Pellets: porque o grande aumento de preços ?
Em 6 meses os preço médio dos pellets aumentou em 150%.
No início do ano era possível comprar um saco de 15 quilos por cerca de 4 euros, atualmente, as superfícies de retalho que já têm stocks de pellets para vender estão a praticar preços entre os 8,99 euros e os 10,99 euros.
O aumento de preços é exclusivo ao mercado português?
A realidade é que esta situação é transversal a vários países europeus.
Em Espanha, por exemplo, o preço dos pellets subiu 67% desde o outono do ano passado. Para conter os preços da energia pagos pelo consumidor, o Governo espanhol anunciou uma diminuição do IVA de 23% para 5% em produtos como pellets, lenha ou outros utilizados para aquecimento. No Reino Unido, onde 40% dos pellets com certificação ENPlus utilizados eram provenientes da Rússia e da Bielorrússia, este requisito de qualidade foi suspenso temporariamente para garantir o abastecimento do país a partir de outras origens. Já na Alemanha, os preços da lenha e dos pellets de madeira subiram 85,7% em agosto face ao período homólogo.
Principais fatores que explicam a subida:
- crescente procura em toda a Europa
- aumento da fatura energética
- custos de produção mais elevado
- carência energética na Europa
- aumento do custo da matéria-prima
Embora os preços dos pellets estejam em rota ascendente, as salamandras a pellets continuam, ainda assim, a ser uma opção económica para o aquecimento da casa, ainda que este sistema possa não ser o ideal para todos os tipos de habitações, já que é necessária a colocação de uma chaminé no exterior.
Considerando que um saco de 15 quilos de pellets custa, atualmente, cerca de 10 euros, podemos assumir que o preço por quilowatt-hora (kWh) rondará os 13 cêntimos. Este valor continua a ser inferior aos 19 cêntimos por quilowatt-hora da eletricidade.
Veja a nossa análise do custo anual de energia do termoventilador, salamandra a pellets e ar condicionado.
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