Exmos., venho por este meio solicitar a vossa ajuda na divulgação deste assunto que acredito ser extremamente desagradável, injusto e errado, onde eu e a minha companheira decidimos ir viver para fora dos centros urbanos e estamos pendente da autorização de uma vizinha idosa para termos acesso à internet. Acredito que a ANACOM me poderá ajudar neste assunto.No início de Agosto assinei um contrato do serviço M4 Fibra através da Worten, para instalação numa zona residencial em Ovar (Habitovar) onde pretendo viver a partir de Agosto (ou quando o serviço de internet estiver colocado). Acontece que pelos vistos existe um grande problema nessa zona, onde nenhuma operadora tem interesse em colocar serviço fibra por razões que ainda não consegui entender. Garantiram-me que a MEO instalaria o serviço M4 Fibra no dia 11 de Agosto e então decidi avançar com o contrato devido a ser a única operadora que me possibilitaria ter uma boa conexão e estável de internet, visto que tanto eu como a minha companheira trabalhamos remoto. No dia 11 de Agosto estava agendado o serviço da instalação, e durante o dia recebo uma chamada do técnico MEO a perguntar se eu tenho autorização dos vizinhos para a realização da instalação (de forma a contextualizar, trata-se de uma zona com algumas moradias seguidas, cerca de 20 de cada lado com uma rua a dividir o conjunto de moradias, e do lado da minha propriedade, a 1ª vizinha não deixa que se passe nem mais um cabo pelo seu telhado). Confesso que fiquei bastante surpreendido ao saber que preciso da autorização de uma senhora de 80 anos que não conheço, para ter um serviço de MEO Fibra que à partida DEVERIA estar disponível para todos, visto que estamos em 2023 e tenho conhecimento de vizinhos (nomeadamente a casa mesmo em frente à minha, dividida pela rua com cerca de 3 metros de largura) que tem acesso à MEO Fibra. Acontece que devido a más experiências no passado (20 anos antes) a vizinha da primeira casa se recusa a que alguma operadora suba ao telhado para fazer as tais puxadas de cabo Fibra de modo a fornecer esse serviço para as restantes habitações. Posto isto, nesse mesmo dia, o técnico não apareceu no local, afirmando que não seria possível instalar o serviço (entretanto eu e a minha companheira já estávamos no local, com dia de férias tirado mesmo por causa do serviço). Nesse mesmo dia (11 de Agosto) realizei uma reclamação junto da MEO de Ovar, no seu livro branco, expondo a situação, ao qual me foi dito que me iriam contactar em 3 dias úteis, contacto que nunca obtivemos até ao dia de hoje (28 de Agosto). Após várias chamadas com o serviço da MEO, foi agendada novamente outra instalação para o dia 21 de Agosto, onde o técnico volta a telefonar a dizer que eu ainda não tenho autorização dos vizinhos (segundo ele, ele falou diretamente com os vizinhos, algo que não posso provar), e que não iria comparecer no local (mais uma vez). Após nossa insistência, o técnico aparece e estivemos a avaliar outras opções para instalação do serviço, das quais destaco: 1 - De alguma forma a MEO solicitar à vizinha a autorização, ou então mesmo invocar a PSP para se assegurar que o serviço era bem feito, sem quaisquer prejuízos para a vizinha (segundo o que apuramos, o medo dela é que partam as telhas no telhado) 2 - Utilizar tecnologia como um Drone de forma a passar o cabo para a segunda casa, de forma a ultrapassar então este primeiro obstáculo 3 - Fazer a puxada de cabo via aéreo (de uma casa para a outra, visto que à frente de minha casa tenho uma casa com o serviço MEO Fibra) - aqui foi-me dito que poderia não ser possível, mas nesta mesma zona, existem outras ruas com os cabos a passarem por cima da rua 4 - Fazer o levantamento do paralelo nesses 3 metros de forma a passar o cabo da casa do vizinho da frente para a minha (cliente MEO Fibra) 5 - Instalação da caixa primária MEO de forma a ser possível as restantes casas não estarem dependentes do egoísmo e falta de empatia da vizinha da primeira casa, que se recusa passar os cabos pelo telhado dela, onde a caixa está instalada (uma caixa inútil, portanto). Ficou marcada para o dia de hoje (28 de Agosto) a ida dos supervisores ao local para avaliar a situação e aprovar a instalação, visto que o técnico que apareceu no dia 21, disse que todas as opções eram viáveis, mas precisaria de aprovação do supervisor e que eu iria ser contactado assim que a equipa fosse lá (não tenho qualquer prova que a equipa foi lá, hoje, dia 28), e todos sabemos como estas situações estão à mercê da boa vontade de funcionários. No dia de hoje, pelas 20h, ligo à MEO para tentar saber como está a situação, ao que o apoio ao cliente me informa que nenhuma das soluções é viável e que tenho de fazer um requerimento à Câmara de Ovar para tal efeito (se eu não tivesse ligado, nunca iria ser contactado sobre essa situação, presumo). Agora questiono-me o seguinte: 1 - Será que a situação era a mesma se em vez de uma fileira de 20 casas no qual poderiam ganhar uns 10 novos clientes, se fosse um novo empreendimento de 500 habitações, até que ponto a MEO faria o que tem ao seu alcance para resolver o problema. 2 - Em 2023, a MEO não tem tecnologia / meios necessários para contornar estes problemas, até porque já foi assinado um contrato? 3 - Pede-se aos jovens para habitarem zonas fora dos meios urbanos, mas quando assim o tentamos, estamos pendentes da autorização de uma vizinha de 80 anos para ter internet em casa? 4 - Até que ponto a Câmara de Ovar me irá resolver esta situação, visto que a zona já é conhecida por ter problemas com vizinhos mais séniores que não autorizam determinadas coisas por nem sequer perceberem o que vai acontecer. 5 - Continuo sem perceber como estou PENDENTE de uma vizinha que não tenho qualquer relação para ter um serviço que contratei e me foi garantido que poderia ser instalado em minha casa. Com os melhores cumprimentos,Ricardo