OBJETIVO DECO PROTESTE poupar nas compras

A DECO PROTESTE, a maior organização portuguesa de defesa do consumidor, analisou várias opções de compra para um cabaz de 16 produtos alimentares e concluiu que é possível poupar até 40 euros, na fatura final.
Embalagens grandes ou pequenas, frescos, secos ou congelados, compra a granel, frutos com e sem casca ou alimentos em conserva, foram as opções tidas em conta e que demonstram que nas idas ao supermercado, paciência e atenção fazem a diferença na final do mês.
Comparar preços entre lojas, estar atento às promoções e confrontar ofertas do mesmo produto são outras estratégias possíveis para uma poupança significativa: o mesmo cabaz pode custar entre €72,80 e €112,80 com ou sem os conselhos da DECO PROTESTE.
DESPESA TOTAL DO CABAZ
16 alimentos analisados
72,80 € com conselhos da DECO PROTESTE
112,80 € sem conselhos
Não ao desperdício alimentar
Segundo dados publicados em setembro de 2022 pelo Instituto Nacional de Estatística, 1,89 milhões de toneladas de alimentos foram para o lixo em 2020, o que equivale a 183,6 quilos de comida por português, em média. Quase 40% dos nossos caixotes são compostos por alimentos e outros produtos, que nem sequer foram abertos ou utilizados. Ou seja, as embalagens grandes só permitem poupar quando se consome tudo dentro do prazo, devendo este cuidado ser redobrado na compra de alimentos perecíveis (iogurtes, por exemplo). Caso contrário, além de desperdiçar comida e dinheiro, prejudica o ambiente.
Outro cuidado a ter: em vez de agarrar logo nos produtos em promoção, que se encontram em destaque nas zonas estrategicamente escolhidas pelas marcas, espreite os preços da concorrência.
E não se fique pelas prateleiras à altura dos olhos. Marcas mais em conta poderão estar escondidas nas prateleiras menos acessíveis.
Também é frequente produtos frescos embalados ostentarem grandes descontos. Atente na data de validade: é provável que esteja a terminar. Verifique se o produto ainda se encontra em condições certifique-se de que o vai consumir dentro do prazo, sob pena de o barato sair caro.
Na comparação entre legumes frescos, comprados a granel ou já lavados e prontos a consumir (como espinafres em folhas), e os seus equivalentes ultracongelados, os últimos são sempre mais (ou mesmo muito mais) baratos: chegam a custar um quinto do preço. Isto porque se aproveita tudo dos legumes congelados.
Ao comprar a granel, por exemplo, desperdiça‑se a rama verde do alho‑francês e os talos dos brócolos. Depois de cortar a rama do alho‑francês, só aproveita pouco mais de metade do legume. Se apenas usa os talos, é preferível recorrer à versão embalada, já sem a rama, ou ultracongelada. Para quem não utiliza estas partes, há no mercado soluções mais económicas poupando, assim, 10% e até 75%, respetivamente.
Caso pretenda incluir espinafres em saladas, por exemplo, as folhas já lavadas em saco são práticas.
Contudo, um molho de espinafres a granel confere uma poupança de 14%, em média, podendo mesmo ser na ordem dos 20%, consoante a marca e a loja. Para quem os quer cozinhar (para confecionar esparregado ou incluir numa sopa, por exemplo), os espinafres ultracongelados são, de longe, a opção mais em conta.
Os ultracongelados são, em média, 72% mais baratos, podendo a poupança atingir 80%, dependendo da marca e do supermercado.
Se costuma comprar brócolos a granel, saiba que, depois de eliminar os talos, aproveita cerca de metade do legume. A versão ultracongelada só apresenta vantagens: além de igualmente nutritiva, sai por menos de metade do preço e é bem mais prática. Dispensa a preparação e a lavagem, o tempo de cozedura é menor e aproveita tudo. Se guardar os brócolos no congelador, pode cozinhar só a dose necessária, e não corre o risco de amarelarem, se não os consumir no curto prazo. As ervilhas congeladas são igualmente práticas, e 50% mais em conta do que as enlatadas.
Comparámos também o preço dos cogumelos brancos (tipo Paris) nas várias versões disponíveis. Os inteiros frescos conservam‑se mais tempo do que os laminados, desde que bem acondicionados no frigorífico. Depois de lavados, o tempo que se perde a laminar é muito reduzido e o desperdício é zero, já que se aproveita tudo.
Considerando as versões embaladas, os inteiros são, em média, 17% mais baratos do que os laminados.
Consegue‑se ainda mais poupança optando pelos frescos inteiros a granel. Caso prefira, ainda assim, cogumelos laminados, saiba que os ultracongelados chegam a ser três vezes mais baratos do que os frescos. Além disso, conservam‑se por mais tempo, o que permite ter sempre uma reserva no congelador.
Peixe fresco mais em conta
Ainda no setor dos ultracongelados, e ao contrário do que acontece com os legumes, o peixe sai mais caro: os lombos de salmão frescos (a cerca de 20 euros o quilo) são, em média, 21% mais baratos do que os ultracongelados, podendo a diferença ser mais do dobro, se considerarmos marcas mais caras, a cerca de 58 euros ou mais por quilo. Neste caso, comprar lombos de salmão na peixaria sai a mais de metade do preço. Caso pretenda ter algumas postas de reserva no congelador, é preferível compra‑las na peixaria e congelá‑las. Indique a data de congelamento e atente ao prazo de validade: três meses para as espécies gordas, como salmão, atum, sardinha, e seis meses para peixes magros, como pescada, dourada ou linguado.
Produtos prontos a usar chegam a custar mais do dobro
As leguminosas em conserva são, sem dúvida, mais práticas do que as versões secas. Mas a grande poupança vem destas últimas.
Comprámos uma embalagem de 500 gramas de grão e outra de feijão vermelho seco. Depois de demolhados durante 12 horas, cozemo‑los por cerca de 45 minutos (ou 15 minutos, na panela de pressão).
Em seguida, foram escorridos e obtivemos quase o dobro do peso.
Ou seja, os 99 cêntimos que se paga por uma embalagem de 500 gramas equivalem a um quilo de produto cozido escorrido.
Já no caso das conservas, uma embalagem de 540 gramas de feijão ou grão cozido (69 cêntimos) apenas contém 420 gramas de produto escorrido. Para obter o equivalente a um quilo de produto escorrido, o preço mais que duplica (1,73 euros por quilo).
Conclusão: as leguminosas secas, para demolhar, ficam a metade do preço das conservas (no caso de latas grandes) e até três vezes mais baratas, se considerarmos as latas mais pequenas. Depois de preparadas, podem ser conservadas em pequenas porções no congelador, para usar em qualquer altura. Poupa dinheiro e embalagem, além de que é mais saudável: não contêm aditivos, nem o excesso de sal habitual nas conservas. Se, ainda assim, não quiser ter o trabalho de demolhar e cozer, prefira as conservas em frasco de vidro. O estudo da DECO PROTESTE verificou que são 17% a 40% mais baratas do que as latas, consoante se opte por embalagens grandes e pequenas, respetivamente.
A cenoura vendida já ripada, por sua vez, custa mais do dobro do que a versão a granel, pelo que é preferível ralar em casa.
A DECO PROTESTE também concluiu que os frutos secos com casca compensam. As nozes chegam a ser 26% mais baratas do que o miolo vendido em metades, já tendo em conta que só se aproveita cerca de metade do peso após descascar.
As cebolas e os alhos já picados ultracongelados são uma tentação.
Além de pouparem tempo na preparação dos pratos, não deixam aquele cheiro característico nas mãos, nem congestionam os olhos.
Contudo, esta opção é bastante mais cara. Por isso, pique vários alhos e cebolas e guarde-os em caixas, no congelador, já prontos a usar.
Embalagens familiares poupam carteira e ambiente
Outra forma de economizar nas compras consiste em comprar formatos familiares. Geralmente mais baratos, poupam também embalagem.
Entre os produtos analisados, a maior diferença reside nas cápsulas de café. Quase todas as marcas disponibilizam caixas de dez unidades e outras maiores, e as últimas compensam. A DECO PROTESTE fez as contas para 40 cápsulas de uma marca de supermercado. Em embalagens de 40 unidades, cada café sai a 15 cêntimos: menos três cêntimos do que em caixas de dez unidades. Parece pouco? Vamos a contas: uma família que beba quatro cafés por dia pagará 263 euros ao fim de um ano: optando por caixas com mais unidades, poupará 44 euros. Considerando cápsulas de outras marcas, a poupança poderá ser superior, na ordem dos 30 por cento.
Nos produtos de mercearia, como cereais chocolate e cereais corn flakes de pequeno-almoço ou esparguete, os formatos familiares também saem, quase sempre, mais em conta. Mas atenção: evite o reflexo de pegar numa embalagem grande sem olhar ao preço. Alguns supermercados contam com estas distrações dos consumidores.
A DECO PROTESTE encontrou embalagens familiares de cereais que não compensavam face aos pequenos formatos. Nunca deixe, por isso, de comparar o preço ao quilo ou litro, ou à unidade.
Os comerciantes são obrigados a afixa‑lo junto dos produtos, mas figuram quase sempre em letra em miniatura.
As embalagens familiares também são frequentes nos ultracongelados, e são uma boa opção, se tiver espaço no congelador e as mantiver em boas condições de conservação. Além de geralmente mais baratas, sobretudo no caso dos legumes, têm um prazo de validade mais alargado do que os produtos frescos. Um saco de um quilo de ervilhas ultracongeladas, por exemplo, permite poupar até 40% face às embalagens de 400 gramas. Noutros tipos de produtos, tais como panados ou douradinhos, a troca também é, em regra, vantajosa. Contudo, a poupança com embalagens grandes de medalhões de pescada ultracongelados é quase nula.
Como referido, para guardar no congelador, privilegie peixe fresco e congele‑o em porções.
COMPARE E POUPE
Saiba qual o supermercado online mais barato perto de si, em www.deco.proteste.pt/supermercado. Poupe mais ainda com as dicas da DECO PROTESTE.
1 Compare o preço ao quilo ou à unidade - Experimente marcas mais em conta ou substitua algumas por produtos próprios de cadeias de supermercado. Os testes da DECO PROTESTE demonstram que são, muitas vezes, Escolhas Acertadas.
2 Formato familiar - As versões grandes são, geralmente, mais baratas, pelo que se tornam uma boa opção para produtos muito consumidos pela família. Além disso, poupam embalagem. Mas confirme o preço ao quilo ou à unidade, para ter a certeza de que saem realmente mais em conta.
3 Leve três, pague um - Perante produtos em promoção, considere fazer um pequeno stock em casa, mas garanta que os irá consumir no prazo. Caso contrário, será um desperdício.
4 Legumes congelados a um quinto do preço - Para cozinhar, em vez de comprar a granel, opte por ultracongelados. Além de muito mais baratos, os legumes conservam‑se, assim, por mais tempo, e aproveita‑se tudo. Caso aprecie legumes em conserva, saiba que, em frasco de vidro, são mais económicos do que em lata
Para mais informações, pesquise "alimentos no congelador" em www.deco.proteste.pt e saiba como preparar e conservar todo o tipo de alimentos no congelador. Também pode poupar no peixe fresco, optando por espécies mais baratas e igualmente nutritivas, como cavala, faneca, sarda e truta.
A DECO PROTESTE é a maior e mais representativa organização portuguesa de defesa dos consumidores. Intervém em cerca de 20 grandes áreas da vida dos consumidores através dos seus estudos, testes, análises de produtos e serviços, pareceres técnicos de especialidade e ações reivindicativas. O seu objetivo é criar consumidores mais informados e, por isso, mais exigentes e proativos na defesa dos seus direitos. Integra o grupo internacional Euroconsumers, que reúne organizações de defesa dos consumidores de Espanha, Itália, Bélgica e Brasil.
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