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Cobrança Indevida

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

B. M.

Para: Record Go

10/10/2020

Reservámos um carro na plataforma RentalCars.com, com a empresa RecordGo tendo levantado o veículo, no passado dia 01-10-2020, nas instalações da RecordGo na Rua Prof. Henrique de Barros, Prior Velho, Lisboa.Nesse mesmo dia, a funcionária presente, adotou procedimentos insuficientes e negligentes que vieram a trazer resultados até agora prejudiciais. Passo a explicar: Após efetuar os pagamentos associados à reserva, e concluir o procedimento no balcão, dirigimo-nos com a Funcionária para o veículo. Com uma folha na mão, a Funcionária circundou o veículo em busca de riscos e amolgadelas no veículo, para desenhar no croqui. Acompanhámo-la nessa tarefa. Depois de dar a volta ao veículo, a funcionária mostrou o desenho do croqui com os riscos assinalados, que confirmámos, e pediu para assinar, o que foi feito.Ao lado do croqui, a Funcionária fez algumas anotações à mão que, que não foram especificamente mostradas, nem referidas oralmente, pelo que se assumoiu tratarem-se de registos internos da Funcionária. Soube, porém, ao chegar com o veículo no presente dia 05/10/2020, por volta das 19h, à RecordGo, que as anotações em questão, não só não se tratavam de registos internos, como se tratavam na verdade de anotações quanto ao estado do veículo, estado esse que teria que se verificar aquando a entrega, sob pena de virem a acarretat custas extra. Passo a explicar como nos apercebemos disto:Quando chegámos com o veículo, o funcionário que nos recebeu fez a vistoria ao exterior e interior, tendo verificado que estava tudo bem à exceção do seguinte: referiu estar em falta a chapeleira da mala do veículo. Face a esta afirmação do funcionário, retorquimos que a mesma não estava em falta porque o veículo já me havia sido entregue sem qualquer chapeleira, com a mala descoberta. Em resposta, o funcionário mostrou-nos a anotação da Funcionária manuscrita na lateral do croqui, na qual dizia Chapeleira - Ok., para muito espanto nosso.Assim sendo, a nossa primeira solicitação ainda no local, foi que se apurasse, designadamente recorrendo às gravações de imagem feitas pelas câmaras existentes no interior das instalações onde se levantou o veículo, a verdade sobre a existência ou não existência de chapeleira no veículo aquando o aluguer. O Funcionário que recebeu o carro indicou que esse pedido teria de ser feito através de e-mail para outro departamento.Procedemos em conformidade, tendo enviado o e-mail, todavia, a resposta obtida foi completamente evasiva. A RecordGo limitou-se a ignorar o nosso pedido de acesso às imagens e a negar o reembolso.Ora, no nosso entendimento, e até na remota hipótese de a chapeleira até se encontrar no veículo no momento do aluguer - o que apenas admitimos para demonstrar que em nenhum caso a empresa tem razão - certo é que o procedimento adotado pela Funcionária é completamente avesso à boa-fé na execução dos contratos, e totalmente executado em prejuízo do consumidor. Isto porque:Aquando a celebração do contrato de aluguer, a empresa fica com os dados do cartão de crédito. Depois, no momento da entrega, faz-se uma comparação entre a informação que consta do croqui e o que se verifica no veículo nesse momento. Caso exista alguma discrepância, e independentemente do que disser o Cliente, a empresa debita a quantia que entende do cartão do Cliente.Ou seja, o que um funcionário escreve na folha do croqui tem implicações diretas para os Clientes, designadamente a nível económico. Assim sendo, não é admissível que este faça anotações à mão nessa mesma folha sem advertir devidamente o Cliente do que está a escrever, para que este perceba que se trata de conteúdo que lhe diz respeito e, assim, possa lê-lo atentamente e saber com o que contar. No caso, repito, não foi isso que a Funcionária fez. E, tendo havido um problema relacionado com uma matéria constante dessas mesmas anotações cujo conteúdo não foi mostrado - a existência ou não de chapeleira - fomos negativamente surpreendidas, pois caso tivéssemos sido chamada a analisar essas notas manuscritas, poderíamos na altura ter evitado que fosse feita a referência à existência de chapeleira e, consequentemente, ter evitado que fosse descontado, como foi, o valor de €123,00 pela ausência de uma chapeleira que não estava no veículo aquando da entrega.Na sequência desta situação pesquisei sobre esta empresa, que ab initio pensei confiável, e apurei que existem várias queixas relacionadas com situações idênticas a esta, Pelo que verifique, a maioria de queixas sobre a Record Go está relacionada a qualidade de serviço durante o levantamento e a devolução de carro. Os relatos da extorsão e cobrança não autorizada de encargos indevidos pela rent-a-car são frequentes nas plataformas de opinião de consumidor. Os clientes queixam-se frequentemente de lhes ser atribuída a responsabilidade pelos danos de cuja existência não tinham conhecimento e que não constavam no relatório da entrega de carro. Segundo foi possível verificar o elemento comum de muitas das queixas é a frustração resultante da incapacidade de comunicação eficaz com a empresa que sistematicamente ignora argumentos lógicos ou até provas em forma de fotografias que contestam a validade de encargos. A empresa arrasta os processos contando, provavelmente, com que o cliente desista de reclamar e simplesmente aceite os encargos. Ou seja tudo leva a crer que este tipo de situações é uma prática reiterada da empresa.Ora atento o exposto, incumbe à RecordGo disponibilizar as imagens e promover o reembolso caso se comprove que a chapeleira não estava no carro aquando da entrega, situação de que estamos convictas.Apesar do valor em causa não ser substancialmente elevado, trata-se de uma questão de justiça, e de prevenção e alerta para outros consumidores, no futuro.


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