No dia 26/09/23 através de um sms de whastapp fui objeto de uma burla financeira. Alguém se fez passar pelo meu irmão, solicitando uma verba, justificando que tinha ficado sem telemóvel e não podia fazer um pagamento a um fornecedor. Porque me pareceu credível (o meu irmão é empresário) acedi à minha Caixa Directa. Tentei fazer a transferência para a referência multibanco que o suposto meu irmão me deu. Não consegui fazer, pois recebi uma mensagem a dizer O montante da operação excede o limite máximo diário definido para a operação.Em momento algum houve uma informação específica a alertar para que eu pudesse estar a ser objeto de uma tentativa de burla, visto que a referência da entidade é, soube-o no dia 27/09/23, uma referência conhecida em casos de burla. Aconteceu que acabei por me dirigir ao MB, fiz a transferência de 1000€ para aquela referência MB. Ora, sendo conhecida essa referência de entidade (21800) como estando associada a casos de burla, a CGD tinha a obrigação de proteger os seus clientes e não o fez, nem faz. E não o fez, porque não tem um sistema de alerta para o facto de aquela referência de entidade de multibanco estar associada a processos de burla financeira. Devia informar que aquela referência multibanco ( e outras) está associada a processos de burla, solicitando ao seu cliente que confirmasse a origem e o teor da mensagem recebida. Não basta ter na front page da Caixa Direta, quando entramos, um alerta sobre fishing, em casos em que a imagem da CGD é usada para enganar os seus clientes.Devia ter algo do género A referência da entidade que está a querer usar tem sido usada para situações de burla. Por favor confirme a origem dos dados. A CGD pode defender-se referindo que a entidade responsável pela dita referência, ou mesmo a SIBS, é que devem assumir a responsabilidade. Contudo, a CGD deve defender os seus clientes e é responsável por garantir a credibilidade e a confiança na relação entre cliente (eu) e fornecedor de serviço financeiro (CGD) e ao quebrar-se a confinça em operações bancárias está criado um problema. Aliás, esta situação arrasta-se desde 2018, como reportado nesta noticia https://observador.pt/opiniao/referencias-multibanco-fraudulentas-banco-de-portugal-e-sibs-tem-que-agir/Sendo esta, uma situação que se está a alastrar cada vez mais, era por demais evidente que as entidades bancárias/financeiras envolvidas já tivessem desenvolvido um sistema de prevenção destas situações.Não sendo o caso, eu exijo que a CGD assuma o responsabilidade por não proteger o seu cliente e assuma o meu prejuízo e me devolva os 1000€, que foi o resultado da burla. Quando me apercebi do que aconteceu (dia 28/09/2023) liguei de imediato para a Caixa Directa CGD, a quem expus a situação e apresentei queixa-crime na Policia Judiciária, que infelizmente confirmou que há uma enorme quantidade de queixas deste género todos os dias. Tudo isto agrava, quando se percebe que é uma situação que vem desde 2018, como reportado em vários jornais.