Em 01/08/2014 este stand vendeu uma viatura ligeira de passageiros marca Peugeot, modelo 508 SW, proveniente do mercado externo - Bélgica, do ano 2011 c/ 83.231 kms por 18.250,00€.Em 21/06/2016 comprei a referida viatura a um particular, ou seja, ao primeiro comprador da carrinha aqui em Portugal.À data apresentava pouco mais de 138.000 kms acompanhada de comprovativos de manutenção dada pelo então proprietário, tais como: revisões em oficina oficial da marca e outras, mudança de pneus, etc. o que me permitiu criar confiança relativamente aos quilómetros percorridos entre 2014-2016.O aparente bom estado geral da viatura aliado às boas condições de preservação face à idade (5 anos), contribuíram para que eu tomasse a decisão de a adquirir. Considerei ser um bom negócio.Entretanto, no início de Setembro, levo a viatura à Peugeot para fazer a revisão dos 140.000 kms e sou alertado para o facto de - durante a intervenção realizada, terem constatado que os seguintes trabalhos devem ser realizados O MAIS DEPRESSA POSSÍVEL: substituição do filtro de partículas e respectivas operações inerentes. Orçamento = 878,37€.Obviamente que na oficina oficial da marca os técnicos ficaram perplexos ao constatar essa informação dada pela máquina de diagnóstico, uma vez que a manutenção inicial do FAP (nivelar o aditivo) só começa aos 120.000 kms, estimando-se a sua substituição apenas após os 200.000 kms. Ora o carro tem 140.000!?! Algo não está bem!...Face ao exposto solicitei um histórico da manutenção e verificou-se que na última ida à oficina oficial da marca na Bélgica - em 29/03/2013, a viatura já tinha 111.282 kms.Então, como é possível ter sido vendida cá em Portugal 1 ano e 5 meses depois só c/ 83.231 kms?!? (a explicação parece ser evidente...)Assim, em 12/09 contactei o stand importador (visto que o proprietário anterior desconhecia a situação) p/ aferir se este era conhecedor ou se se teria passado alguma avaria, por exemplo no quadrante, que pudesse justificar tal discrepância.Falei muito cordialmente c/ o Sr. José Palma, o qual começou por me dizer que nenhuma justificação me tinha de dar uma vez que não me tinha vendido viatura nenhuma mas - após alguma insistência da m/ parte, pediu-me os dados do carro p/ consultar o arquivo pois dado o tempo decorrido já não se podia lembrar. Muito bem, compreendi e fiquei de lhe ligar mais tarde...Ao fim do dia, quando voltei a falar c/ o Sr. José Palma, este começa desde logo por me dizer que já tinha falado c/ o seu Advogado e que o que tinha para me dizer era o mesmo que já me tinha dito antes. Bem... fiquei confuso!?Então 1.º pediu-me p/ lhe ligar mais tarde porque ia consultar o arquivo e agora começa a conversa a falar no Advogado!?! Mas Advogado p/ quê?... ... ...Insisti um pouco mais e disse: Sr. Palma, eu estou a contactar o Sr. por bem, o Sr. disse-me que ia verificar o S/ arquivo e certamente que o fez. Então qual é a conclusão a que chegou?...Resposta: Os dados que tenho é que já comprei o carro c/ esses kms.Eu: Ok, compreendo. Mas diga-me lá uma coisa: o Sr. quando compra carros não quer saber aquilo que compra? Ou seja, você compra c/ 80.000 e não verifica junto das fontes se essa informação é verdadeira? É que o carro na Bélgica já tinha 111.000 na última ida à oficina - 1 ano e 5 meses antes!!! Você não se interessa em saber o que está a comprar? P/ poder servir bem o S/ cliente e p/ poder garantir a continuidade do S/ negócio, entendo eu que o Sr. se preocupe em saber qual o real estado das viaturas... ... ...Resposta: Mas o Sr. trabalha na área automóvel? Você não julgue que isso funciona dessa maneira, eu compro às dezenas de carros de uma só vez e é impossível estar a fazer essas verificações... ... ...E a conversa desenrolou por aí adiante... Volto a frisar, sempre cordialmente!A dada altura o Sr. José Palma pergunta-me o que eu pretendo afinalO que eu pretendo é simples: pretendo saber a verdade, saber afinal de contas quantos kms tem o m/ carro pois só assim sou capaz de lhe prestar a devida assistência dentro dos parâmetros previstos pela marca. De contrário, por exemplo quando for substituir a correia da distribuição aos 220.000 kms, corro o risco do carro já ter 300.000 e já não chegar a tempo!Conclusão:Dado que o Sr. José Palma reafirmava sucessivamente que não tinha qualquer outra informação que me pudesse ser útil, solicitei-lhe então que me facultasse os dados da empresa/pessoa a quem comprou o carro uma vez que, assim sendo, tal como eu, ele teria sido o 1.º lesado no meio disto tudo. Assim, eu iria contactar essa pessoa e pedir informações/responsabilidades sem que para ele houvesse qualquer malefício.Forneci-lhe o m/ contacto telefónico e o m/ email e disse-lhe que ficava à espera que me enviasse esses dados. Ok, assim ficou combinado ficou de me responder.Hoje, volvidos praticamente 2 meses, continuo sem receber qualquer resposta por parte desse Sr...Carece ainda informar que, neste período de tempo, outro problema se manifestou no carro: a embraiagem.Obviamente que uma embraiagem não se desgasta em 140.000 kms (tal como a situação do FAP) e tal deve-se ao facto do carro apresentar uma quilometragem elevada - informação essa que foi ocultada no momento da venda ao comprador.Como tal, tendo em conta os documentos que possuo e toda a informação que consegui reunir, a adulteração da quilometragem ocorreu no processo de importação do carro e tal facto não constitui boa prática comercial, sendo punível por lei c/ processo crime por burla.Pelas m/ contas, atendendo ao histórico de quilometragem que o carro percorreu na Bélgica, no momento de importação o carro teria entre 169.000 a 190.000 kms (não devo errar muito!), o que quer dizer que alguém adulterou a quilometragem em 86.000 a 107.000 kms.É evidente que comprar um carro c/ 190.000 kms não custa o mesmo que um c/ 80.000É evidente que paguei o que considerei justo p/ um carro c/ 140.000 kms, mas não pagaria o mesmo valor se soubesse que já tinha mais de 224.000 (na melhor das hipóteses!!!)...É inaceitável que se vendam carros com quilómetros alterados com o intuito de lucrar mais, enganando e lesando o cliente e - como tal, solicito o esclarecimento da situação através da apresentação de documentação credível por parte do vendedor e exijo ser ressarcido face aos prejuízos inerentes.Não só o carro teria sido consideravelmente mais barato, caso apresentasse a quilometragem real, como também não teria quaisquer surpresas relativamente ao desgaste precoce de determinadas peças/componentes.Da mesma forma, quando quiser vender o carro a um terceiro terei um grave problema em mãos p/ resolver.Infelizmente o m/ dinheiro não é ganho a brincar, pelo que avanço c/ a comunicação pública do caso p/ várias entidades competentes p/ que sejam iniciadas diligências no sentido de apurar respectivas responsabilidades.Atentamente,brunoBARROS.