Mudei-me para Portugal em fevereiro de 2017. Optei na altura pelos serviços da VODAFONE e os problemas já começaram aí. A empresa assegurou-me que possuía fibra óptica instalada na minha região. Pois bem, passados DEZ dias, nada foi instalado na minha residência. Compareci novamente à loja, sendo informado que a demora era natural e que eles NÃO possuíam fibra óptica instalada no meu endereço. Diante disso, cancelei o serviço de televisão e net fixa. Fui à loja da concorrente ao lado que me forneceu estes serviços, COM fibra óptica em menos de 24 horas. Em agosto de 2017, fui contactado pela concorrente para transferir os meus serviços de telefonia e internet móvel da VODAFONE para eles. Perguntei se era possível a portabilidade ou se haveriam custos envolvidos nessa operação. Tanto a concorrente quanto a própria VODAFONE me asseguraram que não. Portanto, diante disso, cancelei inteiramente meu contrato com a VODAFONE e transferi-o por completo para a concorrente, estando muito satisfeito com a situação. Relembrando, estamos em agosto de 2017.Em janeiro de 2018, ou seja, 6 meses depois, a VODAFONE me enviou uma cobrança de quase 1.000 Euros por quebra de contrato. O valor ali cobrado era o equivalente a quase DOIS anos do meu pacote de telefonia móvel. Eu, obviamente, disse que não ia pagar por aquele absurdo.Ressalto - eu não ganhei descontos, incentivos, carências, aparelhos, vouchers, enfim, nada me ligava a uma obrigação contratual ou moral com a VODAFONE. A empresa não me beneficiou em um único centavo por ser cliente dela. Muito pelo contrário. Numa viagem à Espanha exigiu-me 500 Euros de depósito antecipado para autorizar o serviço de Roaming Internacional.Voltando ao assunto - não paguei e continuei e continuo recebendo cobranças cada vez mais abusivas da empresa, com a ameaças de bloqueios, inscrição do meu nome em cadastros de maus pagadores e ações judiciais com taxas, custas e honorários de advogado, beirando o vexatório.Tentei de tudo para resolver o problema - telefone, e-mail, reclamação e nada foi capaz de demover a empresa da sua pretensão.O Código de Defesa do Consumidor me garante o direito de não ser obrigado a permanecer associado a uma marca sem que isso seja da minha vontade, não sendo obrigado a indenizar o que quer que seja, salvo prendas que porventura tenha recebido desta marca o que, em absoluto, não aconteceu. Muito pelo contrário. O aparelho que eu comprei da Vodafone, eu paguei cada centavo dele porque disseram que meu pacote não fazia jus a qualquer benefício. Quando fui para a concorrência, tive que pagar mais 100 Euros para a VODAFONE para desbloquear o dito aparelho.Portanto, resumindo, a VODAFONE NÃO cumpre o que promete, vende de forma enganosa os seus serviços, não os entrega no prazo determinado, extrapola em suas cobranças e exigências e, depois que o cliente se vai, sente-se no direito de meio ano depois exigir uma COMPENSAÇÃO FINANCEIRA pelos prejuízos causados pelo CLIENTE.Nem no Brasil, que é reconhecido mundialmente pelas suas péssimas empresas de telefonia e pelos péssimos serviços prestados, eu jamais passei por uma situação dessas.Fica aqui o meu protesto e a minha reclamação. E fica aqui também a minha reiteração. Eu não vou pagar. Se realmente é a vontade da empresa, que me processem. Se realmente é a vontade da empresa, inscrevam meu nome nos cadastros que desejarem. Isso não muda uma vírgula para mim. A entidade bancária que eu trabalho e aqueles com quem tenho relações comerciais sabem da minha idoneidade como pagador das minhas obrigações e do quão ridícula é a pretensão da VODAFONE.Se tiver que pagar, se tiver que pagar, pagarei em juízo, mas não sem antes apresentar a minha defesa e o que eu penso como jurista e conhecedor do Código de Defesa do Consumidor de Portugal e não sem antes chegarmos às últimas instâncias jurisdicionais do país.