Confirmada em 2,4% em março, a inflação continua a descer. Com as economias europeias em dificuldades, esta evolução permite que o BCE corte as taxas já em junho. Porém, a redução dos juros, numa altura em que continuam elevados nos EUA, pode enfraquecer o euro. Atualmente em torno de 1,06 dólares, a moeda única poderá recuar para a paridade (1 dólar) se o BCE cortar as taxas sem que a Fed faça o mesmo.
Tal aumentaria a inflação através dos preços dos produtos importados e, em particular, da energia. Além disso, sem taxas de juro elevadas será mais difícil atrair capital, numa altura em que a Europa tem necessidades de financiamento significativas. Existe, portanto, a possibilidade das yields das obrigações europeias até aumentarem, dado que os países europeus competem com os EUA para financiar as dívidas.