última atualização: 09/02/2023

AJUDA - UPAC, painéis fotovoltaicos, venda excedente

Boa tarde,

Sou novato nesta questão da produção de energia para autoconsumo, painéis fotovoltaicos e venda de excedentes à rede e por isso, gostaria de solicitar a vossa ajuda.

Foi-me atribuído um vale eficiência pelo Fundo Ambiental para utilização até Abril de 2023 e atualmente estou no processo de procura e obtenção de orçamentos para instalação de uma UPAC.Já recebi alguns (poucos!) orçamentos, pois muitas das empresas que contactei recusaram o vale eficiência ou então colocaram uma série de entraves aos mesmos.

Dos orçamentos que me foram enviados pelas empresas/instaladores, recebi vários soluções possíveis, propostas de diferentes marcas e até informações bastante diferentes. Os orçamentos para instalação de 3 painéis (entre 400w e 450w) + inversor 1.5khW + acessórios (estrutura, cabos, fichas...) estão entre os 1700€ e os 2500€ (valores com IVA incluído).

Relativamente a painéis, tenho propostas de marcas de painéis fotovoltaicos da JA Solar, Trina Solar, Eurener, Canadian Solar... No que se refere ao inversor, possibilidade entre Solax, Goodwe, Fox ESS...

PERGUNTA: Das marcas referidas, alguma que seja muito aconselhada ou de evitar?

Apesar do consumo médio mensal da minha habitação ser de cerca de 150KhW e, segundo alguns instaladores, ser suficiente a instalação de 2 painéis (cerca de 800w de produção), pensei acerca da possibilidade de potenciar o investimento e instalar 3 ou até 4 painéis, de forma a vender o excedente de produção à rede. No entanto, sobre esta temática tenho lido também muita informação diferente, quer da extrema dificuldade e morosidade no processo de registo e resposta da E-REDES, quer na complexidade e rentabilidade muito baixa na venda da energia às empresas que a adquirem, etc... 

PERGUNTAS: Compensa o investimento para uma instalação de produção superior à necessidade de consumo, com vista à venda de excedente?

Apesar de já ter lido os requesitos necessários para a venda de excedente e à partida não parecer um processo complexo, várias informações e opiniões que leio indicam um processo contrário à simplicidade que é apontada. Alguém com experiência recente ou efetivamente conhecedor do processo consegue elucidar-me acerca deste assunto?

Agradeço desde já toda a disponibilidadea e ajuda que me poderem dar nestas questões.

Cumprimentos,Levi Pires 

User name

Junte-se a esta conversa

Participe nesta conversa, deixando o seu comentário ou questão em Produzir Eletricidade e Energia da comunidade Energias Renováveis

4 Comentários

Filtrar por :
Faça login para aceder a este conteúdo. 
04/02/2023

Procuro também resposta para a mesma questão.
Onde posso obter informações?

Faça login para aceder a este conteúdo. 
09/02/2023
, Respondeu:

Bom dia,

Pode ser mais especifico na sua questão?

Cumprimentos,
Equipa das Energias Renovaveis

Faça login para aceder a este conteúdo. 
25/11/2022

Bom dia,

 

Tendo em conta que o seu consumo mensal é cerca de 150KWh, ao dividirmos esse valor por 30 dias temos o valor diário que é de 5KWh. Mas visto que desconhecemos o seu perfil de consumo, esse valor de energia pode estar a ser feito em horas em que não temos disponibilidade solar, ou seja parte da energia produzida pelos painéis fotovoltaicos é injetada na rede.

 

O ideal seria fazer uma medição do consumo através de um equipamento de medição colocado no quadro elétrico geral e desta forma teríamos uma noção correta do perfil de consumo da sua instalação elétrica.

Caso ainda tenha tempo pode adquirir um equipamento por exemplo da marca Shelly e fazer a sua análise no decorrer de pelo menos 1 semana.

Em muitos casos as empresas instaladoras também podem prestar esse serviço.

 

Se optar pela colocação de 3 painéis de 400W (1,2KW) , é expectável que tenha uma produção média diária de cerca de 4,8KWh, ou seja muito próximo do seu consumo.

Esta pode ser uma boa solução, mas deveremos ter em conta as características técnicas do inversor, ou seja, a sua tensão de trabalho, que tem um mínimo e um máximo. No caso de termos poucos painéis, o inversor pode não arrancar e assim varia sentido colocar mais uma unidade.

Deverá confirmar essa situação com as empresas que lhe forneceram os orçamentos, ou em alternativa envie-nos as referências dos painéis e inversores para fazermos a simulação.

 

As marcas propostas são as mais comuns no mercado, e na sua escolha deve analisar para além do rendimento, a questão das garantias e assistência técnica em Portugal.

 

O objetivo do Autoconsumo não é vender energia à rede, mas no processo de registo da UPAC no site da DGEG, o instalador deve dar indicação que vai haver injeção na rede e será atribuído um CPE (código ponto de entrega) de produção. Com este CPE, contador inteligente bidirecional e abertura de atividade nas finanças, o processo de elaboração de contrato com uma empresa que compre esse excedente é fácil.

Pode vender a energia excedente a um valor fixo ou variável, podendo variar entre 0,04€KWh até aos 0,10€KWh. Atualmente compensa mais um contrato a um valor variável.

 

Por último e caso tenha espaço no seu telhado pode ponderar a instalação de um inversor hibrido, em que a diferença não é muita e fica com a possibilidade de no futuro fazer o “”upgrade para as baterias de Lítio. As marcas de inversores que refere possuem essa solução.

 

Ao seu dispor para qualquer esclarecimento adicional,

 

Com os melhores cumprimentos,

Equipa das energias renováveis

Faça login para aceder a este conteúdo. 
22/11/2022

Olá Levi,
Fabricantes de painéis há muitos, mas deve dar atenção:
- a potência de cada painel – no mercado encontra painéis de 250(fracos…) a 530 W, ou seja, na mesma área pode produzir mais do dobro;
- as garantias dadas pelos fabricantes dos painéis(até 25 anos), inversores (até 10 anos)…
- e instaladores de qualidade, com estudos consistentes.
A instalação deve ser pensada para o seu consumo, pois a produção excedente é remunerada de forma pouco interessante(entre 0,04 a 0,06 €/kWh), fazendo que o retorno do investimento seja a perder de vista(muito longo). Acresce a questão burocrática, que quase todos dizem ser complexa e morosa. E também pela obrigatoriedade de se registar nas Finanças com CAE e pagar imposto sobre a venda…E as outras variáveis, nomeadamente orientação deficiente, inclinação não ideal(35 a 40º), avarias, defeitos que originam produções menores do expectável…
Mas fazendo uma conta básica teremos a resposta:
- um painel de potência entre os 400 e 600 W terá uma produção entre 500 e 600 kWh/ano;
- se o excedente é pago a 0,06€/kWh teremos uma receita entre os 30 e 36 €/ANO;
- se o painel custar 375 €(por baixo…) o retorno será a 11/13 anos…
Isto com números simpáticos…e se não houver variáveis imprevistas…