Reino Unido: corte dos juros
Pela primeira vez desde 2020, o Banco de Inglaterra decidiu um corte da taxa diretora. Assim, a taxa de referência do Reino Unido passou para 5% depois de permanecer em 5,25% durante um ano, o nível mais alto nos últimos dezasseis anos. O Banco de Inglaterra juntou-se assim ao grupo dos bancos centrais das economias desenvolvidas que flexibilizaram a política monetária, como o Banco Central Europeu, o Banco Nacional da Suíça, o Banco do Canadá e o Riksbank da Suécia.
Porém, a votação a favor de uma redução da taxa diretora não foi nada consensual, com 5 votos favoráveis ao corte contra 4 a favor do status quo. Os membros do Banco de Inglaterra continuam preocupados com a inflação. Embora a inflação britânica tenha descido para 2%, o aumento dos preços excluindo alimentos e energia permanece elevado (+3,5%). Os salários, que estão a alimentar o aumento do preço dos serviços, também continuam a subir acentuadamente.
Nos próximos meses, o Banco de Inglaterra examinará atentamente a evolução da inflação antes de cada decisão mas, dado o fraco dinamismo da economia britânica, não há dúvida de que continuará a reduzir a sua taxa diretora. Porém, levará tempo para que o corte nas taxas de juros impulsione realmente a economia britânica. Os fundos/ETF de ações do Reino Unido são interessantes para as carteiras mais dinâmicas.
Xtrackers FTSE 100 UCITS ETF 1C
Austrália: juros em 4,35%
O Reserve Bank of Australia (RBA) manteve a taxa de juro em 4,35%. Foi a sexta reunião consecutiva em que optou pelo status quo. O banco central permanece preocupado, já que a inflação ainda está acima do objetivo de 2%-3% (3,8% no segundo trimestre) e só deverá aproximar-se do ponto médio desse intervalo em 2026. O RBA reiterou a necessidade de permanecer vigilante face ao risco de inflação e não descarta nenhum cenário, incluindo uma subida das taxas, embora afirme que a política atual deverá ser suficientemente restritiva para levar a inflação para a meta desejada.
Ao mesmo tempo, o RBA observa uma incerteza substancial em torno das perspetivas económicas: lento crescimento do PIB, aumento do desemprego e intensa pressão sobre muitas empresas.
Em suma, além da inflação, as próximas decisões do RBA dependerão do comportamento da economia global e dos mercados financeiros, e das tendências internas da economia australiana.
A bolsa de Sydney mantém-se relativamente apelativa, pelo que os fundos/ETF de ações australianas são uma opção interessante para a carteira.
iShares MSCI Australia UCITS ETF USD (Acc)
Indonésia cresce 5%
No segundo trimestre, o PIB da Indonésia cresceu 5,05% em comparação com o mesmo período de 2023 e após a expansão de 5,11% no primeiro trimestre.
O ligeiro abrandamento deveu-se ao menor ritmo de progressão das despesas públicas (+1,42% contra +19,9% no primeiro trimestre). Pela positiva, o consumo privado mostra uma boa resiliência (4,93% vs 4,91%) graças à continuação das transferências destinadas a manter o poder de compra das famílias.
Ao mesmo tempo, o investimento acelerou após as eleições de fevereiro não terem trazido surpresas e apontado para a continuidade (4,43% contra 3,79%). Por fim, na frente comercial, as exportações ganharam ritmo, contribuindo positivamente para o PIB.
A Indonésia continua a ser um dos mercados emergentes mais promissores. Além de um vasto mercado interno, o país é rico em matérias-primas, nomeadamente metais importantes para a transição energética.
Amundi MSCI Indonesia UCITS ETF Acc
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