Polónia, Índia e Turquia: oportunidades e riscos para investidores

As economias emergentes continuam com um crescimento robusto
As economias emergentes continuam com um crescimento robusto
A economia polaca cresceu 3,4% em termos homólogos no segundo trimestre (3,2% nos três meses anteriores) e acima do esperado. Trata-se do quinto trimestre consecutivo de crescimento próximo de 3%, revelando a resiliência da Polónia apesar da incerteza provocada pelas tarifas dos EUA e os elevados riscos geopolíticos. Em base trimestral, o PIB polaco aumentou 0,8% no segundo trimestre, após uma subida de 0,7% no primeiro trimestre.
Assente numa economia dinâmica, a bolsa de Varsóvia apresenta um rácio cotação/lucro esperado de apenas 9,6 face a uma média histórica de 11,6 e o rendimento do dividendo atinge 6,2%.
Porém, o mercado foi abalado recentemente por decisões judiciais e fiscais sobre o setor bancário. Em sentido inverso, as autoridades e a bolsa introduziram contas de investimento isentas de impostos e reduziram as taxas de negociação para captar mais investidores particulares.
Dedique uma pequena parte da carteira ao ETF de ações polacas:
IShares MSCI Poland UCITS ETF
O produto interno bruto da Índia cresceu 7,8% em termos homólogos, acelerando dos anteriores 7,4%. É o ritmo mais elevado em cinco trimestres. A economia indiana manteve o dinamismo suportada pelo consumo das famílias (abrandamento da inflação e melhoria do poder de compra).
O consumo privado cresceu 7%, despesas públicas 7,4% e o investimento 7,8%. Já a procura externa líquida teve impacto negativo no PIB: as importações subiram 10,9% face ao ano anterior, enquanto as exportações cresceram apenas 6,3%.
O dinamismo da economia indiana fornece um bom suporte para a bolsa de Bombaim. Porém, o mercado já apresenta um nível de valorização elevado e as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos criam um desafio adicional.
Pode investir, mas a exposição tem de ser limitada a 5% da carteira.
Jupiter India Select L EUR Acc
A economia turca cresceu 4,8% em termos homólogos no segundo trimestre, o ritmo mais rápido desde o primeiro trimestre de 2024. O crescimento foi impulsionado por um consumo das famílias e aumento do investimento. Em contrapartida, a despesa pública contraiu-se acentuadamente.
Recomendamos um ETF de ações da Turquia, mas com o peso limitado a 5%. O risco da bolsa de Istambul é elevado particularmente do ponto de vista política interna.
Amundi MSCI Turkey UCITS ETF Acc
O Banco da Coreia manteve a taxa diretora em 2,5%, prolongando a pausa iniciada em maio. O banco central sublinhou a necessidade de vigiar o rápido agravamento do endividamento das famílias. Paralelamente, o crédito às famílias acelerou de forma acentuada, com os saldos de empréstimos nos principais bancos a crescerem mais depressa.
Em termos macroeconómicos, o Banco da Coreia reviu ligeiramente em alta as previsões, após os EUA reduzirem as tarifas planeadas sobre a Coreia de 25% para 15%, em troca de compromissos de investimento por parte de Seul, ao mesmo tempo que o Governo reforça o estímulo orçamental.
O crescimento previsto do PIB é de 0,9% para 2025 (antes 0,8%) e 1,6% em 2026. A inflação deverá ficar em torno de 2% em 2025. Por fim, o banco central alertou que a economia continua a crescer abaixo do seu potencial e poderá necessitar de novos estímulos.
Não recomendamos fundos de ações sul-coreanas.