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Carros incendiados: o seguro cobre?

Os tumultos registados na Área Metropolitana de Lisboa, nas últimas noites, resultaram em dezenas de veículos vandalizados e incendiados. Mas os prejuízos nem sempre estão cobertos pelo seguro automóvel. Saiba como proteger a sua viatura. 

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31 outubro 2024
carros incendiados

iStock

Dezenas de veículos foram vandalizados e incendiados na sequência dos recentes tumultos ocorridos na região de Lisboa. No entanto, nem sempre os danos provocados por atos de vandalismo estão cobertos pelos seguros contratados pelos proprietários, cabendo-lhes, nesses casos, fazer face à totalidade dos prejuízos. Ao contratar um seguro automóvel, procure conhecer ao detalhe as coberturas e exclusões da sua apólice.

Independentemente de o seguro cobrir ou não os prejuízos, caso o seu automóvel ou motociclo seja vandalizado, deve sempre participar o ocorrido às autoridades.

Seguro contra terceiros não cobre atos de vandalismo

Os seguros automóvel que contemplem somente a cobertura obrigatória de responsabilidade civil obrigatória – os chamados "seguros contra terceiros" – não protegem contra danos no próprio veículo, sejam provocados por atos de vandalismo, catástrofes naturais ou outro tipo de fenómenos.

No caso das viaturas incendiadas, a única forma de garantir a proteção é contratando um seguro de danos próprios com a cobertura de atos de vandalismo ou atos maliciosos. Em regra, esta abrange a compensação por danos provocados por atos de vandalismo, terrorismo e sabotagem, ação de greves, tumultos, distúrbios laborais, motins e alterações da ordem pública; protege igualmente o segurado por prejuízos causados pela atuação das autoridades em resposta às ocorrências mencionadas anteriormente.

Nestes casos, para acionar o seguro, é importante reunir tantas provas quanto possível: fotografias do local e do veículo, identificação exata da localização e eventuais testemunhas. Além disso, previamente, deve apresentar queixa às autoridades, numa esquadra ou através da queixa eletrónica e guardar prova disso.  

Se os estragos causados ao veículo exigirem o seu transporte para outro ponto, como uma oficina, por exemplo, a cobertura de assistência em viagem, incluída na maioria das apólices de seguros automóvel, pode ser acionada para reboque da viatura.

Crédito automóvel pode exigir seguro de danos próprios 

Quando a aquisição do automóvel é feita com recurso a financiamento, as entidades financeiras exigem, normalmente, a contratação de um seguro de danos próprios. Se tal não se verificar ou se a apólice não incluir proteção contra atos de vandalismo, em princípio, o segurado terá de continuar a pagar o carro, mesmo que seja declarada perda total pela seguradora.

 

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