Asus Zenbook 17 Fold OLED: conheça o computador portátil com ecrã dobrável
O Zenbook 17 Fold OLED da Asus é um computador portátil que deslumbra pelo seu ecrã dobrável de 17,3 polegadas. Mas o preço elevado pode afastar alguns interessados. A DECO PROTESTE revela a avaliação do aparelho.
- Especialista
- João Miguens e José Almeida
- Editor
- Cláudio Nogueira e Alda Mota

Após a chegada ao mercado dos telemóveis com ecrãs dobráveis, a tecnologia inovadora chega também aos computadores portáteis. Em 2022, a Asus lançou a sua proposta para este setor: o Zenbook 17 Fold OLED.
Trata-se de um computador portátil com características híbridas, pois pode ser utilizado em modo tablet, mas o grande foco é o seu ecrã dobrável de 17,3 polegadas. Quando está dobrado, o dispositivo passa a ter o tamanho de um pequeno computador portátil de 12 polegadas.
Vantagens e desvantagens do computador
Pontos fortes
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Pontos fracos
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Ecrã dobrável e peso reduzido deslumbram
Quando está fechado, o Asus Zenbook 17 Fold OLED tem 33 milímetros na parte mais espessa. Este valor não segue a tendência atual dos computadores portáteis ultraleves, que não ultrapassam os 19 milímetros de espessura. Os maiores raramente excedem os 25 milímetros.

Apesar disso, o computador tem um peso reduzido — 1,8 quilogramas. Este valor contempla um teclado sem fios separado da estrutura do portátil, que pode ser fixado magneticamente.
Existem duas entradas do tipo USB-C no computador e outra entrada igual no teclado, mas que serve apenas para o seu carregamento. Dado o tamanho reduzido das entradas USB-C, o aparelho comportaria facilmente mais uma entrada. Mas os fabricantes de computadores tendem a economizar nas portas de expansão.
O ecrã tem uma diagonal de 17,3 polegadas quando utilizado na totalidade e uma resolução de 2560 x 1920 píxeis. Contudo, quando o aparelho é utilizado no modo portátil, o teclado liga-se magneticamente ao corpo do computador e passa apenas a ser possível utilizar metade do ecrã, que equivale a uma resolução de 1920 x 1280 píxeis.
Qualidade de imagem agrada, mas o som exige melhoria
Os pontos fortes da tecnologia OLED são as cores brilhantes e os níveis de pretos mais profundos, e o ecrã do Asus Zenbook 17 Fold OLED não foge à regra. O único inconveniente é o seu revestimento brilhante. Embora os reflexos sejam moderados, o ecrã acumula rapidamente impressões digitais desagradáveis, principalmente quando o aparelho é utilizado em modo tablet.
Satisfaz as expectativas em termos de brilho, paleta de cores, contraste e ângulo de visualização. A distorção na zona da dobradiça do ecrã é pequena e quase impercetível, e não chega a incomodar durante a utilização, mesmo em tarefas gráficas de precisão.
O computador está equipado com uma câmara de 5 megapíxeis na parte superior da moldura do ecrã, mas apenas quando é utilizado no modo portátil. Quando utilizado com o ecrã estendido e apoiado na mesa como um monitor, a câmara fica localizada no lado esquerdo, o que torna mais difícil centrar o rosto do utilizador.

O dispositivo inclui quatro altifalantes que cumprem a sua função de forma discreta. Os computadores ultraleves não tendem a destacar-se pela sua qualidade de som, e este não é exceção.
Desempenho muito bom nas aplicações mais comuns
O Asus Zenbook 17 Fold OLED é uma máquina bastante poderosa com um processador Intel Core i7-1250U, 16 GB de RAM e 1 TB de espaço de armazenamento. O desempenho é muito bom nas aplicações mais comuns.
Contudo, a utilização de um processador da linha U da Intel (cuja letra significa “Ultra Low Power”) limita um pouco o desempenho para determinados tipos de utilização, como em programas pesados (por exemplo, de conversão de vídeos, de renderização ou videojogos).
Para este tipo de tarefas mais exigentes, o modo “turbo” costuma permitir o aumento da frequência durante um período ativado, mas o limite de temperatura é atingido passado pouco tempo, e o processador é forçado a abrandar.
Sistema de arrefecimento leva nota positiva
Durante os testes de desempenho do software gráfico, as temperaturas máximas atingidas nos componentes internos e à superfície foram medidas.
As temperaturas máximas registadas no processador nunca excederam os 75ºC. Já no ecrã excederam ligeiramente os 40ºC. Nas saídas de ar que arrefecem os componentes internos, a temperatura máxima registada é de cerca de 47ºC.
Isto significa que o computador tem um bom sistema de arrefecimento e nunca fica demasiado quente.
Teclado apresenta alguns problemas
O teclado está separado do corpo do computador e liga-se magneticamente ao mesmo, cobrindo metade do ecrã. Não existem ligações por cabo entre o teclado e o computador, logo, a troca de dados é efetuada apenas por bluetooth.
Este teclado pode ser mantido acoplado ao computador quando não está a ser utilizado para que não tenha de ser transportado separadamente.
Durante a utilização, o teclado manifestou alguns problemas. Muitas vezes, o teclado não é imediatamente reconhecido e fica bloqueado pelo dispositivo, principalmente ao sair do modo de espera.

É expectável que o dispositivo desligue automaticamente metade do ecrã quando o teclado está encaixado. Contudo, algumas aplicações foram iniciadas em modo de ecrã inteiro. O problema foi resolvido ao desencaixar e ao voltar a encaixar manualmente o teclado.
O mais provável é que se trate de "falhas de juventude" e, por isso, espera-se que sejam corrigidas numa futura atualização de firmware.
O teclado tem uma entrada USB-C dedicada para o carregamento e um interruptor separado para o ligar e desligar. O teclado deve ser carregado periodicamente, e a duração da bateria é de cerca de 12 horas.
Autonomia preparada para várias horas de utilização
Na escolha de um computador portátil, a autonomia é uma das características mais relevantes a considerar. Ao utilizar o modo “ambiente de trabalho” (ou seja, em ecrã inteiro), a bateria durou cerca de 14 horas durante uma sessão com aplicações comuns. Já no modo portátil (ou seja, com metade do ecrã desligado), a bateria dura cerca de uma hora mais.
A longa duração da bateria conseguida pela eficiência energética do processador “Ultra Low Power” e a tecnologia OLED do ecrã permitem um dia inteiro de trabalho fora de casa ou de longas viagens sem a preocupação constante de encontrar uma tomada elétrica para carregar o computador.
Vale a pena comprar o Asus Zenbook 17 Fold?
Os computadores portáteis com ecrãs de 17 polegadas têm o seu próprio nicho de utilizadores. Neste caso, o consumidor está perante um híbrido entre um computador portátil, um substituto do computador de secretária e um tablet de grandes dimensões.
Um ecrã de 17 polegadas pode ser efetivamente útil, principalmente ao considerar os monitores de 21, 24 e 27 polegadas que são utilizados para trabalhar nas secretárias. No entanto, o custo elevado de 3999 euros deste computador é um fator a ter em conta se o utilizar apenas para tarefas normais de escritório.
Se, por razões profissionais, não pode prescindir de um ecrã com uma dimensão elevada, o Asus Zenbook 17 Fold OLED é um aparelho a considerar.
Se necessita de um ecrã grande para transportar consigo, pode recorrer a monitores portáteis alimentados por USB e tão finos (com menos de um centímetro de espessura) que podem ser transportados numa bolsa. Os monitores portáteis com cerca de 16 polegadas têm um preço a partir de 150 euros.
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