo aqui em meu nome, para que seja reivindicado e que tenham em conta deste tipo de comportamentos e falta de profissionalismo com os seus clientes. Certamente que não voltarei, e espero que mais ninguém tenha esta experiência tão desagradável quanto eu. Cumprimentos, Cristina Li

Encerrada
G. E.
09/09/2020

Reparação de automóvel

Caros senhores, Levei o meu carro, Skoda Octavia e matrícula 06-19-PR (2000), à inspecção automóvel no dia 20-07-2020, tendo sido reprovado porque a orientação das luzes da frente estava desalinhada e havia uma diferença considerável da intensidade luminosa entre ambas. Os funcionários da Oficina Midas da Av. António José de Almeida, n.º 32, aonde levei o carro no dia 23-07, abriram o capô do mesmo para observar a parte interior dos faróis e perceber a causa do problema. Depois de substituírem a lâmpada de um deles — o que se faz como qualquer troca de lâmpadas domésticas, sem necessidade de nenhuma ferramenta — e verificarem que o problema se mantinha, concluíram que não havia como resolvê-lo na sua oficina, porque lhes parecia ter que ver com a estrutura interna no farol — e não tinham competência para o desmontar. Por isso, aconselharam-me uma oficina onde se faria esse trabalho: a Auto-Bocage Lisbonense, situada na Av. Elias Garcia, n.º 54. No próprio dia, dirigi-me a essa oficina, onde me disseram que, por excesso de procura, só estavam a aceitar trabalho para a terça-feira seguinte. Ora, uma vez que eu ia de férias no dia seguinte e o limite de repetição da inspecção era 20-08, decidi viajar e só depois recorrer a esta oficina. Conduzi até o Algarve, onde fiquei duas semanas, e voltei no mesmo carro, que não acusou nenhum problema durante as viagens. Quando regressei de férias, deixei o carro na Auto-Bocage Lisbonense no dia 11-08. O gerente contactou-me no mesmo dia, dizendo que não era possível desmontar os faróis e que a única solução seria substituí-los a ambos. Sem me parecer que houvesse alternativa, consenti — e paguei o total de € 270,60 que me cobraram pelo serviço. O carro foi-me entregue no dia 13-08. Na semana que se seguiu, o carro deu sinal de temperatura elevada no motor duas vezes, e duas vezes enchi o depósito de água. À terceira vez que ouvi o sinal, parecendo-me que nada havia de normal neste consumo acelerado de água, fui à Midas que já referi, por ser cliente habitual, no dia 20-08. Mal o funcionário abriu o capô, encontrou um martelo no interior, com o cabo alojado entre duas pás da ventoinha que arrefece o motor. Quando ligou a ignição e deixou o carro a trabalhar durante pelo menos 20 minutos em aceleração, constatou que a referida ventoinha não era accionada. Em contraposição, quando ligou o ar condicionado, verificou que a ventoinha do mesmo, localizada à direita da primeira, trabalhava normalmente. Perante estas observações, o funcionário disse-me que o motor da ventoinha estava queimado (sic), pelo que o carro passara a valer-se da ventoinha do ar condicionado para ventilar o motor. Outro dos funcionários da oficina chegou a contactar telefonicamente os colegas da Auto-Bocage, dizendo-lhes que tinham deixado um martelo no motor do meu automóvel. No dia seguinte, 21-08 (sexta-feira), tornei à Auto-Bocage, onde o gerente, já prevenido da situação, me encarou de forma descontraída, até jocosa, e me pediu que abrisse o capô. Olhou, e, não vendo nada, disse-me que lhe deixasse o carro para inspecção — mas talvez só na segunda-feira, porque naquele dia já nada se faria (era fim de tarde), e assim eu não ficaria sem carro durante o fim-de-semana. Assenti. Por motivo profissional, não pude levar-lhe o carro na segunda-feira, mas deixei-lho na terça-feira ao fim do dia. No dia seguinte (26-08), o gerente ligou-me, dizendo que o motor da ventoinha não estava queimado, que o problema era, sim, das escovas — e, naturalmente, a substituição de toda a ventoinha ficar-me-ia em € 107 e alguns cêntimos. Nunca, em nenhuma destas interacções houve tempo para um pedido de desculpas. Protestei disse-lhe que o problema tinha sido provavelmente desencadeado pelo trabalho na sua oficina e que considerava inadmissível cobrar-me o respectivo conserto. Quando me desloquei em pessoa à oficina, o gerente negou categoricamente a possibilidade de o martelo ter bloqueado a ventoinha, insistindo que em nenhuma das pás havia marcas do interposto martelo e que o motor da ventoinha não cheirava a queimado: A hélice tinha deixado de funcionar porque chegara o fim natural da sua vida útil. Posto isto, recusei o trabalho da Auto-Bocage e dirigi-me, no dia 01-09, a uma terceira oficina, especializada em circuitos eléctricos, para reavaliar a situação: António F Tomás, localizada na Av. Frei Miguel Contreiras, n.º 8B. Neste estabelecimento, corroboraram a impressão da Midas: o motor deixara de funcionar — o que, para todos os efeitos, equivale a dizer que está queimado (uma questão semântica aparentemente essencial na Auto-Bocage). A única solução seria, de facto, substituir a toda a ventoinha. Tendo orçamentado € 105, aceitei a proposta e a ventoinha foi, finalmente, substituída no dia 02-09.Em conclusão, mesmo assumindo que o termo da vida útil da referida ventoinha estaria próximo, o ter coincidido precisamente com a interposição de um martelo é muito improvável. Acontece que mesmo aquela assunção é abusiva, como se pode comprovar após uma pesquisa pouco exaustiva na Internet, onde se lê, por exemplo, que «a ventoinha do radiador, ou electroventilador, é uma peça de grande vida útil e nunca precisa ser substituída de forma preventiva» (www.suaoficinaonline.com.br).Parece-me, por todo o exposto, que a Auto-Bocage, depois de se mostrar negligente ao deixar um martelo dentro do motor, se esquivou à sua responsabilidade e agiu de má fé ao querer cobrar-me o conserto do meu automóvel. Tudo este episódio me causou, como é óbvio, vários transtornos.Regressei à inspecção automóvel (IPO) no dia 09-09. De novo, foi detectada uma evidente discrepância de intensidade entre as lâminas dos faróis dianteiros, expressa no visor do aparelho electrónico usado. O inspector mostrou-se mesmo surpreso perante o relato sumário que lhe fiz dos factos para si, a questão residia apenas nas lâmpadas. Portanto, € 375,60 depois, o problema mantém-se.Cordialmente,Gonçalo Esteves

Resolvida

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