Melhor Solução Bomba Calor vs Painel Solar (€€€)
Vou construir uma moradia em Lisboa na qual estou em duvida entre usar Solar Termico ou Bomba de Calor. (Sem possibilidade de gás)
Preciso da ajuda de quem tenha os sistemas abaixo para saber que outros custos devo considerar: ex. Custo de Manutenções anuais, Anodos, Avarias,etc... e a sua durabilidade.
Também agradeço que me corrijam caso esteja a fazer uma comparação errada ou a esquecer-me de outros dados. Sou um leigo interessado :)
Para efeitos de comparação estou a assumir em ambos os sistemas com depositos de 200L, performances sob condições de teste (se bem que em Portugal temos condições optimas para ambas as soluções) e custo de 0,15€ /kWh
Dados:
- Solar Forçado 200L com Sistema de Apoio em Resistencia Electrica (Vulcano):
- Necessidade Anual 2970kWh; 78% Origem Solar (2326kWh); Apoio 643kWh = 96€/ano
- Investimento Inicial Estimado: 3.500€
- Manutenções e outros custos anuais??
- Bomba Calor Nuos Plus 200 Ariston
- Necessidade Anual 2377kWh para 52ºC; 78% Origem renovavel (COP EN16147:2017 medio 3,4 anual) 1669kWh; Funcionamento do Compressor 750kWh/ano = 113€/ano
- Apoio Resistencia (assumo funcionamento no Modo Green sem nunca recorrer à resistência pela tipologia de consumos de agua quente da familia)
- Investimento Inicial Estimado: 3.000€
- Manutenções e outros custos anuais??
- Necessidade Anual 2377kWh para 52ºC; 78% Origem renovavel (COP EN16147:2017 medio 3,4 anual) 1669kWh; Funcionamento do Compressor 750kWh/ano = 113€/ano
Sem outros dados, a BC parece-me a melhor solução pois dizem que tem pouca manutenção e para poupar 500€ do investimento inicial nas contas mensais de electricidade, demoro anos com opção de solar. A durabilidad de ambos os sistemas desconheço.
Desde ja obrigado por qualquer opinião e informação que me ajude na decisão.
Boa noite. Peço a vossa colaboração para o seguinte: tenho uma moradia, com caldeira a gaz para as águas sanitárias e para aquecimento ambiente através de radiadores colocados em todas as divisões. Disseram-me que seria boa ideia, aproveitando o Programa de Apoio a Edifícios Sustentáveis, substituir a caldeira a gaz por uma bomba de calor mural (o espaço ocupado seria igual ao de um esquentador, pois não tenho outro maior). Pergunto se será esta a maneira mais ecológica e mais barata de aquecer a água que circula nos radiadores do aquecimento ambiente. A moradia tem cerca de 200m2 e dois residentes. Obrigado pela v/ colaboração
Caro Vasco, bons dias.
Permita-me uma questão: porque razão é que as necessidades anuais diferem nas duas soluções? O gasto de AQS não é igual nos dois cenários? Pode utilizar um algoritmo muito simplificado para ter uma ideia dos custos energéticos anuais de cada solução:
Para os dados que indica, teríamos (com o kWh da eletricidade e do GN a 0,17€ e 0,07€):
Apoio Esquentador GN (75%) = 1.188 kWh -> 87€ anuais
Depois, como indica, há que adicionar os custos anuais de manutenção e perceber qual será a solução conduz a um investimento mais interessante a médio/longo prazo (a 10 ou 15 anos, por exemplo).
No entanto, estas simulações devem ser apresentadas pelos instaladores, tendo em consideração todas as variáveis (questões associadas ao local de instalação, perdas de transporte e estáticas, sistemas de controlo, programação utilizada, eficiências dos equipamentos escolhidos, custos de manutenção, extensões de garantia...) - o algoritmo apresentado serve para se ter uma ideia dos gastos energéticos anuais de cada solução e da eventual viabilidade económica do investimento em cada solução.
Quer o solar térmico quer a bomba de calor apresentam custos de manutenção anuais (ou bi-anuais) - ambos apresentam reservatórios de água que precisam de ter os ânodos revistos (quando presentes), por exemplo. O sistema solar de circulação forçada pode apresentar custos de manutenção anuais um pouco superiores (mais componentes e prazos mais curtos entre operações de manutenção) quando comparados aos da bomba de calor. Mas, repetimos, tem de ser o fabricante/instalador de cada solução a indicar qual o plano de manutenção a seguir - recomendamos a contratação de um plano regular (anual, bi-anual...) - e qual o seu custo, de acordo com a solução instalada.
A Equipa Energias Renováveis
Muito obrigado caro Ricardo.
Esqueci-me de mencionar que a casa não terá gás.
Para estes cenários usei dados de sistemas propostos - Solar e da BC.
Também não percebo a diferença das necessidades energéticas.
Mas tendo em consideração as suas simulações, vão de encontro à minha idea que as BC, são melhores (no caso de não existir gás)
Mais uma vez obrigado
Caro Vasco,
No algoritmo que apresentámos, e uma vez que os custos de utilização estão muito aproximados - mesmo depois de adicionados os custos com planos de manutenção - o que acaba por vir ao de cima é que o preço das soluções é o factor determinante. Aqui, dependerá essencialmente do preço das soluções que lhe forem propostas - em teoria, a mais barata será aquela será economicamente mais interessante...
Mais dois pontos para "confundir" um pouco mais:
A Equipa Energias Renováveis
Boa noite,
Muito interessante este tema.
Já agora aproveito para questionar sobre um cenário alternativo à solução BC + Solar Térmico.
E se, em alternativa ao solar térmico, fosse considerado um sistema de bomba de calor (com tanque incluído) + solar fotovoltaico? De acordo com os dados que tenho, os custos de instalação de um conjunto de paineis fotovoltaicos com micro-inversor são mais interessantes (com cerca de 900W) do que solar térmico. Pode-se assim programar a BC para trabalhar em horários mais favoráveis e, inclusivamente, aumentar a temperatura para aquecimento da água. Caso a potência instalada de painéis fotovoltaicos o permita, poderá até fazer sentido usar o próprio backup eléctrico, desde que utilizados quando há radiação solar interessante.
Gostava assim de pedir a vossa opinião sobre esta alternativa.
Obrigado!
Caro José,
Após colocar este meu post, comecei também a pesquisar sobre essa alternativa que falou. Estou convencido que será a melhor opção para mim em conjunto com uma tarifa bi horária. Pelos meus cálculos e sem baterias, ter painel fotovoltaico para BC, Frigorífico, Router e possivelmente uma arca, vai permitir-me poupar +-150€/ano.
Como o José, também gostaria de saber a opinião de alguém especialista.
Olá Vasco,
Agradecemos a sua participação na Comunidade de Energias Renováveis.
Devido ao período de férias, a nossa capacidade de resposta está temporariamente reduzida, mas voltaremos com brevidade para responder a esta e muitas outras questões.
Agradecemos, desde já, a sua compreensão.
Equipa de Energias Renováveis
Caro José,
cada vez mais estão a ser procuradas e estudadas formas "alternativas" para acumulação de energia. Ou seja, quando falamos em "acumulação de energia" pensamos logo em baterias para acumulação de eletricidade (a produção excedente), certo? Mas e se armazenássemos o excesso de produção fotovoltaica, por exemplo, sob a forma de calor? Daí que se comecem a ver cada vez mais soluções que apostam na utilização da água (quente) como bateria: usamos o excesso de produção de eletricidade para aquecer água (bomba de calor, resistência, elementos de inércia...) que depois iremos usar ao longo do dia (mesmo quando não há sol).
Nesta ótica. há já hoje no mercado muitas soluções, a nível do fotovoltaico, que permitem a "libertação de cargas": se o sistema deteta um excesso de produção fotovoltaica, o sistema irá arrancar uma máquina da roupa, uma da louça, uma bomba de calor, um termoacumulador, o carregamento de uma viatura elétrica... Assim, (o excesso de) a produção não sai para a rede a custo zero e atinge-se um patamar mais elevado de otimização do binómio produção/consumo localizado - por exemplo, há no mercado soluções de produção de AQS e fotovoltaica com a certificação "SG Ready" e que permitem estar interligadas e totalmente integradas.
Aqui, mais uma vez, é a análise custo-benefício: dado os ainda muito altos custos de investimento, o Consumidor deve avaliar criteriosamente (e caso-a-caso) se lhe compensará o investimento adicional em sistemas integrados com fotovoltaico (ou seja, em cima do investimento na BC, se compensará investir no sistema de "apoio" fotovoltaico"). Haverá perfis em que sim, outros em que não - não existe aqui uma solução certa e outra errada...
A Equipa Energias Renováveis
Caro Vasco,
O que tem de analisar é: quanto vou investir vs o que vou poupar anualmente. Ou seja, indica que pode poupar na casa dos 150€ anuais. Isto investindo quanto? Divida o investimento pela poupança anual e chegará ao prazo de retorno anual: se for abaixo (próximo) dos cinco anos, é interessante... Acima dos 5 (próximo dos 10) perde o interesse...
No cenário que descreve, o truque passa por dimensionar o sistema fotovoltaico de forma correta e, se possível, optar por soluções de bombas de calor com a certificação "SG Ready" - ou que possam ser integradas e comandas pelos inversores. Ao não sob redimensionar o sistema fotovoltaico, reduzirá o investimento inicial e, assim, o prazo de retorno de investimento.
Mais uma vez, avalie se o investimento no sistema fotovoltaico compensará... Por exemplo, poderá ser mais interessante canalizar este investimento para aquisição de eletrodomésticos mais eficientes (e que apresentarão poupanças a médio/longo prazo mais significativos).
A Equipa Energias Renováveis
Olá a todos
Não consegui ainda perceber uma coisa.
Se tivermos uma bomba de calor com consumo de referencia de 400w por hora e os nossos painéis fotovoltaicos de autoconsumo tiveram uma produção excedente de 250w. A bomba de calor ou mesmo uma resistência de um termoacumulador funcionam só a 250w? Não é preciso ter um mínimo de energia de 400w para funcionarem?
Depois... se tivermos a temperatura de referencia para 55ºC mas se tivermos ainda produção excedente estas novas maquinas SG ready continuam a funcionar para aproveitar a energia apesar de já ter uma temperatura de 55ºC?
Obrigado pela paciencia
André Fragoso
Bom dia,
Os equipamentos que possuem esta função, estão preparados para receber um sinal proveniente da rede elétrica ou de um sistema de produção de energia por painéis fotovoltaicos. Por exemplo uma marca de bombas de calor ao receber o sinal da rede elétrica pode alterar o seu modo de funcionamento para: “stand-by”, normal ou aquecimento para temperaturas mais altas, como por exemplo aquecimento das AQS acima dos 55ºC.
Neste caso a resistência elétrica funciona da mesma forma e terá o mesmo consumo, apenas irá estar em funcionamento devido ao facto de haver um excedente de energia na rede elétrica ou na produção de energia pelo sistema fotovoltaico.
Antes de adquirir a bomba de calor verifique junto da marca como esta função pode ser atuada e quais os requisitos necessários para a sua interligação com o sistema fotovoltaico. Deverá também ter o mesmo procedimento na escolha do inversor.
Se desejar envie-nos a solução que pretende aplicar para que o possamos verificar quais os requisitos para a utilização desta função.
Ao seu dispor para qualquer esclarecimento adicional,
Com os melhores cumprimentos,
Equipa das energias renováveis