Quais os ETF que “bateram” o S&P 500?

Warren Buffett ficou famoso por “bater” o S&P 500 durante quase 60 anos.
Warren Buffett ficou famoso por “bater” o S&P 500 durante quase 60 anos.
Quando se compara o desempenho da carteira dos investidores, o índice de ações S&P 500 é frequentemente usado como benchmark (referência). Este índice tem um histórico que remonta a 1963 e abrange muitas empresas (500, contra apenas 30 do Dow Jones Industrial Average).
Warren Buffet ficou famoso por “bater” o S&P 500 durante quase 60 anos! É um feito assinalável pela duração e pela diferença: cerca de 20% ao ano, contra 10% do S&P 500.
No entanto, na última década, os pequenos investidores também poderiam ter tido retornos acima do S&P 500 com um simples ETF.
Ao longo dos últimos dez anos, o índice S&P 500 rendeu 13% ao ano (incluindo dividendos e após conversão para euros).
Porém, o igualmente famoso ETF Invesco QQQ Trust Series 1 (ISIN: US46090E1038) atingiu 18% ao ano.Entre os ETF de direito europeu, o ETF Amundi Nasdaq-100 (LU1681038243) obteve 17,8% e o ETF iShares Nasdaq 100 (IE00B53SZB19) alcançou 17,7%. Estes três ETF replicam a performance do índice Nasdaq 100.
Por outras palavras, a aposta passiva nas grandes tecnológicas americanas “bateu” o desempenho do S&P 500, a referência do mercado americano (perto de 18% versus 13%). Não foi necessário sequer seguir uma gestão ativa da carteira de ações, mas bastaria uma simples aposta num ETF dedicado ao Nasdaq 100.
Há ainda outros exemplos, embora maioritariamente centrados na tecnologia. Impulsionado pela Nvidia, o ETF Amundi MSCI Semiconductors (LU1900066033) ganhou 17,3% ao ano.
Os fundos de gestão ativa, como BGF World Technology (LU0171310955), também atingiram resultados assinaláveis, em torno de 17%.
No setor da defesa e aeroespacial, o Invesco Aerospace & Defense ETF (US46137V1008) também superou o S&P 500, com um ganho de 15%.
Dedicado às empresas de mineração de ouro, o L&G Gold Mining (IE00B3CNHG25) alcançou 13,4% ao ano.
Estes resultados foram, contudo, obtidos à custa de uma volatilidade mais elevada (maior risco). Em dez anos, o S&P 500 apresentou uma volatilidade de 15, contra 19 do Nasdaq 100, sendo que as ações das empresas mineiras e semicondutores foram ainda mais arriscadas. Ou seja, as cotações registaram variações muito mais acentuadas.
Performances passadas não garantem resultados futuros, mas é incontestável que 10 anos é um período significativo. E como a hegemonia das tecnológicas dos EUA deve manter-se, os ETF sobre o índice Nasdaq 100 têm condições para continuar a superar os congéneres do S&P 500, embora à custa de um risco mais elevado.
Ao mesmo tempo, estes 10 anos também revelam que a esmagadora maioria das estratégias ativas e passivas ficaram aquém do S&P 500. Portanto, confirma-se a dominância dos ETF e daqueles que melhor captam os mercados na sua globalidade.
Pode investir em fundos e ETF mais especializados ou temáticos, mas apenas como um complemento ao “core” da sua carteira.