Venho, por este meio comunicar a V. Exas, que os serviços e cuidados contratados para a minha mãe, na instituição Casa de Repouso A Boa Samaritana, não fora prestados ao longo do seu internamento, de forma necessária e adequada e atempadamente a utente. A minha mãe é uma idosa de 84 anos, totalmente dependente de terceiros devido a múltiplos Avc´s, semi-acamada, em cadeira de rodas e com dificuldade em comunicar verbalmente, no entanto compreende e reage com expressão facial, olhar ou movendo a cabeça. Devido às suas necessidades de atenção específica, higiene e acompanhamento diário em casa, A família optou por procurar uma instituição que tivesse as condições e oferecesse esses cuidados.Pensamos que um local com profissionais de saúde: médico, enfermeira, fisioterapia, animadora cultural, pessoas formadas para cuidar de idosos e assim também teria algum convívio, distracção e cuidados adequados de acordo com as condições da minha mãe, pensamos ser o mais indicado neste momento.Apesar de totalmente dependente, a saúde da minha mãe estava estável, sem anomalias ou carências, Apenas tomava anticoagulante AC. Acetilsalicílico, antidepressivo Sertralina e Atrovastantina para controle do colesterol. Sentava-se na cadeira de roda e tinha uma postura correta e atenta. Comunicava por expressões faciais ou através de pequenas e poucas palavras. Estava um pouco deprimida e por vezes recusava se em comer e por isso em casa era alimentada e hidratada com uma seringa. A minha mãe entrou na instituição no dia 28 de agosto, ficou de quarentena num quarto e eu ligava diariamente para saber como se estava a adaptar, vê-la e assegurar me que estava bem dentro do possível.durante este tempo pareceu-me que estava muitas vezes deitadas, e pela expressão nem sempre confortável e por isso pedia que a levantassem com mais frequência e alternassem entre a cadeira de rodas, cadeirão e cama, para que ela não estivesse muito tempo na mesma posição e local. E ligando e ia tendo informação que a minha mãe se estava a cooperar, inclusive já aceitava ser alimentada com a colher e estava bem.Após várias tentativas de contacto, para obter informações sobre a minha mãe e alertar para certos situações que ia observando e verificar que algo se passava com a minha mãe, no dia 8 de setembro fui contactada para leva-la ao hospital. Deu entrada no Hospital de Santa Maria, em estado muito crítico, extremamente desidratada, com os rins gravemente afetados, infecção urinária, desnutrida e com bolhas e escáras nos calcanhares e laterais dos dois pés.Quero denunciar e reclamar por negligencia, maus tratos e não terem prevenido, agido adequadamente atempadamente e terem deixado a situação agravar se e deteriorar a saúde.Penso que para além da incompetência, agiram de má fé. Por isso deixaram prolongar a situação com intuito de cobrar mais uma mensalidade. Pois, a minha mãe desde 27/28 de agosto, já tinha indicadores de mal estar e alarme, e só depois de terem recebido o valor por transferência bancária/pagamento da mensalidade de setembro, no dia 8 de setembro é que agiram e entraram em contato comigo, para comunicar que teria uma infecção urinária e leva-la às urgências, inclusive sugeriram um hospital privado. E agora alegam que está escrito no regulamento e que o valor não é reembolsado.Quero denunciar a situação, exigir o reembolso, custos de despesas hospitalares e afins com a minha mãe provocada pela negligencia, maus tratos e aproveitamento. E processar a instituição.