Bombas de calor AQS: análise de orçamentos
Bom dia comunidade,
estamos a renovar um apartamento. Retirámos já o esquentador e fogão a gás e estamos a passar tudo para eléctrico. Já verificámos a instalação eléctrica que está a ser renovada e pode suportar uma bomba de calor AQS (aquecimento de águas sanitárias) - passo a referir-me à mesma por BC.
Dados a considerar:
-T3 com 2 WCs com duche
-Família de 3pax
-Geralmente só usamos um duche de cada vez e, mais frequentemente, os duches são ao fim do dia
-Espaço na lavandaria para BC, que corresponde a uma marquise, pelo que se pode instalar facilmente saída de ar p exterior
-Gostaríamos de nos candidatar ao fundo ambiental, caso volte a estar disponível, pelo que queremos cumprir desde já os critérios.
Recebemos até ao momento 2 orçamentos, passo a citar modelos e valores com IVA, incluindo instalação por empresas certificadas e equipamentos acessórios, por ordem crescente de custo:
-MIDEA RSJ-15/190RD 190L, acumulador em aço com revestimento em esmalte vitrificado, desconheço se se pode acoplar a fotovoltaicos, classe A, COP 3.8 (modo económico) e 1 (modo eléctrico), 2398€. O mais barato e com mais baixa classe energética (ainda assim A), apesar disso com mais alto COP!
-SOLIUS Ecotank Silver 200L, acumulador em aço inox, passível de ligar a fotovoltaicos, classe A+, COP 2.822, 2821€ ou 3040€ (diferentes empresas). Como é possível ter um COP mais baixo e uma classe mais alta?
-DAIKIN Altherma M 200L, acumulador aço esmaltado, passível de se ligar a fotovoltaicos, classe A+, COP 3.23 ou 2.8, 3357€.
-LG water heater 200L, acumulador com revestimento cerâmico, desconheço se se pode acoplar a fotovoltaicos, classe A+, COP 3.3/3.6, 3388€.
Vejo que não testaram ainda nenhum destes modelos e aproveito para deixar a sugestão nesse sentido.
Gostaria de saber:
- Alguém tem experiência com algum destes equipamentos? Recomendações perante as informações disponibilizadas? Desconheço as 2 primeiras marcas.
- Sabem como Funcionam as suas garantias? Vejo que diferem bastante no número de anos, mas não encontro condições. Tenho de contactar directamente as marcas?
- Gostaríamos de nos candidatar a um futuro fundo ambiental, mas parece-nos muito complexa a candidatura e nenhuma das empresas trata disso. Alguma recomendação nesse sentido?
- Classe A ainda tem sido elegível para o fundo ambiental ou tem de ser A+?
- Conhecem situações em que as pessoas adquiriram o equipamento antes do fundo lançado e se candidataram com sucesso? Receamos que tardem em relançar o apoio e precisamos do equipamento a funcionar em julho /22.
- Qual a área mínima para não ser necessária instalar saída de ar para exterior, uma vez que são modelos compactos?
Agradeço, desde já!
Bem hajam.


Bom dia,
Tenho um agregado de 4 pessoas (2 adultos e 2 crianças) e vivemos numa moradia de 200m2 em Almada.
A casa foi comprada em 2020 e construída cerca de 10 anos antes. As águas são aquecidas por esquentador a gás (cada garrafa custa cerca de 120€ e dura 1,5meses).
O aquecimento e arrefecimento da casa são feitos por ACondicionado, instalado em 2021 e na cozinha temos placa elétrica, microondas, máquina de lavar loiça, frigorífico e arca vertical (side by side). Usamos a máquina de lavar loiça em dias alternados e a de lavar roupa sobretudo à 5a, 6af e fim de semana. A máquina de secar é usada apenas no inverno.
Temos uma tarifa monofásica, com 6.9 kva contratados.
Durante a semana estamos em casa apenas a partir das 18h, aos fins de semana estamos o dia todo.
Em 2021 construímos uma piscina (com cerca de 35m3 água), pelo que temos a respetiva máquina a trabalhar diariamente das 11h às 17h, o ano todo.
Uma vez que a conta do gás e da eletricidade são elevadas (> 100€/mês), estamos a pensar trocar o esquentador por uma bomba de calor (porque tenho ideia que é das alternativas mais eficientes e económicas), para deixar de usar gás, assim como colocar painéis solares fotovoltaicos e 1 bateria.
Queria saber a vossa opinião sobre esta mudança, se faz sentido, ou se existe alguma alternativa ainda mais eficiente.
A ideia da bateria foi dada por uma funcionária da EDP. Disse-nos que, como não estamos em casa durante o dia, faz sentido ter a bateria para armazenar a energia produzida durante o dia para uso à noite.
Uma vez que se trata de um investimento muito grande (e ainda maior se acrescentarmos a bateria), queríamos ter a certeza de que seria o mais acertado.
Grato desde já pela atenção que possam dar a esta mensagem.
Com os nossos melhores cumprimentos,
António Tralhão
Bom dia,
Relativamente à produção de energia é importante que perceba qual o seu consumo elétrico diário (expresso em KWh), para que assim ajuste o número de painéis ao seu consumo, por forma a não haver excedente de energia injetada na rede elétrica.
Se a opção passar pela colocação de uma bateria, então o número de painéis irá ser superior, tendo de estar em sintonia com o inversor aplicado, ou seja o equipamento que irá converter a energia dos painéis em corrente alternada.
Pode optar por numa fase inicial aplicar apenas o inversor, painéis e medidor de energia e numa segunda fase fazer o “upgrade” para as baterias. Desta forma percebe qual o seu perfil de consumo e a produção dos painéis e verifica qual o excedente que é produzido para acumular nas baterias.
A empresa que refere, tem esta solução, pois utiliza inversores híbridos, que podem trabalhar sem a bateria numa fase inicial.
Tenha também atenção que a ligação da produção de energia deve ser feita no quadro elétrico principal e que tem de existir comunicação entre o inversor e o medidor de energia feita por cabo de comunicação. O medidor é colocado no quadro elétrico principal.
Pode vender o excedente de energia injetado na rede elétrica, mas para isso o registo na DGEG tem de ser feito com injeção na rede para lhe poderem atribuir um CPE (código de ponto de entrega) de produção.
Solicite também os acessos (user e password) ao seu registo, pois posteriormente pode necessitar de aceder ao mesmo.
Relativamente à produção das águas quentes sanitárias (AQS) tenha em conta que cada pessoa consome no mínimo 40L, ou seja teria de ter uma bomba de calor no mínimo de 200L, mas o aconselhado são 300L com interligação a painéis solares térmicos, caso seja possível.
A resposta de uma BC é diferente de um esquentador, o qual funciona de forma continua desde que tenha gás disponível. No caso da BC, o aquecimento das AQS é feito lentamente ou seja se for consumida toda a água acumulada irá demorar algum tempo até conseguir novamente a água às condições desejadas.
Tenha em atenção que o ponto de produção das AQS será diferente e passará a ser feito a partir de uma zona técnica, onde deverá ter um ponto de água fria e quente, com tubagem adequada para fazer a distribuição das AQS.
Pode também optar pela solução de um sistema solar térmico, com funcionamento em termossifão, que pode ser interligado por exemplo a uma das casas de banho e o apoio é feito por resistência elétrica. Consegue assim mais temperatura nas AQS e um caudal superior ao esquentador. Atualmente o IVA é de 6% para este tipo de solução.
Ao seu dispor para qualquer esclarecimento adicional,
Com os melhores cumprimentos,
Equipa das energias renováveis