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Autenticidade mala Marca Chanel

Não resolvida Pública

Problema identificado:

Outro

Reclamação

A. M.

Para: Retry.pt

04/03/2022

A 16/12/2020, o meu namorado efetuou a compra online de uma mala original Vintage da marca Chanel diretamente no site https://retry.pt, garantindo esta a qualidade, segurança/legalidade, a veracidade ou exactidão da mala, cfr. consta no nº 3 dos Termos e Condições - Retry.pt, identificada como Retry Portugal, S.A.A compra no valor de 650 €, foi-me oferecida e a mala vendida como uma mala original da marca Chanel, como consta nas características do anúncio de venda.No passado 26/11/2021, fundadamente suspeitei que a mala podia não se tratar de um original da marca Chanel, quando tendo tido a oportunidade de a submeter a um sistema de autenticação de produtos de luxo, designado por Entrupy, o resultado obtido foi: “Invalid”, não tendo sido obtido o resultado de “Authentic” Esta situação, imediatamente expus à Retry, entidade que vendeu e que se obriga a assegurar a veracidade do produto, através de email a 26/11/2021 - solicitando a recolha da mala e a devolução do valor pago pela mesma Na sequência de emails com a Retry, a mesma propôs a recolha da mala para assegurar o seu estado e submete-la a avaliação na Entrupy, referindo que, verificada a veracidade da mala, a mesma seria novamente enviada para mim, sem que houvesse devolução do montante pago Acordado com o proposto, disponibilizei-me para a recolha da mala por parte da Retry, para efeitos de avaliação e emissão de certificado de autenticidade, sendo que, se tal não sucedesse teria que naturalmente ser-me devolvido o montante pago. A 3/12 a Retry acusou a receção da mala, referindo que iniciaria o processo de autenticação da Entrupy, tendo a 15/12 informado que, o dispositivo chegara para a avaliação. A 29/12, a Retry transmite-me o seguinte:“Após a recepção da resposta da Entrupy, relativamente à avaliação da mala em questão, foi a mesma classificada como Not Supported(…). Esta classificação baseia-se na ausência de requisitos da própria marca à data da confecção da mesma, os quais são na actualidade exigidos e considerados pela marca. Dessa forma, a classificação em questão não se refere de forma alguma à classificação Invalid que significa que não preenche os requisitos para ser considerada verdadeira, mas sim à falta dos elementos que hoje a marca considera e que não eram exigidos em malas anteriores ao ano de 1980, nomeadamente, números de série, marca nos fechos e etiquetas, o que simplesmente reforça que o artigo em questão diz respeito a uma mala vintage. Pelo exposto e considerado pela definição da própria Entrupy, a mala é efectivamente de pele os metais são efectivamente de qualidade, indo de encontro à exigência da marca naquela mesma época, requisitos que levam a assumir a mesma como um artigo vintage, como acima referido. Apesar do esforço feito pela nossa parte de tentar avaliar uma situação que poderia revelar-se injusta, para o que, como já informado, solicitámos a intervenção de entidade com competência e isenção para o efeito, o mesmo não se veio a verificar. Relembramos ainda que, existe um prazo de devolução que exige um contacto no prazo de 48 horas, após a recepção do artigo pelo cliente. Nesta situação o seu primeiro contacto foi efetuado após cerca de um ano - compra efetuada a 16/12/2020 e o seu email a 26/11/2021”. Em resposta à Retry, transmiti que a informação enviada não garantia a conformidade da mala, expondo a situação e factos Conforme consta do site oficial do sistema de autenticação Entrupy (FAQ): “Entrupy does not classify items as counterfeit. Instead, they are either Authentic or Unidentified. Items receiving an Unidentified still count toward your allotment. On rare occasions, the results may come back as Not Supported or Invalid. In these instances, the authentications will not count toward your total. (…)we have partnered with most trustworthy businesses in retail and resale to source data from authentic items(…). These enabled us to collect data points from products produced across decades, which is how we can authenticate products created well before our time(…). We currently support both new and past styles from the top 17 luxury brands(…).” É de concluir que, este sistema de autenticação assume-se bastante fiável aquando da verificação da autenticidade, com a classificação Authentic, e que, o facto de o artigo ser vintage não invalida a possibilidade de uma classificação Authentic como transcrito acima. Também, qualquer outro resultado deste sistema de autenticação, não assegura que o artigo é contrafeito, mas muito menos assegura a sua veracidade. Acresce que, nos casos da classificação Not Supported ou Invalid a mesma nem é utilizada para a database do Entrupy. Assim, não se encontra comprovada a veracidade da mala em questão e acresce que, o facto de a mala ser “de pele e os metais de qualidade”, critérios assumidos pela Retry como indo de encontro à exigência da marca, não consubstanciam critérios suficientes para concluir que se trata de um original da marca Chanel. Uma mala original da marca Chanel não é apenas uma mala de pele verdadeira com metais de qualidade.Também o facto de a compra ter sido efetuada a 16/12/2020, não invalida o só mais tarde ter tido fundadas suspeitas do produto não ser um original da marca Chanel, tendo aí denunciado à Retry a minha suspeita da falta de conformidade da mala. Em resposta aos meus últimos emails, recebi carta e email de um advogado que se intitula mandatário da Reflexo Sustentável – Comércio a Retalho Lda., sociedade cuja identidade desconheço. Assim, apesar dos meus esforços, tendo eu contactado a empresa reclamada e após troca de emails efetuada entre mim e o geral@retry.pt – constato que não foi possível resolver o presente conflito. Como tal, apresento esta reclamação, solicitando à Retry, a devolução da mala acompanhada de um comprovativo da sua veracidade/autenticidade, enquanto original da marca Chanel, e como tal vendida, ou em alternativa, não sendo possível, a devolução do dinheiro pago pela mesma, no valor de 650€.


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